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Amaury não sabe o que acontece, mas se sente ainda mais atraído por Diego naquele momento, como nunca na vida se sentiu atraído antes nem por ele nem por ninguém,.
Ele o desejava com tanto ardor que já não queria esperar nem mais um minuto para amá-lo.

Ali mesmo de pé, no meio da sala, o beijava com tom de convite, convite ao que ele queria e deseja há quase um ano, convite ao amor.

Diego sem jeito e sem muita escapatória, pediu para ir ao banheiro primeiro, e disse que estava com fome.
Assim Amaury o solta e ele vai para o banheiro, seguindo o caminho indicado por Amaury.

Ao chegar no banheiro, ele se olha no espelho, e ali se encarando, se questiona apreensivo, será que ele estava ali apenas como uma presa com a qual seu amado iria se divertir um pouco e depois o afastaria?
Ou será que aquilo tudo, aquele fogo, aqueles beijos e abraços desesperados eram realmente amor?

Ele não sabia, ele apenas estava com medo, pois era um relacionamento novo para ele, e ele não queria ficar sofrendo como ficou com o ultimo relacionamento que teve.

E em frente ao espelho lavou o rosto e se acalmando, repetia, o quando seu amado Amaury era lindo, e como beijava bem, e como se sentia bem com ele.

Era meio surreal acreditar, ele estava na casa de Amaury, no banheiro dele, e com o Amaury ali, do outro lado da porta sedento por estar com ele.
Ele não sabia se se entregava a esse amor agora, ou se esperava mais um pouco, para que tudo ficasse mais esclarecido.
Mas ele queria tanto, ele desejava tanto, ele sonhou tanto com esse momento. Naquele momento ele estava com medo, mas o queria tanto que estava quase em sofrimento de tanto desejo.

Em fim decidido a viver um passo de cada vez, e ser mais cauteloso, decidiu que convidaria Amaury para um conversa séria sobre os dois. E dependendo de suas respostas, o fim de noite poderia ser muito bom, ou muito ruim.

Ele amava Amaury, sentia um amor puro, logo ele, que não se apegava demais a ninguém a tempos, estava ali, preocupado, apreensivo, cheio de amor, mas com medo de sofrer.

Em contra partida Amaury se culpava na sala, como ele estava sem controle, porque Diego tinha tanto controle sobre ele dessa forma, sem nem fazer esforço o tinha completamente.
De corpo, alma e coração.
Ele respirou fundo, se acalmou em frente ao espelho, e decidiu, que não atacaria mais tão descontroladamente seu amado. Daria tempo para que o mesmo pudesse se sentir confortável com a situação. Ele não queria pensar nisso, mas achava verdadeiramente que Diego não o amava tanto quando ele amava a Diego, tinha medo de ser só um fica, uma diversão, e em seguida, o que ele faria, se sem seu amor já não sabia mais viver?!
Mas não queria pensar nisso, queria apenas aproveitar o momento e aquela noite em companhia de seu pequeno Diego.

Diego então abriu a porta, e com calma e carinho sentou-se ao lado de seu amado, ficando de frente para o outro no mesmo sofá:

D- Precisamos conversar sobre nós não é?

A- Sim. Precisamos muito conversar sobre nós.

Percebendo o semblante descontente e preocupado de Diego, Amaury acaricia sua perna, e fala:

A- Diego, qual o problema? Você não gostaria de estar aqui agora? Se não estiver bem, ou não estiver se sentindo confortável podemos sair, ir para algum outro lugar, ou se quiser posso te deixar em casas, eu fiz alguma cosa errada?

D- Não Amaury, não é isso, é que...

A- (interrompendo a fala de Diego, diz com profundo desgosto na voz) Eu fiz alguma coisa erra né, eu sabia que eu ia afastar você, eu sabia. Você deve ter repensado sobre o que falamos no almoço né? (sentou-se de frente e apoiou as mão no rosto, arrumando a barba, olhou para Diego e suspirou)

A- Desculpa.

D- Não Amaury, o que é isso, você não fez nada de errado, por que você ta falando isso? Não é isso, é que...
É que eu estou apreensivo com isso que esta acontecendo.

A- O que está acontecendo, é que eu me declarei pra você, e acho que você não sente por mim o mesmo que eu sinto por você. Desculpa Diego. Eu sou assim mesmo, muito emocionado, e acabo metendo os pés pelas mãos...

D- (vendo o amado se culpando por uma atitude que ele mesmo tinha tido, de se resguardar e ficar apreensivo com relação a Amaury, ele segura o rosto de seu amado e diz) Não é nada disso Amaury Lorenzo. Eu só estou com medo de você não me amar tanto quanto eu estou amando você. ( Amaury o olha no fundo dos olhos) Eu não quero sofrer por que o que sinto por você é tão bom e tão bonito, e eu tive medo de que você só quisesse se aventurar essa noite, ou no máximo essa semana e depois me deixar de lado, eu sofreria demais, por isso essa minha insistência de que temos que conversar. Preciso saber que você não quer só um sexo casual com a Gay bonitinha do momento e Adeus. Quero saber o que realmente Amaury Lorenzo sente por Diego Martins.
Te dei tantos sinais, mas você nunca levou a sério era tudo de brincadeira pra você. E agora, isso tudo, eu estou até com medo de morrer amanhã, por que esta tudo bom demais (sorri)

A- ( com os olhos cheios de lagrimas ) Não Diego. Não. Eu não quero só uma aventura com você, porém eu também tive medo de ser apenas isso que você esta buscando, por que eu não acredito que alguém tão lindo como você, tão cheio de opções boas, com tantos amigos, queira um cara desconhecido, e simples como eu. ( continua já com as lagrimas caindo por seu rosto)Eu não tenho muito a ver com a vida que você tem. É como um caminho completamente contrario, seu trabalho é uma loucura e eu adoro, mas eu eu prefiro minha casinha, meu cantinho, paz, silencio. Desculpa te assustar, com meu jeito de quem não se importa, mas é difícil acreditar que um cara tão lindo como você poderia olhar pra mim, ou se quer dizer que me ama. Eu te quero daqui até o infinito Diego. Não pense nem por um segundo algo diferente.

Diego ficou estático, seus olhos marejaram, ele não saberia explicar em palavras a emoção que sentia naquele momento, o mesmo medo que ele tinha com relação a Amaury, Amaury também tinha com ele.
Mas de uma coisa ele ficou ciente, Amaury o amava tanto quanto ele amava a Amaury, e disso nem um dos dois poderia fugir.
Então com carinho, acariciou a barba de Amaury, e lhe deu um beijo no rosto, encostando em seguida seu rosto no dele

D- Pois é. A gente se ama né?

A- Sim. (respondeu ainda fungando pelo choro anterior)

Amaury e Diego se olharam naquele momento, e sutilmente se beijaram, mas dessa vez com delicadeza, com pureza e sobre tudo, com amor.

CONTINUA

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(Desculpem o episódio curto, estive sem muito tempo hoje.)
- Mais tarde, hoje ainda, sai o final da história.-

Olha pra mimOnde histórias criam vida. Descubra agora