Cachos e Hematomas - Dramione (Tradução)

5

Ele congelou antes de se levantar lentamente, deixando-a levantar no processo. Seu cabelo estava selvagem e seus olhos não eram diferentes. Eles dispararam sobre ela, e rapidamente, como se ele não conseguisse encontrar algo em que se concentrar. Ele sorriu antes de puxar a varinha dela e arrastá-la pela camisa dela.

"Você gostaria disso, não é?"

Ela não respondeu, muito ocupada tentando recuperar o fôlego enquanto colocava a mão em volta da varinha. Ele não fez outro comentário enquanto passava os olhos pela figura dela uma última vez antes de sair da sala de aula, deixando-a lá quente e incomodada e fazendo uma pergunta a si mesma. O que diabos ela acabou de fazer?

•••

Draco estava frustrado e um Draco frustrado não era alguém com quem você gostaria de cruzar. A garota abaixo dele aprendeu isso rapidamente... da maneira mais difícil. Seu aperto em seu cabelo aumentou quando um rosto familiar passou por sua mente, o mesmo rosto familiar que ele quase esteve perto de beijar há menos de uma hora. Ele quase desperdiçou sua segunda condição naquele momento e isso definitivamente não era algo a ser desperdiçado. Não, ele já tinha a oportunidade perfeita definida em sua mente. Com um grunhido, ele jogou a garota para longe dele, enojado. Ela era muito magra, muito pálida e seu cabelo era absolutamente horrível, pois era liso demais. Ele não estava satisfeito e detestava reconhecer que, embora tivesse sido muito mais rude do que ela esperava, Daphne Greengrass parecia perfeitamente saciada. Ele passou as mãos pelos cabelos antes de passá-los pelo rosto.

"Draco...?" o loiro questionou, inquieto.

"Fora"

Foi apenas um sussurro, mas ela o ouviu mesmo assim. Com um suspiro, ela começou a sair da cama em busca de suas roupas, mas estava se movendo devagar demais para o gosto dele. Com um movimento rápido como um raio, ele agarrou o espelho que estava em sua mesa e jogou-o na porta, quebrando-o, fazendo com que pedaços voassem por toda parte.

"Cai. Fora. Agora."

Daphne não precisou ouvir novamente, pois pegou o resto de suas roupas com pressa e saiu sem olhar para trás. Draco exalou pelo nariz com a mandíbula cerrada. Com um aceno de mão, o espelho foi facilmente consertado e colocado de volta em sua mesa como se nada tivesse acontecido.

•••

Na manhã seguinte, quando a luz do sol começou a brilhar através do cortinas, e suas colegas de dormitório começaram a se preparar para o dia escolar, ela ficou lá deitada. Ela havia se revirado a noite toda e, por volta das quatro da manhã, decidiu desistir e ficar ali, pensando. Durante toda a noite ela ponderou sobre o fato de que embora tivesse recuperado sua varinha, ela não se sentia triunfante e nem mesmo aliviada. Durante horas ela pensou no porquê disso antes de finalmente encontrar uma resposta, uma que a assustasse; ela realmente não ganhou nada. Claro, a varinha dela estava de volta ao seu alcance, mas veja tudo o que ela perdeu em troca. Ginny não se lembrava de toda a conversa ou de qualquer coisa que tivesse acontecido na noite anterior. Ela estava de volta ao início, mas talvez fosse melhor assim. Foi injusto e egoísta da parte de Hermione envolvê-la em sua própria bagunça.

Agora, ele queria que ela o chamasse de Draco de agora em diante, o que não seria tão ruim, isto é, se ela não chamasse a atenção para o fato de que ela realmente gostava de chamá-lo de Draco. Ela concordou com outro maldito beijo e desta vez não haveria aviso. Não havia como dizer quando e onde ele iria beijá-la. O pior de tudo, porém, seria o que ela fez para recuperar sua varinha. A perda de sua dignidade não foi a pior parte dessa experiência, o pior seria que ela realmente gostou.