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Bang Chan era a pessoa mais implicante que já conhecera na faculdade.
Talvez não seja tão comum para as outras pessoas, já que Chan era um amor com todos ao seu redor. Respeitoso, carinhoso, gentil e uma pessoa inteligente e centrada. Ele era respeitado por toda sua classe e até mesmo os professores gostavam dele. Sem dúvida alguma, ele se dava bem com todos.
Porém, não era assim contigo.
Pelo menos, não completamente.
Quer dizer, Chan nunca havia ultrapassado nenhum limite. Não houve desrespeito ou grosseria, o que agradecia mentalmente por aquilo. Porém, não estaria mentindo ao dizer que ele era uma peste.
Primeiro: sua implicância em sala. Como dito anteriormente, Chan era inteligente e isso era um fato. Porém, ele parecia testar sua paciência sempre que possível. Ao levantar sua mão para responder uma pergunta de algum professor, Chan fazia questão de complementar sempre que podia sua resposta. Se você respondia sobre determinado assunto, ele falava mais alguma coisa por cima, fazendo com que todos ficassem admirados pelo garoto inteligente e perfeitinho. Você odiava ficar em segundo lugar e ele fazia questão de testar sua paciência sempre que podia.
Segundo: seu cabelo sempre era um alvo. O rapaz, muitas vezes, sentava atrás de você, somente para passar seus dedos pelas mechas de seu cabelo. Vários penteados foram feitos. Um rabo de cavalo, maria chiquinha, coques, tranças e tudo mais que conseguia fazer. Isso era algo que ele fazia demais.
Terceiro: era claro que aquele desgraçado cantava maravilhosamente bem. É claro, isso não era um problema propriamente dito, mas por qual motivo ele fazia questão de cantar sempre que estava distraída com alguma coisa? E justo no pé de seu ouvido e te fazendo arrepiar dos pés a cabeça? Isso era covardia pura e não tinha como dizer que o Chan não sabia daquilo.
Quarto: as vezes ele ser exagerado demais. Chan era preocupado com todos, desejando e fazendo o bem para cada pessoa. Sabemos, muito fofo. Porém, piorava quando era contigo. Ele surtava somente com uma dor de cabeça que seja. Se lembrava de quando você tinha avisado no grupo de sala da faculdade que não iria conseguir ir durante alguns dias por causa de sua gripe repentina, mas pediu para que as matérias fossem passadas em seu telefone para não perder nada. O pessoal fez o que foi pedido e agradeceu por isso, mas acabou não precisando muito. Chan fez questão de te mandar no privado as matérias e, não somente isso, mas te mandava mensagens a cada minuto para verificar se estava tudo bem. Fora o fato dele aparecer em sua casa de repente, como se estivesse caindo o mundo lá fora e quase chorando enquanto trazia algumas sacolas de doces e salgadinhos que comprou no mercadinho próximo a universidade. Dramático.
Quinto: sua mania de te carregar no colo e te fazer passar vergonha. Várias vezes, enquanto estava distraída ou ocupada fazendo alguma coisa, se assustava ao ser levantada por ele. Com as bochechas pegando fogo, se debatia e tentava fazer com que ele te colocasse no chão, mas não adiantava nada. No final, você se deixava ser carregada por ele seja aonde fosse.
Sexto: aquele sorriso que te dava nos nervos. Se reparasse, conseguia perceber suas covinhas e aquilo poderia ser sua perdição. Toda vez que ele sorria, pelo motivo que fosse, seu coração começava a acelerar e tinha que desviar o olhar toda vez que acontecia. Por quê tinha que ser tão bonito? Que pecados estaria pagando?
Você poderia enumerar cada coisa que Chan fazia que te dava nos nervos completamente. Isso era claro, ele te irritava e ele era um pé no saco.
Mas, no fundo, você o amava.
Afinal, aceitou seu pedido de namoro e esse era uma das melhores decisões que tomou em sua vida. Bang Chan era maluco.
