Capítulo Final - Want so BAD

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O meu super-herói vestiu a máscara, correu até o parapeito e em um mergulho frontal atirou-se andar abaixo. Jisung me pegou com tanta firmeza, de uma forma que nunca me senti tão seguro em toda a vida.

Thwip!

Graças a uma teia cravada no concreto do outro edifício, nossa queda foi amortecida e em um balanço selvagem paramos há duas quadras de distância. Jisung me colocou em segurança no chão.

— Espere aqui — ele se voltou para o prédio e com suas mãos e pés afixados sobre a sua superfície como se fosse o próprio chão, ele o escalou até estar alto o suficiente para se impulsionar para o próximo lugar.

Ouvi os seus movimentos precisos pelo uivo do vento contra o seu corpo e por alguns instantes ele sumiu na escuridão, apenas para retornar de cima, assustando-me por estar de ponta cabeça.

— Fui buscar o seu presente — ele livrou-se da máscara apenas o bastante para conseguir me mostrar os seus lábios. Tinha um sorriso confiante neles. — Seria muito pretensioso dizer que eu sei que você vai gostar?

Hipnotizado, coloquei as mãos nas laterais de seu rosto e me aproximei até que nossas bocas se juntassem. O hálito mentolado de Jisung pelos chicletes que mascamos estava mais refrescante devido a brisa gélida da noite.

O seu cheiro inebriante, acentuado pelos esforços do dia, deixava o meu corpo inquieto. Eu gostava de sentir o gosto salgado de sua pele umedecida de suor depois de uma noite quente de amor, mas não importava a situação, o maldito perfume do Han também devia ser sobre-humano, pois os toques de âmbar misturados a bergamota e sândalo nunca desapareciam.

Nossas línguas se tocaram, em um ritmo sensual e vagaroso que fez o meu sangue ferver. Aprofundei o contato, deliciando mais daqueles lábios macios experientes em me levar ao ápice de todas as formas possíveis.

Jisung finalizou o beijo com um selar desesperado, e arrancou a máscara, precisando de ar puro em todo o seu rosto. Precisávamos nos controlar ou violaríamos o pudor em uma rua facilmente movimentada.

— Achei que não tinha encontrado algo que julgasse apropriado — eu disse, ofegante, enquanto ele se colocou de pé em minha frente com um salto.

— Não exatamente, mas eu jamais poderia deixar passar em branco.

Eu encarei o chão.

— Aqui — Jisung me estendeu uma caixa marrom com letras douradas entalhadas "Tom Ford".

— O que é isso?

Abri, curioso, e me deparei com uma case oval aveludada marrom e um envelope. O que havia dentro era um certificado de garantia do produto original. E dentro da caixinha estava um óculos caro.

— Tom Ford? Esses óculos não custam facilmente mais de dois mil? — Arregalei os olhos.

O meu namorado era esforçado e trabalhador, a sua tia também tinha um emprego e eles mantinham a sua casa sem problemas, mas aquele era um luxo com o qual ele provavelmente não poderia arcar.

Ele balançou a cabeça.

— Não se preocupe com isso! Apenas experimente.

De cenho franzido e um tanto hesitante, deixei de lado os outros objetos para colocar os óculos. Até o seu cheiro parecia sofisticado.

Olhei através das lentes e Jisung fez uma carícia em minha bochecha, depois tocou a extremidade esquerda do óculos e algo surreal aconteceu.

Projeções holográficas translúcidas apareceram pelo ambiente, como se fossem itens ocultos que não podiam ser vistos a olho nu.

Spider-Han | MinSungOnde histórias criam vida. Descubra agora