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NARRADOR POV

Cellbit recebeu uma proposta um tanto quando inusitada, uma viagem gratuita para uma ilha qualquer. Na altura, já estava para la dos seus 25 anos, estava melhor com a terapia, trabalhava numa biblioteca próxima ao apartamento que dividia com Bagi. Estava genuinamente mais feliz do que fora antes e então uma viagem não seria nada mal.
Mal sabia ele aonde se enfiaria.
Não tardou em perceber que era uma cilada, só quando o barco bateu e ele teve certeza de que estava perdido de novo se sentiu novamente aquela criança de quinze anos completamente perdida e sem rumo. Até olhar pelo vidro e reconhecer alguém.

   O Sr.Simpático estava ali, vivo, após alguns longos anos. Ele sorriu assim que percebeu que Cellbit havia crescido o suficiente para se notar alguma barba crescendo. Então Bad o abraçou com tamanha saudade que não cabia no peito. Era quase seu filho ali, por mais que estivessem longe de ter um parentesco.
  Os dias foram difíceis para ambos, cellbit ganhou um filho quando menos esperava e Bad recuperou o seu filho de tempos passados e teve que lhe informar que aquela ilha não era boa coisa, mas com o tempo, percebeu que talvez não fosse bem assim.
   Cellbit parecia outra pessoa, o mesmo rosto, claro! Mas sentia diferente. Era uma pessoa sensível, amorosa e definitivamente um ótimo pai.

    Bad assistiu Cellbit matar o seu primeiro soldado, mas assistiu também ele se tornar pai, se apaixonar por um mexicano e com ele casar, viu cellbit concorrer à presidência, proteger uma ilha inteira, viu ele ser torturado, sequestrado, se tornar um ótimo detetive, liderar uma revolta. Assistiu Cellbit perder o filho, perder o melhor amigo, mas assim que ele precisou chorar, Bad o viu como uma criança de novo.

   No dia do seu casamento, quando o homem — que não podia mais ser chamado de garoto sem entortar a boca e fazer uma careta — entrou completamente emocionado no altar, o amor da sua vida, os seus melhores amigos, todos estavam ali e nunca o deixariam dessa vez. Mas lembrou se de algo que pesava em seu peito e por isso olhou para trás, e la estava ele, o Sr.simpático, com um sorriso simpático no rosto, ali de novo lhe garantindo que, o mundo poderia acabar, mas ele nunca estaria sozinho enquanto BadBoyHalo vivesse.

Never grow up - gossipduoOnde histórias criam vida. Descubra agora