🥀Ato 1 - Prometa não arranjar problema

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Gatilhos: Drogas,

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"O Circo, Estrelas do Amanhã está na Cidade."

Víbora passava canal por canal na TV, até chegar nesse comercial. Se ajeitou no sofá, enquanto fazia uma expressão de dor. Mesmo cuidando daquela desgraça, doía muito! Era uma das piores partes de ser o Chefe da Porra toda. Levar bala, morrer, ser perseguido pela polícia. Seguir nessa vida não era fácil, ainda mais quando Metralha lhe proibia de fumar.

- Que abrir o buraco da bala de novo?  

- Não.

- Então ou tu toma jeito, ou eu memo meto chumbo na sua bunda.

Agora lhe restava ficar emburrado, de braços cruzados no sofá, com um biquinho irritado. Era involuntário, mas sempre ficava assim quando Metralha lhe puxava a orelha. Fumar um não matava ninguém, ao menos não a curto prazo. 

Havia deixado que seu Braço Direito saísse para cuidar do negócios, já que não conseguia andar sem sentir uma bela pontada de dor.

Amanda estava na escola, então não tinha nada para fazer. Isso até começar a assistir aquele comercial.

"Estaremos próximos as Comunidades do Rio de Janeiro, dando uma semana de graça a todas as crianças!"

Se lembrava desse Circo. Estrelas do Amanhã. Víbora começou a mexer no brinco em formato de cruz em sua orelha direita. Quando chegavam na cidade era pura alegria. Sendo um projeto financiado pelo governo e por gente rica que se sentia mal com suas bostas, o Estrela do Amanhã era um grupo de pessoas que dedicavam a vida para alegrar as crianças da Favela. Não importando a Facção, apenas o sorriso no rosto dos pequenos.

Gabriel se lembrava que o Estrelas do Amanhã foi uma das poucas alegrias de sua vida.

Será que Amanda gostaria de ir?

Foi quando o tal "Anjo da Morte" apareceu na apresentação junto aos outros Mágicos do Circo.

"Temos um convidado muito especial esse ano! Vindo diretamente do Salemsky Tsirk, Russia. O Ilusionista e Mágico, Eclipse Moon."

A apresentação dele era magnifica. Haviam bailarinas, fogo, explosões! Era um verdadeiro show. Sem falar que ele era o principal motoqueiro na Roda da Morte.

- Porra. - Víbora pegou o celular, ligando para Metralha. - Caio seu troxa, eu disse que ele existia!

Um silêncio veio do outro lado da linha. - Tu me ligou pra isso?

- É! Ele é um Mágico, está próximo ao asfalto na área abandonada saca? 

- Sei, na área cercada de Caverão. Pode pá. - Metralha queria desligar na cara do amigo. 

- Mano, vô leva a Amanda lá. 

- Tu tá doido? O cérebro saiu pelo buraco da bala é? - Esbravejava Caio do outro lado da linha. - Fi, tu pisou fora do morro, vai vira saudade irmão, os cara tão que nem urubu atrás do seu rabo.

- É mano tu tem razão. - Víbora se levantou do sofá e desligou a TV. - Vo lá agora, bora?

Antes que Caio começasse a xingar, Gabriel desligou na cara dele. 

O Dono do Morro - Abracadabra Porra [Romance Gay]Onde histórias criam vida. Descubra agora