Seu mar

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Me dê motivos para voltar à superfície, 
É melhor eu afundar. 
Eu amava as ondas dele, 
Mas ele me afogou em seu mar, 

Me prendeu de um jeito possessivo, 
De modo que eu não conseguia remar. 
Meu barquinho se quebrou, e eu fiquei presa lá, 
Ele limpa minhas lágrimas, 

As lágrimas que ele mesmo causou, 
E eu me sinto em um ciclo sem fim, 
Um loop de sofrimento. 
Às vezes, queria sair desse tormento, 

Nadar em um mar apenas de esquecimento. 
Eu o amo, 
Não posso deixá-lo, 
Então eu só assisto ele me puxar para baixo, 

No lindo mar que é seus olhos, 
No maremoto de suas palavras, 
E nos tsunamis dos seus pensamentos. 
Era para eu tentar escapar, 

Tentar nadar até a terra firme e nunca mais voltar, 
Mas eu escolhi ficar, 
Porque na minha mente, acho que um dia posso tirar nós dois desse lugar. 

— Ilusão

O Poeta Da Meia-NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora