5. Próximos Passos

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O tempo pareceu parar, cada segundo se transformou em uma eternidade enquanto Catherine assistia, paralisada, à cena de horror.
Era como se sua vida estivesse passando diante de seus olhos, cada decisão errada, cada passo em falso, culminando naquele momento aterrador.
Amy, irmã de Andrea, era devorada viva pelos zumbis famintos.

O grito de Andrea, rasgando o silêncio, a arrancou do transe.
A realidade voltou a bater com força, e o caos se instalou no acampamento como um furacão.
Era como se um sino invisível tivesse soado, anunciando o jantar para a horda de mortos-vivos.
Inúmeros zumbis, atraídos pelo cheiro de carne viva, surgiram de todos os cantos, transformando o acampamento em um palco de terror.

O pânico gelou o sangue de Catherine. Ela avistou Carl, paralisado, os olhos arregalados, e um grito silencioso escapou de seus lábios.

Em um movimento instintivo, ela correu até ele, agarrando-o pelas mãos.
Os tiros ecoavam, cada um mais próximo, e o desespero a tomava por completo.
Catherine o puxou para trás, em direção ao seu carro, que estava estacionado a poucos metros.
Sem hesitar, ela o jogou no banco de trás, trancando a porta com força.
A segurança de Carl era a única coisa que importava naquele momento.

O cenário diante de Catherine era um pesadelo.
Zumbis, em número que parecia infinito, tomavam conta do acampamento, e a cena era de horror.
Ela não conseguia entender como tantos mortos-vivos haviam surgido, e a visão dos sobreviventes caídos, agora apenas mais um obstáculo para os famintos, a deixava em choque.

Shane, ao seu lado, compartilhava do mesmo espanto.
Ambos eram os únicos com experiência em combate, mas a situação era desesperadora.
A horda de zumbis era implacável, e a sensação de impotência se instalava.

Catherine disparava sem cessar, tentando conter a invasão, mas a munição se esgotou rapidamente.

A arma, agora inerte em suas mãos, refletia a dura realidade: eles estavam sozinhos, sem recursos, diante de um exército de mortos-vivos.

— Catherine! Carl !

O grito de Rick, carregado de urgência, rasgou o ar e alcançou os ouvidos de Catherine, trazendo um alívio instantâneo.
Ela sabia que não estava sozinha.
Rick, Glenn, Daryl e T-Dog se juntavam à luta contra a horda de mortos-vivos, seus rostos tensos pela concentração.

Com movimentos precisos, Catherine desferia golpes certeiros com sua faca, eliminando os zumbis que se aproximavam.
Os gritos de dor, de quem sucumbia às mordidas implacáveis, ecoavam pelo ar, causando arrepios em sua espinha.
Era um som que a perseguia, um lembrete constante da brutalidade da realidade em que viviam.

O ataque pareceu se estender por uma eternidade, mas foram apenas 15 minutos de terror.
Quando a poeira baixou, o grupo se viu no meio de um jardim de cadáveres, como nunca tinham visto.

Catherine varreu o chão do acampamento com os olhos, procurando por rostos conhecidos.
Do grupo de 50, se restassem 15 vivos, seria um milagre.
A cada corpo que reconhecia, uma pontada de dor dilacerava seu coração.

Rick a envolveu em um abraço apertado, tentando transmitir calor e segurança.

Catherine, porém, permanecia imóvel, como uma estátua de mármore, a respiração descompassada e o corpo tremendo.
A presença de Rick, normalmente um porto seguro, não era suficiente para aplacar o pânico que a tomava.

O medo, frio e visceral, a congelava por dentro, e mesmo com o abraço forte e protetor, Rick não conseguia alcançar as profundezas da sua angústia.

– As crianças... – Catherine sussurrou para Rick, com sua voz rouca de desespero, buscando qualquer sinal das crianças que habitavam no acampamento.

Refuse to Lose || Rick GrimesOnde histórias criam vida. Descubra agora