𝔓𝔞𝔦𝔫 𝔬𝔣 𝔏𝔬𝔳𝔢 - 𝕿𝖔𝖒 𝕶𝖆𝖚𝖑𝖎𝖙𝖟

17 • Let's celebrate

Meus olhos estão vermelhos, minhas mãos tremem, meus cabelos que estão amarrados em um coque, estão cheios de fios soltos

Eu estava acabada, totalmente perdida

Em que momento eu me apeguei tanto a meu pai? Quando foi que ele começou a fazer tanta falta?

Seu corpo estirado no chão com um furo em sua testa, não sai da minha cabeça

Essa semana que passou, os meninos os fazem de tudo para me distrair e esquecer, mas nunca funciona

Eu continuo lembrando, tanto da minha mãe, quanto do meu pai , ambos se foram na minha frente

Onde estão agora?

Atormentando meus sonhos, com certeza

Eu estou com medo

Tom estava tão presente em minha vida, principalmente agora, mas esse vazio não vai embora, eu os quero de volta

Não aguento mais chorar, meus olhos doem

Nesse momento, eu estou no banheiro do quarto de Tom, ele teve que sair, e eu me levantei da cama, pela primeira vez essa semana para me olhar no espelho, pois quando levantava apenas tomava banho e voltava para a cama

Eu sai do banheiro, e me sentei em sua cama novamente, agora eram umas 02:00, eu não sei ao certo, também não ligava para isso

A porta foi aberta com certa brutalidade e Tom entrou e me viu ali em sua cama, com mais lágrimas em meus olhos

Seus olhos se tornaram calmos, e ele se aproximou de mim, e me deitou na cama, me deitando sobre seu peito, me deixando aconchegante em seus braços

- não fique assim, meu amor, isso vai passar - as vezes acho que Tom se apaixonou por mim, somente me baseando em seus apelidos

- eu sinto que estou me afogando - minha voz saiu baixa e rouca, por causa do choro

- ele vai pagar querida - ele alisou meus fios, e deu um pequeno beijo em minha testa

Ele esteve tão presente, mais do que os meninos, pois os mesmos só entravam em seu quarto quando ele permitia, e não eram muitas as vezes que isso ocorreu

Eu não esquecia de forma alguma dos carinhos que ele me dava todas as noites, e muito menos de todos os apelido, e formas de me alegrar

Eu não poderia ficar de luto para sempre, depois desta noite eu voltaria a ser a Lucy que todos conhecem

De fato eu nunca fui a mais alegre e energética, ou aquela que anima todo mundo, mas eu também nunca fui de ficar para baixo, e o fato de Tom saber que eu era mais sorridente a anos atrás me deixa intrigada, talvez ele tenha feito apenas uma teoria em sua cabeça de que eu era mais animada antes de tudo isso

Eu já sabia que ele estava envolvido com a maleta, mas não sabia o quão grande esse envolvimento pode ser, e era isso que eu queria descobrir

Eu queria chegar na raiz desse problema, o porque minha mãe foi morta, o porque eu estava sendo perseguida, o porque Klaus estava tentando me matar, e porque o sobrenome da minha família era tão importante

Eu já vi várias vezes meu pai usar o sobrenome como um cartão de entrada para vários lugares, mas nunca entendi o porquê

Assim que Tom dormiu, eu me levantei sem o acordar e saí do quarto , indo até o escritório, eu sabia que Tom guardava várias coisas para meu pai, informações e muitas outras coisas

Eu entrei no escritório e vi um monte de folhas em cima da mesa, e me aproximei para ver do que se tratava

"Klaus Grazeer, mais conhecido como GK, foi encontrado no ponto norte de Lipsia, Alemanha, quilômetro 18, casa 23, rua 45. No momento, há com ele, apenas 269 homens armados e 142 o protegendo"

Tom estava o procurando?

Eu tirei foto de todas as informações sobre a localização dele, não era longe daqui, se eu conseguisse pegar um dos caros, eu mesma poderia ir até lá, e acabar com esse palhaço

Eu escutei um barulho do lado de fora do escritório, e me aproximei da porta para tentar ouvir, seja lá oque for

- ela não pode descobrir, Tom mandou agente trancar o escritório, ela já entrou aqui outras vezes e descobriu oque não devia - a voz de Gustav ecoou no corredor

Merda.merda.merda

Eles iriam me trancada aqui? Eu estava ferrada

- relaxa cara, ela está no quarto agora, não se preocupa, vamos beber algo, depois você tranca isso aí - Georg falou com ele, me tirando um suspiro aliviado

As vozes e os passos se afastaram da porta, me dando tempo o suficiente para sair e voltar para o quarto, onde Tom ainda dormia profundamente

Eu me sentei de seu lado, e o acaricie no rosto, vendo ele resmungar algo inaudível, eu soltei uma risada frouxa

- girassol, não chora, vem dormir vem - sua voz sonolenta falou, e eu me deitei ao seu lado e seus braços logo se enrolaram em meu corpo, me prendendo contra o seu

- eu não vou mais chorar Tommy- eu murmurei baixo e logo adormeci

• esse é um pouco menor pq sal 02 da manhã e eu tô com sono, boa noite babys

•852 palavras