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「𝐓𝐎𝐌 𝐊𝐀𝐔𝐋𝐈𝐓𝐙 」

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「𝐓𝐎𝐌 𝐊𝐀𝐔𝐋𝐈𝐓𝐙 」

── Madelyn Laurent, Los Angeles Califórnia. ─ A mais velha me entrega um envelope amarelo com uma feição nada amigável no rosto e eu saio da fila.

De novo?

Enviar uma vez por engano tudo bem, agora enviar duas cartas para um prisioneiro que nunca viu na vida já é estranho demais. Principalmente quando esse prisioneiro sou eu.

Ninguém em să consciência faria uma coisa dessa.

Será que ela é especial? Coitada.

Ao chegar na minha cela vejo meu novo "colega", a cela já é minúscula e ainda nos colocam pra dividir. Vê se pode uma coisa dessa!

Antigamente eu dividia a cela com Herbert, apelidaram ele de piolho enquanto ele estava aqui...

O cara era careca!

Ele deu um jeito e conseguiu sair desse buraco aqui. Como? Não faço ideia. Ele carrega crime pra caralho nas costas e saiu em pouco tempo.

Vagabundo.

Vaza meu filho!

Digo ao moleque que estava sentado naquela merda que chamam de cama.

Nunca entendi, o cara tem mó cara de playboy e está aqui.

Coitado, a um tempo atrás ele levou uma surra que eu acho que ele nunca vai esquecer na vida dele, quebraram uma coluna e a mandíbula do moleque só porque acharam que ele havia roubado droga de outro detento.

Eu particularmente duvido muito, ele parece muito bobo pra isso.

Porém essa foi a única vez que ele apanhou aqui -Que eu saiba- na maioria das vezes que eu o vejo ele está sozinho em algum canto. Eu diria que ele é esperto.

Não lembro o nome dele, mas sei que o sobrenome dele é o mesmo que o meu. Cole.

Espera, Cole?

── Ou, moleque? ─ Desviei a atenção do garoto.

── Fala cara! ─ Ele parou na minha frente.

O rapaz tem uma aparência jovem, não deve ter nem 20 anos. Mas aí eu me pergunto como ele veio parar aqui tão novo e com essa cara de tonto.

── Qual que é seu nome? ─ Perguntei

── Jaden ─ Ele fez uma pausa. ── Jaden Cole Hossler.

Caralho.

É o irmão da Madelyn.

── Ah! ─ Estendi a mão em forma de comprimento e ele a apertou ── Tom, satisfação!

── Igualmente mano! Agora vou sair pra te deixar mais a vontade aí. ─ Jaden disse com um sorriso amigável no rosto e foi em direção a saída da cela, porém eu o interrompi.

── Precisa não cara! Pode ficar aí mesmo. ─ Eu disse e o mesmo me encarou confuso.

── Mas você pediu pra eu sair. ─ Argumentou.

── Relaxa ai, pode ficar! ─ Eu disse e deitei na minha "cama", Jaden também voltou para a cama dele pegando uma foto no bolso e ficou observando-a.

Peguei a carta da garota que escreve para criminosos e comecei a ler.

Sorri com os elogios estranhos e inesperados dos primeiros parágrafos, bom, sempre é bom inflar o meu ego.

É óbvio que ela não estava sã quando escreveu isso, mas aquela carta não deixou de arrancar um breve sorriso meu.

Independente se ela estava bêbada ou drogada ou não, eu não converso com praticamente ninguém nos últimos anos.

Havia tempos que alguém me perguntou se eu estava bem mesmo se fosse "inconsciente".

Li a carta por mais uma vez e peguei uma caneta que sempre fica no meu bolso para casos de urgência, a última vez que eu briguei aqui enfiei ela no pescoço do filho da puta, nunca mais ouvi falar dele.

Teria sido perfeito se eu não estivesse ficado na solitária por semanas.

Peguei uma folha de papel e comecei a escrever;

Tom for Madelyn

Olá Madelyn, como vai? Espero que esteja tudo bem!

Não posso negar que fiquei bastante surpreso com sua carta. Afinal não esperava que você responderia, e sendo sincero, você foi a única pessoa que me escreveu em três anos (apesar de que a primeira vez foi por engano) então, podemos dizer que eu fiquei contente ao receber sua carta pela segunda vez. Embora eu tenha quase certeza que você não estava totalmente consciente quando escreveu. Sim, isso pode soar bem carente.

Tenho praticamente certeza que você não irá responder a essa carta, e entendo completamente o seu lado, até porque enviar cartas a um preso que você nunca nem viu na vida não é uma coisa tão comum.

Portanto, lhe dou a total liberdade de fingir que nada disso aconteceu e seguir sua vida sem lembrar de Tom Kaulitz, embora eu nunca irei esquecer de você.

Mas, caso você não faça o que eu disse no parágrafo acima, eu não poderia deixar de te fazer uma pergunta..

(Caso você seja religiosa ou algo relacionado, não me leve a mal.)

Mas, você faz visita íntima? Só uma curiosidade mesmo.

Um beijo do homem que nunca irá esquecer de você, espero que você fique bem, e que um dia podemos nos encontrar aí fora.

Paz.

Tom Kaulitz.

Termino de escrever e percebo que eu estava com um breve sorrisinho de canto e Jaden me encarava.

── O que foi? ─ Franzi o cenho.

── Nada, sua namorada? ─ Ele perguntou e apontou para o papel dobrado na minha mão.

Não. Sua irmã, aquela gostosa.

── Não! Bem longe disso na verdade. ─ Respondi.

── Ah entendi, bom, pelo menos se importa com você. ─ Ele fez uma pausa ── A única pessoa que me escrevia não manda nada a semanas. ─ Ele disse mais baixo, deu a impressão que ele havia falado sem perceber.

Me senti um pouco culpado, mas ninguém mandou a irmã ser burra e não colocar as informações completas.

── Que isso irmão! As vezes a pessoa só está ocupada. ─ Respondi.

── É, deve ser.

𝐋etters 𝐓o 𝐀 𝐏risoner.  ━━ 𝐓om 𝐊𝐚𝐮𝐥𝐢𝐭𝐳Onde histórias criam vida. Descubra agora