— Onde você estava? — Janghee perguntou assim que Jungkook entra na sala. — Que cheiro de ômega é esse?
— Que cheiro? — Jungkook cheira suas roupas, mas não sente nada.
— Esse que está saindo de você. — Janghee pega um peso de papel da mesa. — Com quem estava?
— Nin-Ninguém.
— Você nunca aprendeu a mentir. — Balança o peso de papel. — Eu falei para não sair com ninguém, mandei você tomar aqueles remédios não é por nada não. — Joga o peso que bate na cabeça de Jungkook causando um corte superficial do lado direito da testa. — Não saia dessa empresa para se encontrar com ninguém, faça seu trabalho bem feito.
— Sim senhor. — Jungkook diz de cabeça baixa, enquanto sente o sangue quente escorrer do corte.
— Nos vemos no jantar. — Junghee sai da sala e Jungkook enfim pode respirar.
Jeon pega um pequeno lenço branco de dentro de seu blazer e limpa o sangue que escorria por seu rosto, e quando termina de limpar ele se lembra do que seu pai disse, então ele fecha os olhos e puxa o ar e na mesma hora sente o cheiro que vinha de sua roupa, e esse cheiro era o de petricor.
— Esse cheiro... Raro. — Jungkook se sente atordoado na cadeira. — Não pode ser, eles não existem mais.
Quando Jungkook era pequeno e sua mãe ainda era viva, a mesma contava histórias sobre os puro sangue, ou como eram conhecidos os lúpus puros. Ela contava que houve uma época onde existiam alfas, ômegas e betas lúpus puros, eles eram conhecidos por se transformar em lobos, e na época tinham os mais comuns que eram os de pelo marrom, cinza e vermelho, e os mais raros que eram tidos como realeza ou líderes, que eram os de pelo branco e os de pelo preto. E ainda tinha os cheiros, cada um tinha um cheiro diferente e quando mais raro mais importante era o lobo, e um dos cheiros mais raros era o petricor. Até hoje nunca foi visto ninguém com esse aroma. Jungkook quando ouvia essas histórias sempre quis ser um deles, o quão legal seria se transformar em um lobo, mas sua mãe sempre dizia que eles eram criaturas sanguinárias e que matavam todos que viam pela frente.
— Ele não parecia ser mal. — Puxa o ar de novo, mas o cheiro já estava se indo. — Talvez tenha sido só o perfume dele, não tem como eu ficar com o cheiro dele em minhas roupas, nem meu ômega ele é. — Jungkook balança a cabeça como se quisesse tirar esses pensamentos.
Jimin por outro lado ainda se deleitava com o aroma de Jeon, ele podia senti-lo a quilômetros de distância.
— Foi muito difícil arranjar todas essas informações. — Um homem de aparência abatida joga uma pasta lotada de papéis na frente de Jimin. — Senhor Seokjin disse que só conseguiu isso ai.
— Hum. — Jimin solta seu esqueiro na mesa e abre a pasta em seguida começa a analisar seu conteúdo em silêncio.
— O CEO desta empresa é um grande babaca, ele nem sabe o que está fazendo, vi... — O homem não teve tempo de terminar a frase. Jimin havia pegado um abridor de cartas e enfiado na jugular do mesmo, que agora se engasgava com seu próprio sangue.
— Não fale mal do meu alfa. — Jimin volta sua atenção para os papéis. — Ele não é o dono. — Fala sem ligar para o homem morrendo a sua frente. — Talvez eu saiba quem seja. — Diz enquanto olha um nome. — Não tem foto dele aqui. — Amostra a folha. — Onde está?
— Grrrr.
— Só foi um cortezinho.
— Grrr...Na-grrr...Não...Grrrr... Sei.
— Nada útil. — Jimin puxa o abridor de cartas do pescoço do homem, fazendo assim jorrar sangue por toda a sala e ocasionalmente acelerar a morte do indivíduo. — Irei te achar, provavelmente seja você que faça ele sentir tanto medo ao ponto do cheiro ser insuportável.
Jimin se levanta da mesa, arruma toda a papelada e sai daquele quarto que já começava a feder a sangue, Jimin odiava o cheiro de sangue.
Ele segue em direção de seu carro esportivo preto, entra no mesmo e sai dirigindo pelas ruas de Seul, Park nunca gostou muito dessa cidade, para ele não tinha nada melhor que a Itália. A cultura sempre lhe atraía como um imã. Mas quem diria que sua alma gêmea estaria na Coreia Do Sul, o quão hilário isso era.
Depois de alguns minutos ele chega em seu apartamento. A primeira coisa que o mesmo faz é abrir uma garrafa de vinho e seguir em direção ao banheiro. Jimin adorava tomar banho de banheiro enquanto escutava uma bela música e bebia um maravilhoso vinho. Ele poderia até ser um lobo que gostava de sentir a terra e as folhas em suas patas, mas a vida fingindo ser um lobo não puro também era bom, principalmente quando era a hora do banho.
Era sempre a mesma rotina, banheira, vinho e música. Melhor combinação.
— Amanhã eu começo a te caçar, tenho certeza que não será tão difícil de achá-lo. — Diz de olhos fechados e apreciando o solo de Zayn Malik.
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Lupus - JiKook (Adaptação)
FanficJimin morava na Rússia desde criança, mas depois de um acontecimento ele volta para a Coreia Do Sul em busca de algo, para ser mais exato... Alguém. " Nada descrito na estória condiz com a realidade, é apenas algo feito de fã para fã." Versão basead...