Capítulo 03

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— Onde você estava? — Janghee perguntou assim que Jungkook entra na sala. — Que cheiro de ômega é esse?

— Que cheiro? — Jungkook cheira suas roupas, mas não sente nada.

— Esse que está saindo de você. — Janghee pega um peso de papel da mesa. — Com quem estava?

— Nin-Ninguém.

— Você nunca aprendeu a mentir. — Balança o peso de papel. — Eu falei para não sair com ninguém, mandei você tomar aqueles remédios não é por nada não. — Joga o peso que bate na cabeça de Jungkook causando um corte superficial do lado direito da testa. — Não saia dessa empresa para se encontrar com ninguém, faça seu trabalho bem feito.

— Sim senhor. — Jungkook diz de cabeça baixa, enquanto sente o sangue quente escorrer do corte.

— Nos vemos no jantar. — Junghee sai da sala e Jungkook enfim pode respirar.

Jeon pega um pequeno lenço branco de dentro de seu blazer e limpa o sangue que escorria por seu rosto, e quando termina de limpar ele se lembra do que seu pai disse, então ele fecha os olhos e puxa o ar e na mesma hora sente o cheiro que vinha de sua roupa, e esse cheiro era o de petricor.

— Esse cheiro... Raro. — Jungkook se sente atordoado na cadeira. — Não pode ser, eles não existem mais.

Quando Jungkook era pequeno e sua mãe ainda era viva, a mesma contava histórias sobre os puro sangue, ou como eram conhecidos os lúpus puros. Ela contava que houve uma época onde existiam alfas, ômegas e betas lúpus puros, eles eram conhecidos por se transformar em lobos, e na época tinham os mais comuns que eram os de pelo marrom, cinza e vermelho, e os mais raros que eram tidos como realeza ou líderes, que eram os de pelo branco e os de pelo preto. E ainda tinha os cheiros, cada um tinha um cheiro diferente e quando mais raro mais importante era o lobo, e um dos cheiros mais raros era o petricor. Até hoje nunca foi visto ninguém com esse aroma. Jungkook quando ouvia essas histórias sempre quis ser um deles, o quão legal seria se transformar em um lobo, mas sua mãe sempre dizia que eles eram criaturas sanguinárias e que matavam todos que viam pela frente.

— Ele não parecia ser mal. — Puxa o ar de novo, mas o cheiro já estava se indo. — Talvez tenha sido só o perfume dele, não tem como eu ficar com o cheiro dele em minhas roupas, nem meu ômega ele é. — Jungkook balança a cabeça como se quisesse tirar esses pensamentos.

Jimin por outro lado ainda se deleitava com o aroma de Jeon, ele podia senti-lo a quilômetros de distância.

— Foi muito difícil arranjar todas essas informações. — Um homem de aparência abatida joga uma pasta lotada de papéis na frente de Jimin. — Senhor Seokjin disse que só conseguiu isso ai.

— Hum. — Jimin solta seu esqueiro na mesa e abre a pasta em seguida começa a analisar seu conteúdo em silêncio.

— O CEO desta empresa é um grande babaca, ele nem sabe o que está fazendo, vi... — O homem não teve tempo de terminar a frase. Jimin havia pegado um abridor de cartas e enfiado na jugular do mesmo, que agora se engasgava com seu próprio sangue.

— Não fale mal do meu alfa. — Jimin volta sua atenção para os papéis. — Ele não é o dono. — Fala sem ligar para o homem morrendo a sua frente. — Talvez eu saiba quem seja. — Diz enquanto olha um nome. — Não tem foto dele aqui. — Amostra a folha. — Onde está?

— Grrrr.

— Só foi um cortezinho.

— Grrr...Na-grrr...Não...Grrrr... Sei.

— Nada útil. — Jimin puxa o abridor de cartas do pescoço do homem, fazendo assim jorrar sangue por toda a sala e ocasionalmente acelerar a morte do indivíduo. — Irei te achar, provavelmente seja você que faça ele sentir tanto medo ao ponto do cheiro ser insuportável.

Jimin se levanta da mesa, arruma toda a papelada e sai daquele quarto que já começava a feder a sangue, Jimin odiava o cheiro de sangue.

Ele segue em direção de seu carro esportivo preto, entra no mesmo e sai dirigindo pelas ruas de Seul, Park nunca gostou muito dessa cidade, para ele não tinha nada melhor que a Itália. A cultura sempre lhe atraía como um imã. Mas quem diria que sua alma gêmea estaria na Coreia Do Sul, o quão hilário isso era.

Depois de alguns minutos ele chega em seu apartamento. A primeira coisa que o mesmo faz é abrir uma garrafa de vinho e seguir em direção ao banheiro. Jimin adorava tomar banho de banheiro enquanto escutava uma bela música e bebia um maravilhoso vinho. Ele poderia até ser um lobo que gostava de sentir a terra e as folhas em suas patas, mas a vida fingindo ser um lobo não puro também era bom, principalmente quando era a hora do banho. 

Era sempre a mesma rotina, banheira, vinho e música. Melhor combinação.

— Amanhã eu começo a te caçar, tenho certeza que não será tão difícil de achá-lo. — Diz de olhos fechados e apreciando o solo de Zayn Malik.

Lupus - JiKook (Adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora