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Yang estava terminando as contas do dinheiro presente no caixa, suspirando pesadamente quando seu chefe mandou-lhe uma mensagem dizendo que as contas estavam erradas

Ele soltava resmungos insistentes

Jeongin bufou quando seu celular vibrou insistentemente sobre a mesa

— Que foi? — revirou os olhos

Jeonginniea voz irritante o chamou

— O que foi? Eu já levei meu filho aí — respondeu seco

Innie... — suspirou — Eu bati o carro e seu filho estava junto comigo

O que?! — praticamente gritou — O que você fez com meu filho?

Eu bati o carro! Não tenho culpa

Onde você tá? — passou a mão pelos cabelos

Perto do colégio do Doyoon — fungou

Jeongin saiu do café às pressas, correndo em direção à escola, com o coração acelerado

O jovem correu até o local, parando próximo à escola e procurando algum mínimo vestígio de acidente coisa que, definitivamente, não achou

Ao longe, viu a mulher de cabelos ruivos acenando, indicando que estava ali

Yang correu, procurando por seu filho em completo desespero

— Cadê meu filho?! — vociferou

Calma, Innie. — colocou a mão em seu peitoral — Eu quero que acertemos as coisas entre nós. — sorriu — Bom, quando eu engravidei do Yoon, era muito nova e não tinha maturidade. Queria curtir minha vida como adolescente e deixei nosso filho nas suas costas. Podemos voltar a ser como antes? — acariciou seu braço

Eunji, — riu — eu fui expulso de casa por isso. Um adolescente de 15 para 16 anos vivendo sozinho, eu não tinha nem onde cair morto. Você deixou nosso filho nas minhas costas durante dois anos, eu sempre cuidei dele e me apeguei ao garoto; então, você aparece depois de dois anos, pedindo a pensão e a guarda do seu filho? — arqueou as sobrancelhas — Entenda, você me fez mal, e não quero que esse mal me persiga por toda a vida

— Jeonginnie — fez um beicinho

Jeonginnie, nada. — fechou a mão — Meu filho não te merece como mãe e eu não mereço que você se meta na minha vida e venha me pedir arrego. Eu não vou voltar com você, não importa o quê faça — deu as costas

Posso te proibir, por lei, que não veja seu filho — um arrepio percorreu o moreno

— Você não pode! A justiça não te daria a razão!

— Eu posso comprar o réu. — riu histericamente — Pense bem. O contato que tem com Doyoon está em jogo

A mulher deu as costas, deixando um Jeongin furioso e prestes a explodir para trás

O homem pegou seu celular, enviando uma mensagem ao seu chefe, avisando que não iria pois haviam ocorrido alguns empecilhos

Ele caminhou até o condomínio, deixando seu corpo ceder quando ficou próximo à cama

Yang deixou algumas lágrimas escorrerem por seu rosto, ele realmente era sensível. Como a mulher pode o impedir de ver seu filho?

O seu celular vibrou algumas vezes em seu bolso, avisando-lhe que alguém havia enviado mensagens

Depois de secar as lágrimas solitárias, pegou seu celular e observou a notificação de um número estranho

As mensagens diziam que era Hyunjin, este que iria lá daqui a um tempo, para buscar algumas correspondências que haviam sido entregues em sua caixa de correio

Jeon suspirou e se levantou. Precisava estar decentemente vestido para receber Hyun

Ele não tinha um paixão pelo jovem, e sim uma atração, ou melhor, o achava um puta gostoso

Vestiu uma blusa de tecido fino, esta que quase exibia seu peitoral malhado, e um par de calças leves

Não deixou de dar atenção ao seus fios morenos, dando uma leve umedecida nesses

Sentou-se no sofá e fingiu que estava assim mesmo antes das mensagens

Em pouco minutos, a campainha foi tocada e o Yang correu para atender a porta, tentando não parecer esbaforido

— Oi. — cumprimentou-o com um beijo na bochecha, convenhamos, foi um pouco íntimo — Tá na mesa — correu para o banheiro, lá batendo suavemente as toalhas em seus fios úmidos

Você tá sempre correndo para lá e para cá. — encarou o moreno — Descanse um pouco

— Não. — secou os cabelos — Tenho que resolver uns problemas

— Sua ex? — arqueou as sobrancelhas

— Como... Como sabe?

— Você fica desse jeito quando tem algo relacionado a ela acontecendo — riu

— Você tá certo — suspirou lentamente

— Quer dizer o quê?

— Não... — deu de ombros — Se quiser, pode vir aqui no fim de semana. — sorriu — Doyoon gostou de você, Eunji me contou ao telefone. Seria bom se ele tivesse outra companhia, deve ser horrível ter só seu pai e ele sempre sair às pressas porque houve algo com a pensão — dobrou as grandes roupas do garoto

— Certo... — murmurou

— Vai chegar mais alguma encomenda essa semana? — suspendeu a sobrancelha

— Talvez — riu

— Por que compra tantas coisas? Vai acabar se falindo — guardou as roupas na cômoda

— Eu gosto de decorar minha casa, é um bom passatempo e me distrai dos problemas — pegou um quadro nas mãos

— Não mexa nos quadros — tomou o quadro de sua mão

— Por quê?

— Tenho medo que eles quebrem... — abaixou a cabeça — Tenho poucas fotos do Doyoon. — suspirou — Passo pouco tempo com ele e, o que passo, não tiro fotos para não irritá-lo

— Doyoon vem pouco para sua casa?

— Só nos fins de semana — sussurrou

— Entendi. — pôs a mão em seu ombro — Posso te fazer companhia durante alguns dias — sorriu

— Eu adoraria. — sorriu ternamente — Odeio me sentir sozinho — encolheu os ombros

— Que horas acaba seu turno?

— Às quatro e meia — ajeitou os fios de sua franja

— Eu saio às cinco, te busco quando sair. Tudo bem por você? — colocou a mão em seu ombro

Claro! — sorriu, exibindo suas covinhas — Obrigado

— Imagina! — sorriu de volta — Te vejo amanhã — beijou sua bochecha, se despedindo

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tá bem insosso 😞

correspondências ☆ hyuninOnde histórias criam vida. Descubra agora