Capítulo 10 - wilderness.

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P.o.v: Atlas.
Estava arrumando minhas coisas, peguei uma mochila e coloquei minhas coisas para os meus cuidados com a pele e uma muda de roupas limpa.
Já era final de tarde quando chegamos lá, o sol das quatro brilhava perto das montanhas.

–Que demora! – Megan disse assim que nós viu

–O Atlas quis tomar banho antes da trilha. – Jensen respondeu

–Tá calor. – me defendi

–Deixa o meu amigo. – Marc me a abraçou pelos ombros

–Vamos? – Henry nos chamou. –É bom chegar na cachoeira antes do sol se pôr.

Noa pegou sua mochila com a barraca e me puxou pela mão.

–Tá pronto pra dormir comigo? – ele implicou um sorriso infame

–Você vai dormir fora da barraca. – respondi com o mesmo sorriso. –E porque você tá segurando a minha mão?

–Eu sou um namorado fofo. – Noa me puxou pra perto dele e me deu um beijo na testa.

–Se você fizer isso mais uma vez eu mato você. – empurrei ele

–Você é forte. – ele reclamou

Fomos andando, Marc e Jensen pareciam duas sanguessugas não parava de se beijar. A Megan não parava de encarar o Noa, que não pareceu perceber, ele estava me contando sobre quando acampava com o pai dele.

–Quer saber? Até que você não é tão insuportável assim. – falei

–Obrigado. – ele disse. –Você ainda é insuportável.

Ele implicou comigo eu revirei os olhos e fui andando até meu irmão e a minha amiga.

–Então, será que eu posso ter a minha melhor amiga por um tempo? Meu namorado de mentira é um porre. – falei no meio dos dois

–Tá bem, mas só porque vou ter ela a noite toda. – Jensen disse e foi até o Noa

–O Jensen me contou sobre o que conversaram. – minha amiga disse enquanto caminhávamos

–Pois é. – falei olhando em volta. –Me promete que se as coisas não derem certo com o meu irmão, ainda vamos ser melhores amigos?

–Nós vamos, você não vai se livrar de mim. Eu te amo e você é o meu melhor amigo. – ela me abraçou

–É que sei lá... o Jensen, com ele é tudo oito ou oitenta. – falei

–O Jensen é um irmão super protetor, ele se sente culpado por ter deixado que acontecesse o que aconteceu. – a loira me contou.

–É que pareceu tudo bem perder minha amiga mas ele não. – respondi

–Eu só me expressei mal. – meu irmão disse atrás de mim. –Só quis dizer que eu não vou perdoar o Noa caso ele te magoe e vou tá do seu lado, mesmo que ele seja o meu melhor amigo.

–Eu te amo irmãozão. – abracei ele

–Que fofo! – Megan disse mais à frente

–Ponde de cordas, vamos passar um por vez. – Henry disse apontando a estrutura logo a nossa frente

–Ei, Jensen. – chamei o meu irmão. –Não tem como o Noa me magoar, não tem sentimento nenhum envolvido.

–Tá bom! – ele sorriu. –Vamos atravessar.

O resto da caminhada foi tranquila, chegamos na clareira e eu fui ajudar o Jensen e o Henry a montar as barracas enquanto Noa e Marc foram atrás de lenha pra fogueira, a Megan ficou com a parte de posicionar os refletores a bateria na beira da cachoeira.

–Que haja luz! — a garota ligou os refletores que iluminaram muito mal a cachoeira. –Não ocorreu como eu pensei.

Ela se levantou e veio nos ajudar. Terminamos de montar as barracas e a Marc ascendeu à fogueira.

–Então, vamos nadar? – Jensen tirou a camisa e puxou Marc com ele

Os dois pularam juntos, Megan, Henry e Noa foram logo em seguida. Eu coloquei uma toalha em cima de uma pedra, me sentei e fiquei olhando eles.

–Não vai entrar? – Megan me perguntou

–Eu ainda estou indeciso. – respondi com um sorriso

–Qual é, vem Atlas! – Henry me chamou

–Vou colocar só os pés na água. – cedi

P.o.v: Noa.
Fiquei olhando o Atlas ali sentado com uma criança que não sabe nadar olhando as outras se divertirem.

–Vem cá, eu te seguro. – falei com um sorriso, eu sabia que ele entrava na minha pilha rápido e eu gosto de ver ele irritado comigo.

–Melhor não. – o ruivo insistiu em ficar só com os pés na água

–Não confia no seu namorado? – perguntei a ele

–A água tá ótima, irmãozinho. – Jensen disse

Eu corri e ele disparou na minha frente, peguei ele no colo e voltei correndo, pulando com ele em meus braços. Atlas se agarrou em mim com tanta força e eu pude sentir seu coração acelerado.

–O que foi? – perguntei a ele

–Eu tenho medo de cachoeiras. – ele respondeu

–Você nunca tomou um banho de cachoeira. – respondi segurando a cintura dele fazendo ele boiar comigo.

–É por isso mesmo, piscinas são mais seguras eu consigo ver o fundo. – Atlas retrucou

–Fica calmo, eu tô com você. – tentei parecer confiante, ele me jogou um olhar confiante e se soltou de mim

Ele sorriu ao ver que estava boiando sozinho e naquele momento eu senti aquele frio na barriga e uma sensação de conforto perto dele.

–Ah não, eu tô apaixonado. – murmurei olhando aquele empolgação que me deixava bobo

Sai da água rapidamente e peguei minha toalha, corri pra longe.

–Pelo Atlas não ... eu não posso. – coloquei a toalha no meu rosto e comecei a gritar

–Ei, gato. O que aconteceu? – Megan me perguntou

–Nada, não foi nada. – respondi

–Tem certeza? Quer dizer, eu conheço você. – a garota cruzou os braços

–Eu tô apaixonado. – respondi

–Esse chilique todo por que tá gostando daquele frango cozido na água de salsicha? – Megan me jogou um sorriso debochado. –Eu sei que tá come ele porque focou com ciúmes de mim com o Henry.

Ela se aproximou.

–Para, você tá com o Henry e ele é um cara legal. – a repreendi

–É aberto. – ela me puxou pra um beijo, o que eu podia estar querendo antes, mas agora era a última coisa que eu queria

–Megan? – nós dois nós separamos ...

Meu Namorado De Mentira | Romance GayOnde histórias criam vida. Descubra agora