Sant John era o nome da cidade, era pequena e plana com alguns morros fora dela e ao longe, no horizonte era possível ver muitas montanhas, no céu era possível ver urubus voando tão alto que se assemelhavam a pequenas manchas retangulares planando na grande imensidão com diferentes tons de azul.
Na pequena cidade havia dois bairros e o centro, o qual separava os dois, Lutero e Sant James, entre eles havia uma avenida na qual todos os dias centenas de carroças, charretes, cabriolés, pessoas a cavalo passavam todos os dias, sempre ocupados e comprometidos com algo.
Muitos estavam de passagens ou resolvendo negócios como fazer uma reserva em hotéis e pousadas, depositar e tirar dinheiro no banco, mandar cartas, encomendas, telegramas nos correios.
A entrada de Sant John ficava no começo da avenida voltada para o lado norte (pois o inicio dela era apontada para o lado norte e seu final para o sul), nela havia uma feira onde era vendido frutas, legumes, carnes, alimentos em conserva e animais.
No final da feira, de frente ao beco entre uma oficina e uma casa velha caindo aos pedaços podia-se ver um grupo de crianças, da qual a faixa etária de suas idades variava entre 6 a 13 anos, mas boa parte delas tinha uns 13 anos. Eram arruaceiras, sujas e as vezes violentas, algumas vezes, se encontrasse uma vítima fácil, assaltavam-na com canivetes, facas. Algumas das crianças mais velhas possuíam um revólver.
Certa vez Arthur foi a feira para comprar fiado alguns mantimentos. Ele habitava na pater sul de Lutero, na borda da cidade, não era cansativo ir até lá andando.
Enquanto ele saia de casa pode sentir um ar fresco que soprava bem leve. O céu estava em um degrade de tons de azul sem uma nuvem, mas isso logo mudaria pois além das montanhas nevadas no horizonte estava vindo densas nuvens cinzas estavam vindo, porem elas não estavam visíveis ainda por estarem distantes. Durante sua ida nosso herói passava por várias ruas e vielas com bastante casas, algumas eram feitas de adobe, outras de madeira, muitas eram feias ou deterioradas e umas estavam abandonadas.
As ruas eram de terra, com uma poeira fina. Depois de passar por tudo isso ele chegou a avenida, não demoraria até ele chegar na parte onde ficava a feira.
Ao chegar perto dos correios Arthur pode ver que de um hotel saia uma família com 4 crianças, uma era delas era uma linda menininha de colo com longos cabelos cheios de cachos ruivos, seu rosto era branco como a neve, parecia estar morrendo de pois ela esfregava seus olhos e bocejava nos braços de sua mãe.
Com eles havia dois meninos gêmeos que aparentavam ser um pouco mais novos que Arthur, toda a família estava bem vestidos e aparentavam ter uma boa condição. A ultima criança estava prestes a sair do vestíbulo do hotel até que sua mãe a chamou:
— Charlotte, rápido ou chegaremos tarde na estação de trem! —Gritou sua mãe com um tom de paciência e carinho, com a menininha no braço.
— Já vou mãe. — Disse a garota que tinha a mesma altura de Arthur e era a mais alta que os gêmeos.
Charlotte era uma menina de cabelos longos e loiros, era magra de rosto fino e delicada em todo jeito de ser.
Enquanto isso as grandes nuvens cinzas aos poucos cobriam o céu, com elas vinha relâmpagos sem trovoadas ou com trovoadas baixas. Com tudo isso Arthur não se deu conta do mundo ao seu redor, nem viu o mau tempo chegando, ele só tinha olhos para sua loirinha de cabelos lisos e longos, para ele o mundo parecia desaparecer e ficar devagar. Aos olhos dele ela parecia brilhar e sua visão deu total foco ao rosto dela que as coisas ao redor pareciam turva-se.
Ele nunca a tinha visto na vida, mas depois que a mãe de charlote a chamou pelo nome ele nunca mais esqueceu o nome dela.
Então a família toda entrou dentro do cabriolé para chegar a estação ferroviária, eles iam indo em direção ao norte da direção, Arthur começou a correr atrás deles.
Arthur não sabia o por quê de está fazendo isso, agiu por puro extinto, fez sem pensar, como um animal irracional. Sua respiração estava ofegante, a expressão de seu rosto era como a de uma pessoa que viu um milagre.
Enquanto ele corria com sua mente totalmente absorto em sua amada. De repente ele se chocou contra uma pessoa bem maior que ele, Arthur caiu no chão já a outra pessoa cambaleou e quase caiu. Era Anne, ela se virou pra ver quem a empurrou, Arthur voltou a se, e caído de bruços no chão viu Anne se virando para vê-lo. Quando ele a viu encara-lo, o céu, que já estava coberto com grossas nuvens cinzentas soltou um raio e uma trovoada que iluminou o rosto enfurecido e raivoso da moça.
Naquele momento um calafrio passou pelo corpo dele, olhar para Anne era como olhar para um cachorro raivoso pois de seu rosto saia ódio e ira.
— Imbecil! Qual é seu problema? Isso não vai ficar assim — Gritou Anne furiosa
— Espere! Foi um acidente! Eu não tinha intenção. — Disse Arthur se levantando do chão tentando apaziguar a situação.
Anne avançou devagar e séria na direção dele, outros meninos e meninas do seu grupo começaram a aparecer aos poucos.
— Não quero saber de desculpa. Problema seu se você é uma anta que se esbarra no outros, mas lhe dou uma chance para você se livrar dessa.
— Então o que você quer? — Nesse momento, sem ninguém perceber começou a cair algumas gotas fracas do céu.
— Não!
— Mentira! — Gritou Anne serrando os dentes com indignação.
— É verdade! Eu estava a caminho da feira, euia comprar um pouco de comida, fiado, até eu sem querer esbarrar em uma troglodita.
Arthur falou isso alto e indignado encarando a menina. Seu medo aumentou ao ver as outras crianças crescer em número ao lado de sua líder, com seus olhares sorridente de forma maliciosa, segurando alguns punhais ou garrafas de vidro quebradas no meio, essa parte quebrada era afiada e pontuda.
— Você tem coragem, vou te dar mais uma chance, perto daquele hotel na próxima quadra aparece gente ria o tempo todo, roube algo de valor de um deles, talvez eu possa até te colocar em nosso bando. O que me diz? — Ao termino de sua fala Anne fez um leve sorriso maldoso.
Arthur estava imóvel, amedrontado com a gangue de trombadinhas ao redor, empalideceu, mas procurou esconder o seu medo e falou ousadamente:
— Não farei nada para uma pirralha bruta e grosseira, muito menos me ajuntarei a um grupo de arruaceiros.
— Você vai pagar caro por isso seu insolente. — Falou Anne furiosa depois falou uns palavrões e disse: — Peguem-no e tragam-no para mim, vou me acertar com ele agora mesmo.
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Arthur Uma Aventura Romântica no Velho Oeste
AdventureLivro de categoria livre para todos os públicos. Em meio ao árido e implacável cenário do Velho Oeste, embarque em uma jornada épica de amor, coragem e aventura com 'Arthur: Uma Aventura Romântica no Velho Oeste'. Conheça Arthur, um jovem...