BOA SORTE, ESPERO NÃO ENCONTRÁ-LOS POR AÍ

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BOA SORTE, ESPERO NÃO ENCONTRÁ-LOS POR AÍ

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BOA SORTE, ESPERO NÃO ENCONTRÁ-LOS POR AÍ

Acordando de mim mesmo

Para uma vida fora deste inferno

Sem mais mentiras, sem mais dor

Você não pode lutar a guerra que fizemos

The War We Made - RED

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Eles estavam acomodados escorados nas paredes da gruta, mas o silêncio da noite foi abruptamente interrompido por sons assustadores que ecoaram pela arena. Rosnados ferozes e gritos agudos rasgaram o ar, fazendo os tributos se sobressaltarem.

-Fiquem em silêncio - Thalassa sussurrou - São bestantes.

Os rosnados e gritos se aproximaram rapidamente da gruta, indicando que os bestantes estavam caçando tributos na área. Thalassa, Amélia e Caius trocaram olhares preocupados. A gruta, que antes parecia ser um refúgio seguro, agora parecia uma armadilha. Eles sabiam que precisavam encontrar outra saída antes que os bestantes chegassem até eles.

Thalassa se aproximou da entrada da gruta com sua alabarda firmemente segura em suas mãos. Seus olhos escanearam a área, procurando qualquer sinal de ameaça.

Foi então que uma garota, desesperada e com os olhos arregalados, surgiu da escuridão da floresta, correndo em direção à gruta. A luz fraca da lua iluminava seu rosto pálido, e Thalassa podia ver o medo refletido em seus olhos. A garota estava exausta e ofegante, e parecia estar sendo perseguida.

Antes que Thalassa pudesse reagir, criaturas monstruosas emergiram das sombras. Os bestantes eram grotescos híbridos de humanos e animais, com peles enegrecidas e olhos selvagens. Eles tinham garras afiadas e presas cruéis, prontos para atacar qualquer coisa que cruzasse seu caminho.

Os bestantes se lançaram sobre a garota, rosnando e grunhindo, enquanto ela lutava desesperadamente para se defender. Thalassa observou impotente enquanto a garota era dominada pelas criaturas terríveis. Os gritos de agonia da garota ecoaram pela floresta, mas foram rapidamente silenciados pelo ataque dos bestantes.

O som do canhão ressoou pela arena, e o rosto da garota do Distrito 11 apareceu no céu. Thalassa observou com pesar enquanto o rosto da jovem desaparecia lentamente, tornando-se apenas uma memória fugaz na escuridão.

Ela estava inquieta com a rapidez com que os Jogos Vorazes estavam se desenrolando. Apenas dois dias haviam se passado desde o início da competição, e a contagem de tributos vivos estava diminuindo rapidamente. Apenas oito tributos permaneciam.

[...]

Quando percebeu que Thalassa estava prestes a se mostrar para os bestantes, Finnick segurou o fôlego, os punhos apertados com tensão. Ele queria gritar para ela se esconder, mas ela não o ouviria.

Thalassa finalmente se conteve e permaneceu escondida, e Finnick soltou o ar que nem mesmo tinha percebido que estava segurando. Ele sentiu um alívio momentâneo, mas também uma onda de preocupação renovada. Eles já estavam nos 8 tributos finais, os jogos indo mais rápido do que os outros anos.

Imaginando o que os idealizadores poderiam ter planejado para a arena, Finnick sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Ele conhecia a criatividade perversa da Capital e sua sede insaciável por entretenimento sanguinário. Cada detalhe da arena, cada mutação e armadilha, era projetado para desafiar e testar os tributos até seus limites, e além deles. E aqueles bestantes pareciam ser só o começo.

De repente, as câmeras nas montanhas ao redor da arena mudaram de foco, e Finnick se viu olhando para a tela, perplexo. Ele assistiu com crescente horror enquanto um deslizamento de terra começou a se formar, com rochas e detritos sendo arrastados pela encosta da montanha.

Um arrepio de pavor percorreu sua espinha quando ele percebeu que Thalassa estava bem no caminho do deslizamento de terra. O coração de Finnick acelerou, e ele sentiu o sangue gelar em suas veias enquanto via a cena se desenrolar na tela.

-Droga, garotos! Saiam daí! - ele ouviu Daniel Bernhardt, o mentor do Distrito 9 exclamando, ao mesmo tempo em que via os lábios de Thalassa se moverem, mas o som do deslizamento não possibilitava que eles pudessem ouvir.

Thalassa se lançou à frente, seus movimentos rápidos e precisos, empurrando Amélia e Caius para um terreno mais alto enquanto ela própria saltava com agilidade. O deslizamento de terra atingiu com toda a sua força, rochas e detritos voando pelo ar enquanto a terra tremia. A poeira subiu em nuvens, obscurecendo a visão. Por um momento, Finnick perdeu a visão dos três tributos, e seu coração parecia parar. Ele imaginou o pior, temendo que a avalanche os tivesse engolido.

Mas então, a poeira começou a se dissipar, revelando Thalassa, Amélia e Caius, ilesos. O alívio inundou Finnick, suas pernas cederam sob ele e ele se deixou cair na cadeira. Eles tinham conseguido escapar do deslizamento de terra.

Três canhões soaram, sinalizando a morte de mais dois tributos. Eles estavam em cinco, e os jogos definitivamente haviam entrado na reta final. Mesmo sem saberem quais tributos haviam morrido, agora era o momento de Thalassa, Amélia e Caius quebrarem a aliança.

[...]

-Três canhões - Thalassa comentou - Somos cinco.

-Está na hora de nos separarmos - Caius afirmou - Não sabemos quem ficou, mas acho que seja melhor se quebrarmos a aliança agora - Thalassa assenti.

-Boa sorte - Thalassa desejou - Espero não encontrá-los por aí.

-Boa sorte, Thalassa - Amélia sorriu pra ela - Foi bom conhecer você.

-Igualmente - Thalassa sorri pra eles e acenou, antes de correr na direção oposta.

Agora, ela estava sozinha.

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Volto em breve!

Vozes das Profundezas - Finnick OdairOnde histórias criam vida. Descubra agora