A multidão de pessoas em volta do que havia acabado de acontecer, não tinha nenhum rosto familiar ali a não ser o de Ethan.
Parecia que cadê vez mais a pessoas estavam mais perto.Uma mão quente agarrou o meu pulso e saiu me puxando dali tão apressadamente que eu não sabia para onde estávamos indo exatamente; meus olhos caíram direto na mão que me puxava, e aquela tatuagem de raio já entregava quem era.
Ethan...
Fora da multidão ele largou meu pulso e começou a andar em passos largos na minha frente.
–A festa acabou, hora de ir para casa.–Ele avisou e logo em seguida passou a mão no nariz.
Comecei o seguir sem questionar.
Por alguma razão me sinto culpada por toda a confusão, do soco no nariz até a briga com a Madison.
Ela pode ser o que for, mas não merecia ser tratada daquele jeito na frente de todo mundo, não sei como eu ficaria se a pessoas me olhassem como um cachorro de rua e ficassem cochichando.–Você fica estranha andando e pesando ao mesmo tempo.–Ele estava parado no meio do rua de frente pra mim.
Parei bem em sua frente.
Ele havia tirado a jaqueta e a camisa, e estava usando camisa para limpar o sangue que estava saindo do seu nariz.
Senti aquele nó sendo engolido na minha garganta.
Como podia ser tão difícil desviar o olhar do corpo dele, os gominhos da sua barriga, suas tatuagem e aquela entradinha com veias marcadas que levam até um lugar que muitas já sentaram.Por Deus...Passaria a noite olhando para ele e tentando imaginar como seria por baixo da calça.
–Vitória...?–Seus dedos tocaram meu queixo, finalmente tirando minha atenção de onde eu certamente não deveria está olhando.
Poderia jurar que babei um pouco.
–O que foi?
–Por qual motivo você me olha daquele jeito?
Oh merda...
–Que jeito?–Ele franzio as sobrancelhas.–Não faço ideia do que está falando.
–Está bem.–Ele girou sobre seus calcanhares e saiu andando novamente, só que dessa vez bem mais devagar.
Havia uma tatuagem nova em seu corpo; uma cobra.
Sua cabeça estava no peito dele enquanto a outra parte vinha para suas costas e acabar em algum lugar escondido por sua calça.–Você está estranho.–Comentei quando comecei andar ao seu lado.–Sabe, pelo jeito que você ficou hoje, nunca vi você tratar alguém daquele jeito.
–Talvez eu tenha passado do limite hoje, acho que segurei a barra por muito tempo.–Ele apertou novamente a camisa em seu nariz.–Talvez eu peça desculpas a Madison depois.