Em um hospício, Cellbit, um jovem diagnosticado com depressão acaba sendo internado em um hospital psiquiátrico após um grave ocorrido. O que ele não esperava era que, três meses depois esbarraria em Roier, um jovem que jurava por tudo que estava mo...
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20 de outubro de 2023.
Meus olhos ardem como aros de fogo, minha bochecha está quente como uma fornalha, meu rosto está tão pálido quanto uma fina folha de papel, já meu humor... bem, não seria novidade eu declarar a minha imensa vontade de morrer. É realmente o que desejo no fundo da minha alma, que está inteiramente machucada pelos vidros do meu coração rachado que explodiram ao receber a notícia que Forever morreu.
Ele foi assassinado, mas nunca quiseram expor quem fez isso. Às vezes tenho uma leve suspeita do amigo dele que nem conheço; meu Forever foi ir para casa com ele e então morreu, não é muito suspeito? Bem, de qualquer forma, a culpa é minha! Se não tivesse iniciado uma discussão com a única pessoa que me fez sentir-me especial nada disso teria acontecido.
Meu coração dói muito, às vezes sonho com ele; cada toque carinhoso, cada sorriso, cada momento... é tudo tão real; em todos eles acabo chorando em seus braços enquanto peço perdão, então saímos juntos, observamos as estrelas em um parque e então ele me diz algo como se eu estivesse errado este tempo todo, ele diz que nunca foi a minha felicidade e que eu mesmo sou a razão da felicidade voltar a existir em mim, assim como diz que nada é o que parece.
Patético. Não importa o quão bom o sonho é, sempre acordo sozinho, totalmente infeliz e com um cheiro enjoado de remédio impregnado em meu corpo. Me sinto sujo; posso até tomar banho, mas me sinto sujo pela tristeza presente em minhas veias, é como se eu estivesse doente. Me sinto melhor quando corpo meus braços usando qualquer coisa que tenha uma lâmina fina e afiada, sempre gostei de mexer com facas apenas para ver meu sangue escorrendo. Mereço sofrer, é a única coisa que consegue castigar alguém como eu.
Sempre tive essa infelicidade em meu coração (pelo menos, desde os meus 12 anos), mas o outro brasileiro me ajudou a encontrar qualidades em mim, por isso estava me recuperando: estava aprendendo a amar a mim mesmo, mas minhas aulas de autoestima acabaram quando ele morreu. Agora vago no mundo como se fosse um morto-vivo: minha pele pálida, meus olhos cansados e melancólicos expulsam as pessoas, elas querem me evitar.
- Niki, como a mente de um psicopata funciona? - Com a minha voz monótona ecoando pelo ambiente, perguntei
- Por que a pergunta, Cellbit?
Apenas mordi meu lábio inferior. Quero saber porque talvez haja a possibilidade do amigo de Forever, o possível assassino, seja um psicopata; tipo, o meu amado sempre falou o quão estranho e distraído que a seu amigo era, então... talvez seja, certo?
- Meu amigo morreu por um assassinato, mas não foi divulgado quem a matou. Forever dizia que o amigo dele tinha um comportamento estranho e a última coisa que mau amigo fez foi acompanhá-lo até em casa.
- Isso é curioso, Cellbit. - Niki murmurou enquanto anotava a descoberta em seu caderno. - Mas nossa terapia não é sobre isso.
Ao ouvir isso, apenas solto um grande suspiro. Se serei obrigado a viver, então quero pelo menos encontrar quem matou a única pessoa que fez meu coração palpitar verdadeiramente. Não posso deixar a sua morte em oculto como ficou, é muito injusto. Forever não merece isso, independente de quem o matou, precisa apodrecer na cadeia porque o meu melhor amigo (que sempre vi como crush) merece ser justiçado, ele merece ser vingado. Enquanto não morrer, tentarei ser útil para pelo menos algo nesta vida miserável: tenho dó de quem matou Forever porque, mesmo sendo ateu, orarei para qualquer religião disposta a fazê-lo sofrer 100 vezes mais do que Forever sofreu.
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