Capítulo 02

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Quando a humanidade teve seus primeiros humanos modificados foi uma algazarra, quase ninguém aceitava tal ato de afronta com as verdadeiras criações de Deus, isso fez com que uma guerra explodisse. Essa guerra durou anos, e no fim as novas espécies ganharam e a partir dali foi criado um novo mundo, onde os humanos não eram apenas humanos. Hoje a espécie humana era chamada de Lupus Hominis, mas como toda espécie evolui essa também evoluiu e com o passar dos anos ela foi se tornando mais Hominis do que Lupus e isso fez com que os puro sangue se tornarem raridade e os que ainda existiam eram temidos por serem fortes ao ponto de matar com apenas um piscar de olhos.

Jimin fazia parte dessa espécie rara. Ele não era muito de mostrar sua verdadeira forma, apenas em situações de extrema necessidade. E quando isso acontece ele se transforma em um gigantesco lobo branco de dentes afiados. O seu tamanho era de acordo com sua raiva, até o momento ele tinha chegado na altura de dois metros.

Pessoas como Jimin não se relacionavam, eles eram reclusos e não conseguiam se relacionar com os de outras espécies. Isso fez com que Park se tornasse um líder recluso e as pessoas diziam que ele era frio, mas no fundo ele apenas queria um alfa para cuidar de se.

Jimiin desse do avião e pega o primeiro táxi que ver do lado de fora do aeroporto. Ele ainda não sabia o que procurava , desde o momento que sentiu aquela dor ele estava dominado por seus instintos, no nível de não ligar para nada, ele apenas sentia o cheiro, aquele cheiro que a cada momento ficava mais forte, ele era era um cheiro de flor, que parecia muito com Lotus Berthelotii, mas se realmente fosse cheiro dessa flor, isso seria algo incrível. Jimin chega no hotel e se instala em seu quarto, ele puxa o ar profundamente e olha para frente com os olhos brilhando em um vermelho vibrante, todo o seu corpo se arrepia, ele podia ver.

— Eu vejo você. — Ele continua encarando o prédio comercial em frente ao seu hotel. — Nos veremos em breve meu doce Lotus.

Jimin tinha os sentidos mais apurados, por ser um ômega lupus puro, o mesmo sentia mais que as outras pessoas. E era mais forte que um alfa normal. Então foi muito fácil ele achar o que queria, só falta conseguir o grande prêmio no fim do percurso. Ele pega seu celular e faz uma ligação ainda olhando para o prédio à sua frente.

— Estou na Coreia Do Sul... Quero informações sobre umas pessoas... Sim... Tchau. — Ele guarda o celular e espera pelas informações que não demoraram a chegar.

Jimin tinha um amigo, e esse amigo era casado com uma pessoa influente. Tenha certeza quele as informações chegariam bem rápidas em suas mãos.

(...)

Jungkook sente ser observado, ele não sabia de onde vinha. O mesmo estava no último andar de um prédio de mais de vinte andares, não tinha como alguém olhar, só se seu pai mandou colocarem câmeras em sua sala. Ele não chegaria a esse ponto. Ou chegaria?

— Claro que não. A fome deve está afetando meu raciocínio. — Ele se levanta da cadeira e sai de sua sala. Jungkook gostava de comer em um restaurante que tinha perto dali o lugar fazia um prato com várias carnes diferentes que era dos Deuses, ele não trocaria aquele lugar por nada. Depois de andar por alguns minutos ele chega no estabelecimento se senta na mesa de sempre e de novo aquela sensação. Jungkook olha em volta e não vê nada de anormal, ele nem se dava o trabalho de farejar o ar, ele era um simples alfa, diferente de seu primo, que era um lupus, seu pai sempre o dizia o quão inútil ele era por não ser como Hoseok, Jungkook não tinha tantas habilidades como os outros alfas.

— O de sempre senhor? — O garçom pergunta assim que chega na mesa de Jeon.

— Sim. — Jungkook se aconchega na cadeira e deixa seu corpo relaxar, já fazia dois dias que seu pai não perturbava, Jeon dava graças a todos os Deuses que pudesse escuta-lo. Provavelmente Janghee estava ocupado com alguma vadia, ele sempre traia sua esposa. Pobre mulher. — Obrigado. — Ele diz quando o homem coloca o prato na sua frente. Jungkook começa a comer cada pedaço de carne mal passada com todo gosto.

