Capítulo 11

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Depois de contar o que a mãe de Robin lhe dissera, Karen só pôde observar impotente enquanto a filha andava de um lado para o outro na cozinha, furiosa. Nancy estava positivamente lívida, sem nem saber como expressar sua raiva, daí o ritmo.

"Como ela poderia dizer algo assim?" Nancy pergunta com raiva, sem parar de andar.

"Eu não tenho ideia, querida." Karen diz com cuidado, observando a filha intensamente.

“Quero dizer, você é mãe, você poderia ver isso acontecendo?” Nancy pergunta, parando na frente de sua mãe com uma carranca irritada.

“Nancy, nenhuma mãe deveria pensar isso, muito menos expressar isso para seus filhos." Karen responde com firmeza, levantando-se da cadeira e colocando as mãos nos ombros da filha.

“Se alguma coisa acontecesse com um de vocês, isso me quebraria. Honestamente, não tenho ideia do que aconteceria com o meu casamento e o do seu pai depois disso, mas Nancy, eu nunca, nunca olharia para nenhum dos meus filhos e desejaria que fossem eles. Eu ficaria muito grato por não ter perdido todos vocês.” Karen responde emocionalmente, com os olhos marejados.

"Oh mãe." Nancy sussurra, puxando Karen para um abraço apertado.

"Deus, eu queria dar um soco tão forte na cara daquela vadia." Karen respira depois de um momento.

"Oh meu Deus, mãe!" Nancy ri, afastando-se da mãe em estado de choque.

“E talvez um no peito, para garantir.” Karen fornece, rindo junto com a filha.

“Uau! Eu adoraria ver isso.” Nancy ri, recostando-se no balcão atrás dela.

“Se eu ver aquela mulher novamente, não acho que conseguirei me conter.” Karen diz, ficando um pouco sóbria.

"Eu também." Nancy concorda com um aceno de cabeça.

"Ok, chega de conversa sobre violência, me ajude a fazer um pouco de chocolate, sim?" Karen pergunta, já tirando algumas canecas.

"Claro." Nancy concorda, abrindo a geladeira para pegar a caixa de leite.

Elas manobraram pela cozinha, e Karen assumiu totalmente o controle enquanto Nancy espiava por cima do ombro. O que? Karen ficou feliz por ter ajuda, mas era muito controladora para abrir mão completamente do poder. Talvez depois de ela ter ensinado Nancy corretamente como fazê-los.

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Robin acordou grogue de um sono profundo, incrivelmente desorientada. Ela se sentiu exausta e, olhando para o despertador ainda embaçado, percebeu que só dormiu por cerca de uma hora. A garota está honestamente tão cansada que pensa em voltar a dormir antes que seu cérebro finalmente a lembre do que aconteceu com ela naquele dia.

Ela se lembra do medo, mas principalmente da raiva que sentiu ao ver sua mãe agarrar Max com força. Ela nem tinha pensado em protegê-la e faria isso de novo. Ela sabe que se tivesse feito isso com sua mãe antes, ela poderia ter se salvado de tanta dor. Literalmente.

Mas ela sabe, no fundo, por que nunca fez isso, por que nunca se defendeu. Não apenas contra sua mãe, mas contra qualquer pessoa. É porque ela merece, ela mereceu tudo. Ela era inútil, ela não era nada. Isso não significa que ela goste de ser magoada ou que goste de ser intimidada durante toda a vida.

Hoje não foi a primeira vez que ela pensou que estaria melhor morta.

Ela sempre soube que seus pais a odiavam, que nem conseguiam olhar para ela. Ela sabia que eles desejavam que fosse ela. Mas ouvir sua própria mãe dizer essas palavras na cara dela a quebrou. Uma coisa é pensar, adivinhar, e outra é ter uma confirmação tão dura.

Robin Buckley's Mom (Ronance)Onde histórias criam vida. Descubra agora