Escuta-me, coração sangrento,
Que não alivia ao frio olhar tenaz da morte.
Veja-me quebrar em mil pedaços,
Pedindo perdão por todos os meus pecados.
Sinta-me em sua pele,
Como sol da meia-noite que acaricia
As frias carnes de um cadáver.
Seja apenas meu, oh coração faminto e inacessível.
Beije-me até que não reste mais dor
Em meus olhos e tremor em meus braços.
Toque-me com seus dedos longos e sagazes,
Tire-me deste tormento que é te venerar e ser desprezado.
Faça-me sentir o que é verdadeiramente ser amado.
