Cinzas

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Nós somos feitos de cinzas,
da matéria que se transforma,
em cada partícula, a história se entrelaça,
e a vida, em sua essência, se reforma.

E então nosso corpo arde e queima,
como chamas que dançam no vento,
numa dança efêmera, intensa e suprema,
deixando apenas memórias no tempo.

E por dentro o sangue se transforma,
criando vestígios de dor e aflição,
numa essência densa e amarga,
que consome meu peito em solidão.

Mas mesmo na dor contínua que persiste,
na mesa eu deito para abafar,
encontrando um breve alívio, quem sabe,
na esperança de um novo despertar.

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