MINHA SESSÃO DE TERAPIA

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MINHA SESSÃO DE TERAPIA

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MINHA SESSÃO DE TERAPIA

Que tal jogarmos um jogo?

Eu sei que você vai gostar, oh

Você fica o mais longe possível

Antes que eles cheguem até você

Eu posso parecer louca, mas

É apenas porque eu sou

Antes que eles capturem sua mente

Corra, corra, corra

Bad Dreams - Faouzia

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-Vamos devagar - Mags pediu, e Thalassa suspirou.

Ela e Finnick estavam frente a frente, na sala da casa de Mags, tentando colocar uma ideia de Sirena em prática. Tentar uma aproximação sutil entre Thalassa e Finnick aos poucos, para que ela pudesse ter a percepção de que ela estava segura e que ele não faria mal pra ela.

-Estenda a mão, Finnick - Mags instruiu e Finnick estende a mão na direção de Thalassa, a palma virada pra cima - Você é quem está com as rédeas da situação, Thalassa. Quando você estiver pronta.

Thalassa respirou fundo novamente, encarando a mão de Finnick, que permanecia estendida na direção dela. Ela estendeu a mão lentamente, e Finnick consegui ver sua mão tremendo. Ela foi aproximando a mão lentamente até encostar os dedos nos dedos de Finnick.

Ela segurou o pânico que começou a assolar seu peito. Sua mão tremia, mas ela estava decidida a superar todo aquele pavor que sentia. Ela estava quase tocando a palma da mão dele quando a porta foi aberta de supetão, e ela saltou pra trás.

-Filha da mãe! - ela xingou quando viu Johanna ali.

-Atrapalhei? - Johanna perguntou, não parecendo totalmente arrependida.

-Minha sessão de terapia - Thalassa respondeu - Eu achei que você havia aderido ao nomadismo.

-E é por isso que eu estou aqui - Johanna respondeu - Vem me mostrar seu Distrito, ruiva - a agarrou pelo braço, a arrastando pra fora da casa.

[...]

-O que vocês estavam fazendo? - Johanna perguntou, enquanto ela e Thalassa caminhavam pela praia.

-Uma ideia de Mags pra eu perder meu medo de Finnick - Thalassa respondeu.

-E como você se sente perto dele? - Johanna a encarou e Thalassa suspirou.

-Eu sinto pânico - Thalassa confesso - Mas, ao mesmo tempo, ele me passa a situação de segurança, e então, eu fico presa nesse paradoxo.

-Eu sei que já disse isso pra você várias vezes - Johanna comentou - Mas, Finnick é uma boa pessoa - afirmou - E ele ama você. Não sei o que eles fizeram com você na Capital ou o que eles colocaram na sua cabeça, mas a única parte real do Finnick das suas lembranças e a que ele faz de tudo para proteger você - Johanna de uma pausa - Esse Finnick que te dá o espaço que você precisa e que está fazendo de tudo para que você volte a ser o que era é o Finnick real.

-Todos comentam isso, mas eu... Não consigo me lembrar dele - Thalassa respondeu - É como se tivesse sido enterrado sob as memórias ruins que implantaram a minha mente.

-Isso é um bom sinal - Johanna respondeu - Significa que você sabe que algo está errado, você só tem que encontrar essas lembranças - Thalassa assentiu, pensativa.

[...]

Era madrugada, e Thalassa novamente não conseguia dormir. Ela decidiu caminhar pela praia, então, colocou um casaco sobre o seu pijama e saiu de sua casa, mas, algo chamou sua atenção.

Ela começou a ouvir alguns choramingos e soluços, e analisou as casas dos outros vitoriosos, tentando descobrir de onde vinha. Ela se aproximou da casa de onde ouvia os sons, e logo reconheceu como sendo a casa de Finnick.

Ela subiu os degraus e viu que a porta estava destrancada. Ela entrou na casa e viu que tudo estava escuro, mas os sons vinham de um cômodo que ficava no andar de cima. Thalassa subiu os degraus, seguindo o sons até chegar ao quarto de Finnick.

Ele estava deitado na cama, enrolado no cobertor, mas ela conseguia ver a testa dele brilhando. Ele murmurava algumas coisas, enquanto ele se debatia. Ela acendeu a luz, e se aproximou, vendo que lágrimas também escorriam pelo rosto dele.

-Finnick? - ela o chamou, mas nada aconteceu. Ela respirou fundo, tentando controlar seu pânico e se sentou na beirada da cama, e tentou fazer Finnick parar de se debater, enquanto tentava acordá-lo - Finnick? Acorde! - o sacudiu, mas e ouvir Finnick soluçando, enquanto mais lágrimas escorriam - Finnick! - ela o chamou mais alto e o sacudiu com mais força, e Finnick se sentou se supetão, respirando pesadamente.

Thalassa ficou em silêncio, vendo-o se localizar no ambiente. Seus olhos estavam vermelhos e lágrimas ainda escorriam por suas bochechas, enquanto ele tentava normalizar a respiração.

-Thalassa? - ele perguntou com a voz frágil, parecendo precisar da confirmação de que ela era que estava ali.

-Sou eu - ela respondeu e Finnick a abraçou de supetão, parecendo se esquecer da situação em que estavam.

Ela travou em um primeiro momento, enquanto Finnick a apertava em seus braços, o rosto enfiado em seu pescoço. Depois de alguns segundos, ela correspondeu o abraço, passando a mão carinhosamente no cabelo dele.

-Você está aqui - ele soluçou e Thalassa franziu o cenho.

Com o que ele estava sonhando?

-Está tudo bem - ela sussurrou - Foi só um pesadelo - ela continuou acariciando o cabelo de Finnick até ele se acalmar, e soltá-la lentamente - Melhor?

-Sim - ele respondeu - Me desculpe - ele disse, vendo que seus braços ainda estavam em volta da ruiva.

-Não tem problema - ela respondeu, impressionada com o seu autocontrole de não pular pra longe de Finnick - Quer conversar? - perguntou e ele negou com a cabeça, respirado fundo.

-Acho que vou dar uma volta - ele comentou.

-Estava com a mesma ideia - Thalassa respondeu, bem humorada - Coloca uma camiseta e vamos comigo - ela se levantou da cama e ele assentiu com a cabeça, antes de se levantar, colocar uma camiseta e sair com ela, em direção pra praia.

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Volto em breve!

Vozes das Profundezas - Finnick OdairOnde histórias criam vida. Descubra agora