Spider-Han | MinSung

Capítulo Dois - HaPpy

Finalmente um encontro só nós dois, Jisung e eu, como não fazemos há um bom tempo.

Nos aniversários passados celebramos junto com os amigos do colégio e apesar de eu querer ter um momento a sós com Hannie, foi bom para que eu não ficasse solitário quando ele simplesmente desapareceu — o que acontecia muito mais que eu gostaria.

Então dessa vez eu estava um pouco ansioso para ver se ele conseguiria cumprir a sua palavra.

Nós marcamos uma sessão de cinema às 3:00 PM, um fliperama depois do filme e um jantar antes de fechar a noite na cama dele ou na minha.

Porém, lá estava eu, na fila vazia do cinema, segurando um balde de pipoca já pela metade com nossas Coca-Cola esquentando.

O segurança me alertou sobre a meia-hora já perdida do filme. No celular haviam diversas notificações me desejando os parabéns, mas nenhum sinal de Jisung.

Trumm trumm trumm...

Eu ouvia meu telefone discando até a ligação cair na caixa postal.

Trinta e cinco minutos depois das três me conformei que ele não viria e resolvi não perder mais da estreia que eu estava maluco para ver. Assim que me aconcheguei na poltrona, imergi na realidade fictícia e nem vi as horas passarem.

Eu meio que esperava que Jisung estivesse de fora quando eu saísse, pedindo um milhão de desculpas, mas quando constatei que não era o caso, rezei para que ao menos ele não perdesse o horário do jantar...

Respirei fundo e me dirigi ao fliperama, checando os novos brinquedos e os possíveis prêmios que com certeza eu ganharia. O aniversário era meu, mas nada me deixaria mais confiante do que dar a ele algum presente conquistado com as minhas próprias habilidades.

Apesar disso eu me sentia triste de alguma forma...

Não que eu não gostasse da minha própria companhia ou de sair sozinho, nunca tive problemas com isso, e eu entendo o lado dele, eu entendo para caralho, mas queria que dessa vez ele tivesse conseguido cumprir essa promessa...

Com um coelhinho branco de pelúcia e dois KitKat de chocolate ao leite em mãos, chamei um táxi, o destino era o restaurante de comida japonesa em que ele havia feito uma reserva para nós dois.

Jisung insistiu que devíamos experimentar o rodízio, e o fato de a data coincidir com o meu aniversário foi nada menos que muito conveniente.

— Boa noite, senhor. Você tem uma reserva ou um bilhete para o rodízio?

— Boa noite, eu tenho uma reserva em nome de Han Jisung, e dois bilhetes para o rodízio.

A recepcionista averiguou se eu estava acompanhado.

— Dois bilhetes, senhor Han?

— Sim, minha companhia combinou de me encontrar aqui. E a propósito, eu sou Lee Minho, o meu acompanhante é que é Han Jisung.

— Oh, é claro. Aguarde um instante, por favor, senhor Lee — ela sorriu e procurou na enorme lista em seu tablet. — Está aqui. Mesa para dois, certo?

— Sim.

— Mesa 16 — a recepcionista conferiu antes de me indicar a direção. — Me acompanhe, por favor. — Ela fez menção para que eu a seguisse e me entregou o menu quando me sentei.

A decoração oriental moderna era aconchegante. A luz amarela que iluminava o lugar vinha de luminárias japonesas redondas que estavam penduradas no teto.

As mesas de bistrô pretas estavam decoradas com flores naturais e velas aromáticas. Pude reparar também no tom vermelho vivo do estofado acolchoado da cadeira em minha frente. Vazia...