Ele estava tão inerte em sua comida que não reparou que a duas mesas da sua, Jimin o observava com toda atenção, tanta atenção que se olhar tirasse pedaço, Jeon não teria mais nenhum centímetro de seu corpo.

O olhar de Jimin passava um misto de coisas que seria difícil de explicar, era tanto sentimento um em cima do outro que nenhuma palavra poderia ser usada para descrever.

— Tão lindo. — Jimin sussurra. — E se você quiser eu poderei ser todo seu um dia, e você seria todo meu. — Jimin nunca ficaria com alguém que não o quisesse, e se um dia Jungkook chegasse a recusá-lo, Park respeitaria sua decisão, mesmo que a rejeição para ele fosse bem pior do que para um ômega normal. O ômega lupus puro só amava uma vez. E aquele homem à sua frente parecia ser o seu destino. — O que ouve? — Jimin se concentra no aroma de medo assim que Jeon pegou o celular e atendeu. — De quem tem tanto medo?

— O senhor vai querer o que? — O garçom pergunta para Jimin, que não tirava os  olhos de Jeon.

— Vinho da safra de 1990. — Responde sem ligar para a pessoa ao seu lado.

— Sim senhor. —  O garçom sai, e Jimin ainda tinha seus olhos em Jeon.

— Vou descobrir quem é. — Park não deixaria ninguém machucar seu alfa. — Olhando melhor, ele parece apagado.

— Aqui senhor. — O garçom coloca a garrafa na mesa. 

— Mande uma garrafa para aquela mesa. — Aponta na direção de Jungkook.

— Sim senhor.

Alguns minutos depois o garçom deixa a garrafa de vinho na mesa de Jeon.

— Eu não pedi isso. — Jungkook diz em surpresa. 

— O senhor daquela mesa que mandou, é uma ótima safra. — Aponta com a cabeça para Jimin.

— Okay. — Jungkook olha para Jimin que levanta a taça e sorri pequeno. — Que cara estranho... Mas é fofo. — Jeon coloca um pouco do vinho na taça e leva a seus lábios bebendo um pouquinho. — Delicioso.

— Sabia que você iria gostar. — Uma voz diz do nada.

— Ah... Como chegou aqui?

— Sinto muito se o assustei. Posso sentar? — Aponta para a cadeira. 

— Claro.

— Você é lindo. — Jimin diz se sentando.

— A... E-eu... Co-como... — Jungkook nunca tinha sido chamado de lindo, e muito menos por um ômega.

— Tenho uma boa audição, ouvi que me achou fofo. Então tive que elogiar sua beleza.

— O que quer? — Jungkook joga o nervosismo para longe.

Potrei guardarti tutto il giorno. (Eu poderia olhar para você o dia todo) — Jimin responde em italiano.

— O que?

— Nada não.— Park bebe mais um pouco de vinho. — Apenas uma palavra boba em italiano.

— Sabe italiano? — Jungkook pergunta em puro interesse.

— Eu sou da Itália.

— Nossa. — Jungkook sorri. — Gostaria de saber o seu nome.

— Me chame de Jimin.

— Jimin. — Jungkook saboreia o nome entre seus lábios.

— Meu nome fica lindo quando você fala.

— O que um ômega como você faz aqui neste simples país? — Jungkook desconversa.

Encontrar mia anima gemella. (Encontrar minha alma gêmea)

— Hum?

— Apenas turistando.

— Você vai... Desculpas tenho que atender. — Jungkook pega o celular, e de novo Jimin percebe o cheiro de medo. —Tenho que ir. — Jeon fala nervoso. — Foi bom conhecê-lo.

— Igualmente.

Jeon sai do restaurante apressadamente, deixando um Jimin pensativo para trás.

Como um alfa como Jeon Jungkook poderia ter tanto medo? E não era um medo normal. Os pensamentos de Jimin estavam uma loucura para saber o que estava acontecendo com seu alfa.

— Tenho que trazer seu animal à tona.

Lupus - JiKook (Adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora