ter uma infância conturbada cria adolescentes doentes, ambos tinham tudo para serem as pessoas corretas um para o outro, mas eram doentes demais para isso
Com passados sombrios e problemáticos, ambos sofreram, e tanto ele, como ela, estão atrás da...
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meu pai querendo ou não
A casa era muito bonita, e conseguia ser maior do que a de meu pai, as mesmas cores, com a presença de mais uma, que dava destaque a casa, vermelha
A casa estava silenciosa no andar de baixo, mas era possível escutar diversos gemidos do andar de cima, eram todos misturados, ou seja, não vinham de um único quarto
Eu joguei minha mochila no sofá e fui até a cozinha, encontrando uma senhora limpando o balcão, assim que me sentei, um grito mais alto que os outros ecoou pela casa e eu fiz uma careta, fazendo a mulher rir
- todas as segundas são assim, os quatros vão para seus quartos com garotas, eles dizem que é para ficarem carregados a semana inteira, mas nenhum deles fica a semana toda sem aparecer com pelo menos uma garota - ela explicou e eu a olhei
- eles são cachorros no cio? - perguntei, eu não entendia como alguém não consegue passar uma semana sem transar
A mulher riu novamente
- o que mais aparece aqui com garotas é o Tom, os outros nem tanto, as garotas que entram no quarto dele sempre saem machucadas demais para ser somente uma ficada, acho que ele as espanca - a mulher falou e eu arregalou minimamente meus olhos, surpresa - estou brincando, mas elas costumam sair com muitos hematomas, eu trabalho aqui a cinco anos, e nunca vi uma mulher sair daqui insatisfeita, com nenhum deles - ela falou ele estendeu um copo de suco, que eu nem vi em que momento ela serviu
A casa ficou em completo silêncio, e logo desceram quatro garotas, elas conversaram entre si, como se fossem amigas, cada uma contava como foi sua experiência felizes
Eu me permiti reparado em seus corpos, e não havia tantas marcas em três, mas a quarta tinha o pescoço coberto por manchas roxas
- a mais marcada teve a felicidade ou infelicidade de ir para a cama com Tom - a senhora falou e saiu, e eu acompanhei as garotas com o olhar, até elas saírem pela porta principal
Eu me vi totalmente sozinha e decidi fazer oque faço de melhor, procurar oque era preciso
Eu entrei no corredor do andar debaixo, e fui até o final, procurando algo parecido com um escritório, e para a minha felicidade, eu encontrei, a última porta a direita, eu entrei vendo vários papéis na parede, com várias fotos, e muitos papéis em cima da mesa, mas uma única coisa me chamou atenção
Na prateleira de livros, tinha uma pasta com uma data que eu bem conhecia, 24.10.1997, o dia do assassinato da minha mãe
Com um pouco de dificuldade, eu peguei a pasta, que tinha tons beges, e a abri, ali dentro tinham diversas fotos da minha mãe, igual a maleta, que tinham diversas fotos minhas, mas na pasta, só havia uma foto do cadáver da minha mãe, parecia ser algo relacionado a perícia, mas como meu pai chegaria a ter essa foto em suas mãos?
A perícia investigou tudo antes de sair da casa, eu me lembro disso, lembro que passe mais de meia hora olhando para aqueles homens mechendo do corpo da minha mãe, e tirando fotos, fiquei ali por um tempo até perceberem minha presença
Contudo, somente a polícia teria autorização para ter aquela foto, era por essa razão que meu pai sabia como minha mãe estava quando morreu, e que eu via tudo, ele tinha ou tem algum contato com a polícia, ou com algo muito errado
Eu peguei a foto e a guardei no meu bolso, peguei também uma de minha mãe sorrindo e a guardei antes de colocar a pasta no lugar e sair dali o mais rápido possível
Por sorte, assim que me sentei no sofá, um dos garotos desceu, ele parecia sonolento, era o que tinha um estilo gótico, só que com roupas normais
Ele entrou na cozinha, sem perceber minha presença, e quando saiu me viu ali e deu um leve sorriso
- faz muito tempo que está aqui? - ele perguntou se aproximando do sofá com uma xícara em mãos
- não muito, mas o suficiente para saber que as segundas são dias importantes pra vocês - eu falei e ele deu uma gargalhada baixa, e logo se levantou novamente
- vem vou te mostrar seu quarto - ele caminhou até a escada e esperou que eu o seguisse, e assim que fiz
O andar de cima era no mesmo estilo que o debaixo, mas as portas eram todas nos tons pretos, com alguns números nos cantos delas
O corredor era imenso e virava a direita, então eu não era capaz de ver seu fim, o garoto parou em frente a terceira porta da direita, e abriu a porta, não falou nada, somente se virou e foi em direção a primeira porta do lado esquerdo que tinha ao número "02" em seu canto, os números não estavam em sequência, me fazendo pensar que aquilo provavelmente seria algum tipo de código
Eu olhei para o canto da minha porta e o número que estava ali era "00", se estivesse em sequência o meu seria o quinto quarto do corredor, mas eu acho que os números são relacionados aos donos dos quartos
Ignorei isso e entro em meu quarto novo, que tinha tons brancos, algo que me deixou confortável, pois o branco é uma das minhas cores preferidas, minha mãe dizia que o branco não era um vazio, era apenas um espaço que esqueceram de pintar pois disseram que era puro demais para ser contagiado com as cores sujas do mundo, e eu acreditava nessa história
Me joguei na cama e toquei em meu bolso, sentindo a fotografia e a peguei novamente, e suspirei fundo, algo nessa história toda não estava certo, e eu iria tirar tudo a limpo, nem que eu tivesse que me sujar também
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• estou sem tempo nenhum, comecei a fazer um curso de espanhol e aulas de surf, e ainda tenho que fazer oque mais amo, andar de skate