Capítulo 11 - Noa.

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Eu estava atônito ali, olhando a Marc jogar seu olhar de desaprovação.

–Eu sei que é um namoro falso. – Megan cruzou os braços

–Você não sabe o que diz. – retruquei

–Eu vim ver se você estava bem, mas pelo visto está. – Marc pôs suas mãos na cintura. –E o Henry?

–Eu não te devo satisfação de nada. – a ruiva passou com um esbarrão na Marc

–Ela me beijou, e disse que o relacionamento era aberto. – contei

–Ela que te beijou? – a loira me olhava incrédula. –Noa o Henry é namorado de verdade dela.

–Eu sei, eu não quis. Acredita em mim. – supliquei

–Eu vou acreditar, porque eu te conheço. Mas temos que contar pro Henry, ele não merece ela. – a garota disse

Voltamos para perto das barracas, nos sentamos em volta da fogueira e de repente eu estava me sentindo tão desconfortável naquela situação.

–Que tal uma história de acampamento? – Henry propôs

–Ei sei uma maneira. – Jensen disse

–Não eu sou cismada com as coisas. – Marc contestou

–Então um joguinho de cartas antes de dormir. – propus aos meus amigos

Todos nos ajeitamos eu e Jensen pegando um tronco pra fazer de mesa, pedi ao Atlas pra se sentar perto de mim com a desculpa de dividir o cobertor, mas eu só queria ele perto.

–Se senta no meio das minhas pernas. – pedi

–Porque? – ele me questionou

–Pra você ficar mais perto pra jogar. – respondi e ele se sentou e ficou encostado no meu peito. –Temos que ser mais românticos, a Megan tá desconfiando que é mentira.

–Mas que grude. – Henry implicou com a gente

Ficamos a maior parte da noite jogando cartas a Marc não parava alfinetar a Megan.
Fomos para nossas barracas, me deitei de frente para o Atlas e ele ficou me encarando.

–A Megan me beijou. – contei pra ele, ele pareceu surpreso

–E isso é bom ou ruim? E o Henry? – ele me questionou

–É ruim. Eu não queria que isso acontece, eu até quis no dia do jantar, mas eu vi que o Henry é um cara legal e... Enfim. – confessei

–Mas porque ela te beijou? – Atlas me perguntou

–Ela pensou que eu só tava te usando pra fazer ciúmes nela. – em sentei

–E você tava? – o garoto parecia receoso com a resposta

–Não, óbvio que não Atlas. Eu só queria que a gente parecesse um casal, não queria que ela pensasse que eu não superei. – respondi

–Parece que ela não te superou, e eu sou corno de um namoro de mentira. – o ruivo sorriu olhando pra baixo e depois pra mim

–Você tá tranquilo com isso? – perguntei ao garoto

–Tá de boa, Noa. – Atlas segurou meu rosto com uma das mãos. –Só não é justo com o Henry.

–A Marc viu e ela disse que tínhamos que contar pra ele. – segurei sua mão. –Porquê está sendo fofo comigo? Não tem ninguém olhando.

–Pra não perder o costume. – ele sorriu. –Vamos dormir?

O garoto se virou bruscamente, eu apaguei a lanterna e me virei pro outro lado.

Depois de algum tempo senti o Atlas me puxando, ele me encrava com seus olhos verdes e parecia que ele podia ver a minha alma naquele momento. O garoto segurou meus punhos e se sentou no meu colo e começou a me beijar se esfregando em mim, Atlas foi beijando meu abdômen até chegar o meu umbigo, dali ele foi beijando as entradas do meu abdômen e abaixando meu samba-canção...

Me levantei bruscamente me dando conta que era apenas um sonho, peguei meu celular e vi que eram seis da manhã. Coloquei uma regata e sai da barraca, me sentei perto da cachoeira e fiquei olhando a água cair enquanto escutava uma música nos fones.

–Não consegue dormir? – a voz da Megan ecoou baixa atrás de mim, eu tirei um dos fones e me virei

–Eu acabei de acordar, tive um sonho meio louco. – respondi

–Olha só, me desculpa por ontem a noite. – a garota se aproximou. –Eu fiquei enciumada, você e o Atlas até que são um casal bonito.

–Obrigado. – falei. –Só não repete isso, foi desagradável e o Henry não merece.

–Foi a única vez, talvez um colapso meu. Eu gosto mesmo do Henry, mas passar esses dias com você... Eu prometo que não vou fazer outra vez. – Megan se explicou

–Não vai mesmo. – assegurei ela. –Eu contei pro Atlas que você me beijou.

–Você é sempre tão íntegro e transparente. – ela sorriu sem graça

–Não vou te intimar a contar para o Henry, mas você deveria. – me levantei e voltei pra barraca

Dei de cara com o Atlas saindo com sua necessaire, o garoto fez questão de pegar uma garrafa de água pra fazer seus cuidados com a pele da manhã.

–Eu não acredito nisso. – falei

–Acredite se quiser, é assim que eu asseguro que vou envelhecer com a pele bonita. – o ruivo respondeu

–Quando acabar vem me ajudar com a barraca. – pedi

–Okay! – Atlas fez um joia

A caminhada de volta foi mais rápida que a de ida, chegamos em casa e tudo que eu queria era entrar na banheira de hidromassagem e esquecer de tudo.

–Vamos de hidro? – chamei meus amigos

–Eu vou fazer alguns sanduíches pra gente. – Marc disse

–Quer ajuda ? Eu tô morrendo de fome. – Atlas foi até a cozinha com a amiga

–Noa, pode ser que seja impressão minha. – Jensen parou de braços cruzados a minha frente –Esse clima entre você e o Atlas?

–Que clima? – o questionei

–Que clima, Noa? Vocês dois ontem agarradinhos jogando cartas. – meu amigo retrucou

–Fica de boa, mano. – falei. –Se acontecer algo a mais eu juro que eu te conto, mas não estava acontecendo nada.

–Me desculpa eu sei que eu tô enchendo o saco com isso. – Jensen disse

–Um pouco. – sorri e ele me deu um soquinho no ombro

Jensen foi para o quarto dele e eu voltei pra sala.

–Ei, Noa! – Atlas veio até mim. –O Jensen me contou sobre o Trevor.

–Eu não te contei porque eu quero te proteger desse tipo de coisa. – respondi

–É tão novo pra você quanto pra mim, a gente se ajuda. – Atlas me olhava com um sorriso otimista

–Eu meio que fui obrigado a contar para os meus pais sobre mim. – eu fitava o chão enquanto dizia

Atlas não falou nada, só me abraçou e eu me senti tão confortável, como quando éramos menores.

–Obrigado. – suspirei ...

Meu Namorado De Mentira | Romance GayOnde histórias criam vida. Descubra agora