Capítulo 30

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Sky e Azriel seguiram Lucien até uma loja de roupa e entraram.

-O que fazemos nós em uma loja de roupa?— A Archeron perguntou vendo Lucien pegar em uma caixa.

-Eu fiz uma encomenda! Hoje era o dia de vir buscar ela.—Lucien disse empurrando a caixa para Azriel que o olhou com alguma irritação. Fazia horas que estavam caminhando por Velarys escolhendo detalhe por detalhe para colocar a corte de furtividade novamente habitável. Sky escolheu tecidos, cobertas, cortinas, tapetes, tudo o que uma casa exigia. Já estava cansada de andar tanto. Lucien parecia alegre com todo esse tempo ocupado.— Irão levar tudo para a sua corte hoje ao final da tarde. O povo furtivo já está construindo suas casas bem do lado. Eles estão tão empenhados que já estão terminado elas.— Lucien disse entrando em uma loja de perfumes.— Empacote os duzentos frascos que eu pedi e entregue para Felk.— Lucien disse para a atendente que se apressou. Parecia ter feito o dia quando Lucien colocou sobre o balcão um saco com bastantes moedas.

-Quem é Felk, Lucien?— Sky perguntou inspecionando um perfume de tom roxo em uma prateleira.

-Felk é como se fosse um guarda real. Não é assim que vocês os nomeiam?—Lucien disse escrevendo em um pergaminho com algumas anotações.

-Sim!— Sky pegou o frasco se virando para Azriel que a observava.— Esse me parece bom. —A Archeron borrifou um pouco em seu pescoço e se aproximou de Azriel que abriu um sorriso e se debruçando para colocar o nariz em seu pescoço.— O que acha?

-É perfeito!— Azriel disse desviando os olhos para observar os de Sky que brilhavam.

-É tudo isso então. E meta... dez frascos desses roxos. Parece que a grã-senhora da corte da furtividade adorou ele.—Lucien disse ajeitando sua roupa.— Que horas são? Pela mãe... eu tenho de regressar a terreno furtivo...

Sky se endireitou para olhar para Lucien.

-Agora?—Disse respirando fundo

-Preciso ver se a cozinheira é boa. E outros funcionários também...— Lucien saiu disparado mas antes de sair voltou para trás para tirar a caixa da mão de Azriel que havia trazido da loja de roupas. Virou suas costas e saiu.

-O que tinha naquela caixa?

Azriel deu de ombros se voltando para uma estante.

-Você sabe o que tinha dentro?

-Não posso dizer nada! O que acha de um passeio sobrevoando as montanhas?

-Azriel...

-Eu juro pela mãe que não o farei novamente.

-O que quer me mostrar?

-Você verá se aceitar meu convite!

Sky mordeu os lábios vendo a garganta de Azriel oscilar.

-Tudo bem! Mas se você fizer alguma coisa eu mato você.

Azriel sorriu conduzindo Sky para fora. Suas longas asas se abriram e Sky as vislumbrou. Longas, extensas, a Archeron se aproximou para as observar bem mais perto onde vasos sanguíneos pareciam se interligar por elas, finos e quase imperceptíveis de olharem de longe.
Azriel se arrepiou ao sentir o toque dos dedos de Sky em suas asas, leve e com cuidado lhe causando arrepios que lhe percorreram todo. E mestre espião largou um longo suspiro tombando a cabeça para baixo.

-Por favor...—Azriel disse respirando fundo.— São sensíveis demais. Eu sinto...

-Me perdoe, eu só queria sentir elas.

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