ʀᴇᴘᴜᴛᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ ᴇᴍ ᴊᴏɢᴏ - Aidan Gallagher

ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 8

CAPÍTULO 8:
Está tudo estranho

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Eu devia estar relaxando, lendo um livro ou fazendo algo útil, mas estou tão ansiosa para que Aidan chegue logo que eu viro uma procrastinadora terrível. Só consegui levar Willow para passear quando meu telefone descarregou.

Aidan e seus pais devem chegar em poucos minutos, e, após meu pai me dizer por horas até como devo andar, ele me libertou de seu escritório radioativo para que eu pudesse me arrumar.

Pelo visto, eu estava certa. Vincent queria que eu fosse amiga de Aidan mas não-tão-amiga-assim. Ele vê que estou saindo semanalmente com Aidan, fazendo coisas que nunca fiz antes, e achou que era demais.

Meu pai tentou colocar Rachel no meio disso, dizendo que não queria que eu entrasse de cabeça numa amizade assim tão cedo. Mas sejamos sinceros, ele só gosta de tirar tudo que eleva minha dopamina.

Meu celular apita em meio a música, então corro para ver. Aidan disse que quando chegasse, mandaria uma mensagem, e desde então eu fico em alerta até com a coleira de Willow balançando.

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Ei, abre a porta.

Onde você tá?

Acho que na frente do seu quarto

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Puxo o ar, alto, e se Aidan realmente estiver atrás da porta certa, deve ter me escutado. Vou até lá, depois de arrumar superficialmente o meu quarto. Quando abro a porta, ele está bem na minha frente.

Está vestindo uma camiseta azul e um jeans azul, tão comum, mas chamaria a minha atenção em qualquer lugar. Deve ser porque é ele quem está dentro dessas roupas.

— Ficou com medo de bater?

— Óbvio. Imagina se é o quarto dos seus pais? — ele se defende — Tudo bem?

— Vamos pular os cumprimentos. Entra logo.

Aidan passa por mim, hesitando, e fecho a porta atrás dele. Consigo sentir a tensão dele de estar em meu quarto, bem parecido como fiquei quando entrei no seu. Parece algo íntimo demais.

Especialmente depois do que ele fez na delegacia. Posso ter me enganado, mas se ele estava mesmo flertando, as coisas vão começar a ficar estranhas.

— Meu pai não pode nem sonhar que você está aqui dentro. 

— Ainda não o vi. Ele está? — Aidan coloca as mãos no bolso, mapeando meu quarto rapidamente com os olhos.

— Saiu para resolver algo no escritório geral, mas já volta. Estranho, né? Hoje é domingo.

— Bem estranho.

— E seus pais?

— Estão numa conversa profunda com sua mãe sobre guaxinins destruindo lixos. Nem me viram sair.

Fico incomodada com o desconforto dele, então o deixo à vontade. Me sento na cama, pedindo para ele fazer o mesmo. Ao invés disso, ele passeia pelo meu quarto, olhando cada detalhe como se tivesse todo o tempo do mundo. Analisando minhas decorações e até a forma que escolho organizar os livros.

Eu também fiz isso com ele, então é justo.

— Pra que serve isso? — pergunta ele, mexendo em minha estante.

— É para modelar o cabelo.

— E isso?

— Curvar os cílios.