Obvious

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Anita Berlinger
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A luz do amanhecer se infiltrava pela janela, acariciando meu rosto e me despertando de um sono tranquilo. Ao meu lado, Verônica ainda dormia, os raios de sol realçando a suavidade de seus traços. Eu a observava, meu coração batendo mais rápido do que o normal. Havia algo que eu precisava dizer, algo que estava queimando dentro de mim.

— Verônica. — Eu a chamei suavemente, não querendo perturbar seu sono. Ela se mexeu, abrindo os olhos lentamente. — Há algo que eu preciso te perguntar. — Eu disse, minha voz quase um sussurro.

Ela se sentou, esfregando os olhos sonolentos.

— O que é, Anita?. — Ela perguntou, sua voz rouca pelo sono.

Eu respirei fundo, reunindo minha coragem.

— Não poderia ser mais óbvio? — Eu perguntei, minhas palavras ecoando com um tremendo nervosismo.

Verônica piscou, surpresa.

— O que você quer dizer?. — Ela perguntou, confusa.

Eu sorri, sentindo uma onda de alívio.

— Nossos sentimentos — Eu expliquei. -
— Não poderia ser mais óbvio que estamos apaixonadas?

Verônica ficou em silêncio por um momento, seus olhos se arregalando em surpresa. Então, um sorriso lento se espalhou por seu rosto.

— Anita. — Ela disse, sua voz suave.     — Eu acho que você está certa. É óbvio.

Eu senti uma onda de alívio e felicidade me inundar.

— Verônica. — Eu disse, minha voz cheia de emoção. — Você me fez acreditar no amor. Você me mostrou que o amor é real, é poderoso e é a coisa mais linda que podemos sentir. E eu sou grata por isso. Eu sou grata por você.

— Mas, Verônica. — Continuei. — Eu preciso que você entenda algo. O amor que eu sinto por você... é de graça. Não tem preço. Não é algo que possa ser comprado ou vendido. É puro, é verdadeiro e é incondicional. E eu espero que você nunca tente colocar um preço nisso, porque o amor que eu sinto por você é inestimável.

— Não me diga, me pegue onde quiser —  Eu disse, repetindo as palavras da música. — Eu poderia ser mais óbvia?

E então, eu respirei fundo e fiz a pergunta que estava queimando em meu coração.

— Verônica, você quer namorar comigo?.

Verônica ficou em silêncio por um momento, seus olhos cheios de lágrimas. Então, um sorriso lento se espalhou por seu rosto.

— Sim, Anita. —  Disse, sua voz suave e emocionada. — Sim, minha loirinha.

E naquele momento, tudo pareceu se encaixar. Mas precisava ser dito. E agora que foi, eu não poderia estar mais feliz. Eu finalmente declarei meu amor por Verônica, e ela sentia o mesmo. E isso, para mim, era tudo que importava.

Espero que gostem!!!

One Shots VeronitaOnde histórias criam vida. Descubra agora