🥀Início Ferrado

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Gatilhos: Violência, drogas e bebida

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Satan nunca foi, nem nunca seria um cria sociável, não que sua cara fechada ajudasse em alguma coisa. 

Por mais que o baile fosse seu, que tivesse todas as minas mais gostosas rebolando para si com aqueles olhares desejosos, insinuando atos que Satan estava cansado demais para realizar; Apesar de ter todos os tipos de bebidas ao seu dispor, qualquer droga que quisesse usar, todos os traficantes que quisesse matar, nada ali tirava sua cara emburrada.

A maldita batida do funk fazia sua cabeça estralar de dor, pela primeira vez a fumaça de todos os tipos de drogas estavam lhe fazendo tossir, até mesmo qualquer toque em seu corpo lhe deixava puto.

O que estava acontecendo naquela noite? 

Havia alguma coisa diferente, uma sensação ruim que não lhe largava o peito, precisava ficar atento, mais que o normal. Parecia que estava esperando por uma invasão, ou algo nesse nível. Estava desconfortável, ansioso ao ponto de bater o dedo indicador na glock de 30 escondida em sua cintura.

- Ei chefia. - A voz de Nicole, sua Braço Direito lhe fez piscar algumas vezes. - Tá mor brisado heim tio.

- Vai rodar Nita. - Mandou se encostando na cadeira de ferro, com a marca de alguma cerveja barata.

- De novo? - Reclamou fazendo uma careta. - Tá procurando o que mano? Caverão disfarçado, X9. Alguma mina pra meter?

Apenas o olhar de Satan fez a jovem levantar as mãos em rendição. Sabia que o homi estava de muito mal humor há um bom tempo, já havia dito que era falta de foder alguém, porém tudo o que Satan fazia era sair resmungando com as mãos nos bolsos. Tinha de diminuir a zoeira antes que acabasse com um pé na bunda.

- Já vo, já vo. - Respondeu namoral enquanto recuava alguns passos.

Antes da jovem sair da área vip, dois homens armados traziam um rapaz lhe segurando pelos braços, até jogá-lo ajoelhado aos pés de Satan. Com o capuz do moletom pesado, escondia seu rosto. Todos no lugar ficaram imóveis, as meninas não mais dançavam nem ficavam em volta do chefe, se dispersando como se fossem formigas em cima de uma barata. 

Satan apenas cruzou os braços para a cena, apertando os dentes fazendo seu maxilar definido se mexer. Não tinha assassinato para sua lista de afazeres, ao menos não hoje, afinal era apenas sábado, se fosse segunda estava liberado. 

- Satan pegamo um Alemão rodando por ai. - Explicou Júnior, com aquele bigode pintado de branco combinando com o cavanhaque. 

- O moleque é mor comédia chefia. - PH completou com um sorriso divertido. - Fala estranho e ainda é mo no estilo.

- Ele é gringo Satan. - Resumiu Júnior sem muita emoção com uma cara de sono. - Parece que saiu da porra dum filme de vampiro.

- Vocês são muito gentis rapazes. - Agradeceu o de joelhos. De fato tinha um sotaque bem forte, mais puxado para o erre, por mais que falasse um português razoável.

PH puxou a touca do moletom, revelando um homem bem curioso no mínimo. Mesmo ali, tinha um sorriso presunçoso, que atacou o chefe no mesmo instante. Já odiava aquele sorriso estranhamente familiar. Ele não ligava para a montanha com músculos a sua frente, ou para aquela cara marrenta que franziu o olhar tentando recordar da onde conhecia aquele comédia.

O Dono do Morro - Abracadabra Porra [Romance Gay]Onde histórias criam vida. Descubra agora