Lupus - JiKook (Adaptação)

Capítulo 05

Depois de três dias sem comer e beber água Janghee aceitou o acordo com Jimin e no mesmo dia ele foi para a China, onde o mesmo tinha família, deixando Jungkook administrando a empresa na Coreia Do Sul. De início Jungkook achou estranho, mas o mesmo deixou para lá. Se seu pai queria ir embora, ele não iria interferir.

— Você nunca me contou o que você faz da vida. — Neste momento o futuro casal estava deitado na cama. Jimin com a cabeça deitada no peito de Jungkook enquanto o mesmo fazia carinho em seus cabelos.

— Sou chefe da família Park. — Jimin diz do nada.

— Chefe? — Jeon para o carinho.

— Sim. Depois que meus pais morreram eu me tornei o líder.

— Italiano... Chefe... Família Park.... — Jungkook se levanta de uma vez, fazendo Park tirar sua cabeça do peito de Jeon. — Você é da máfia italiana. — Diz ficando de joelhos na cama, de frente para Jimin.

— Sim. — Diz balançando a cabeça. — E sou o único que pode administrá-la.

— Porque?

— Eu não costumo contar isso para ninguém, não é bom muitas pessoas saberem. — Jimin se senta e segura as mãos de Jungkook. — Eu sou um ômega lúpus puro, até agora não achei mais ninguém parecido comigo, então acho que sou o último de minha espécie.

— ... — Jeon olhava sem palavras para Jimin, ele não podia acreditar que as histórias que sua mãe contava eram verdade, e que realmente existe. — Você...

— Eu.

— Não acredito... Espera... — Jungkook faz uma pausa dramática. — É verdade que pessoas como você só se apaixonam uma vez?

— Sim.

— Então...?

— Sim.

— Tem certeza?

— Absoluta. — Jimin gargalha. — Em toda minha vida eu nunca pensei que teria alguém como você. — Jimin se joga nos braços de Jungkook fazendo eles dois caírem na cama. 

— Espera. — Jungkook se levanta. — Agora que lembrei. — Ele puxa a camisa. — Olha. — Diz mostrando a marca que havia aparecido em seu corpo.

— Então foi aí que apareceu.

— Você sabia? — Ajeita a roupa no lugar.

— Eu senti quando foi feita. — Jimin  passa os dedos por cima do tecido onde cobria suas iniciais. — Eu também tenho as suas. — Jimin puxa a manga de sua blusa e mostra o "JK" em seu pulso. — A partir do momento que o nosso fio vermelho se encontrou a nossa ligação foi feita, se eu fosse um ômega normal eu demoraria anos para te achar, mas como eu não sou, pude sentir seu cheiro de longe... Então vim te encontrar.

— Isso ainda é muito confuso.

— Com o decorrer de nosso relacionamento, você vai se acostumando com esse ser. — Aponta para si mesmo.

— ... — E mais uma vez Jungkook não tinha palavras para expressar naquele momento. — Nossa... — jeon se lembra de algo do nada. Ele se levanta da cama apressadamente e corre em direção de seu closet.

— O que ouve? — Jimin vai atrás.

— Onde está? Não acredito que acabou. — Jeon procurava por algo apressadamente. — Não, não, não, não, não...

— O que ouve? — Jimin volta a perguntar.

— Porque ele tinha que ir embora sem comprar mais. — Leva suas mãos a cabeça.

— Quem? Comprar o que? — Jimin continua a perguntar.

— Droga. — Jungkook se joga no chão em desespero.

— Jeon Jungkook. — Chama a atenção do alfa.

— Eu tenho que tomar.

— Tomar o que?

— Depois que eu tive meu primeiro cio eu comecei a tomar remédio, e esses remédios fazem eu não ter mais cio. — Jungkook faz uma pausa. — Eu não estava lembrando deles, e agora não tem mais, meu pai não comprou.

— Porque você toma isso? — Jimin se ajoelha na frente de Jungkook.

— Meu pai disse que eu tenho um problema de saúde e que não posso passar pelo cio, e se um dia eu ficar sem tomar o remédio eu posso morrer, mas meu pai foi embora sem abastecer o estoque.

— Você tem o vidrinho do remédio? — Jimin estava achando essa história muito estranha.

— Ali em cima. — Aponta para um estante atrás de Jimin, o mesmo se vira e vai em busca do vidrinho.

Ele pega o vidrinho que continha o nome "Celare".

— Você não vai mais tomar essa coisa. — Diz entre dentes enquanto segura o vidro com força, o fazendo trincar.

— Eu tenho que tomar. — Encara Jimin com os olhos cheios de água.

— Não tem não.

— Tenho sim. — Jungkook se levanta e fica de frente para Park. — Eu posso morrer se não tomar.

— Claro que não. — Segura Jungkook pelos ombros.

— Você não sabe de nada. — Se solta do ômega.

— Jeon Jungkok.

— Park Jimin.

Eles ficaram se encarando sem dizer nada, cada um com seus pensamentos a mil.

— Você...

— Não se aproxime. — Jungkook se esquiva do toque do ômega. — Meu pai me levou ao médico e o médico disse que sou doente, então eu tenho que tomar... Se eu vou morrer.

— Você não está doente e não vai morrer.

— CALA A BOCA. — Jungkook usa a vos de comando, mas como Jimin não é um ômega como os outros a mesma não fez nenhum efeito. — Você não sabe de nada, a anos eu luto contra essa doença e agora vem um estranho que eu acabei de conhecer dizendo esses absurdos.

— Jungkook. — Jimin diz com pesar na voz.

— Acho melhor você ir embora. — Vira de costas para o ômega.

— ... — Jimin continua lá.

— Está esperando o que.

— Por favor me escute. — Tenta tocar o alfa de novo.

— Não. — Jungkook desvia. — Vá embora.

— Eu vou te provar que você não está e nunca esteve doente.

— ...

Assim que Jimin saiu do apartamento de Jungkook, o mesmo voltou a procurar por seu remédio, ele ainda tinha a esperança de ter pelo menos um mísero vidrinho. Ele tinha que achar algo, o seu cio já seria na semana que vem. Se ele não achar o mesmo poderia dar adeus a esse mundo.

— Achei. — Grita assim que encontra um vidrinho dentro de uma gaveta no banheiro. Ele segura o vidro como se sua vida estivesse dentro do mesmo. — Tenho que achar um jeito de arranjar mais. — Vegas diz olhando para o vidro com apenas dois comprimidos. — Só dá para uma semana.

Jungkook olha em volta e só naquele momento ele percebe que está sozinho. Jimin havia ido realmente embora. Mas tudo bem, talvez ele não tenha sido o certo, ou quem sabe ele volte depois de um tempo.

— Meu pai não é mentiroso, ou é? — Jeon se senta em seu sofá. — Ele não faria uma coisa dessas comigo... Mas e se ele fizesse? Não, não pode... Mas por qual motivo? Para Jungkook, seu pai nunca faria algo do tipo com você, pare de pensar bobagens. — Balança a cabeça, tirando esses pensamentos "malucos".