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No outro dia nós duas estávamos em um avião direto para o Alasca

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No outro dia nós duas estávamos em um avião direto para o Alasca. Enid ficou encarregada de comprar as passagens e mesmo ciente que odeio janelas aquela criatura me colocou no assento ao lado aquele micro vidro. E pra piorar; na classe econômica.

— Sabe que odeio sentar na janela, não podemos trocar?  -encarei ela que se ajeitava em seu banco. Havia um assento vago no meio de nós duas, afinal nem nos suportamos direito.

— Infelizmente não,  querida. Cada uma no seu assento. -deu de ombros pondo seu cinto. — Devia aproveitar coisas novas, sabia? Como sentar à janela, se casar com a assistente,  tentar enganar a--

— Cala essa sua boca de bucet... -lhe acertei um tapa no braço interompendo sua fala — Irritante. -bufei e me sentei no meu lugar virei meu rosto para a janela e revirei os olhos. Eu ainda poderia desistir disso? Acho que não.  O que eu não faço pelo meu próprio emprego...

Ficamos em silêncio aproveitei e puxei meu notebook da bolsa e comecei a analisar alguns gráficos das avaliações que tivemos durante esse mês.  Nossos últimos livro tinham sido um sucesso.

— Com licença.  -ignorei a voz e um ser humano se sentou entre eu e Enid. Olhei para o lado e era uma mulher.

Ela era um pouco gordinha, tinha tatuagens nos dois braços usava uma roupa estranha, regata vermelha,  uma calça jeans preta desbotada nos pés uma bota masculina. Tirando seus cabelos pretos ajeitados com gel penteados para um lado só deixando destacando seu corte masculino.

— Gostou do que viu? -a mesma piscou pata mim. Ela notou que analisei toda a sua roupa?

Ignorei sua pergunta e voltei a olhar no notebook. Mexi nele por longos minutos até o avião finalmente estar nos céus e voando plenamente. 

— Você trabalha no quê? -e a mesma voltou a puxar assunto. Olhei para ela e desviei para Enid que lia algum livro bobo. — O gato comeu a sua língua? -ela sorriu de lado.

— Enid. -chamei a loira que fingiu ignorar.

— Qual é o seu nome? -e o ser humano com espírito de caminhoneira voltou a falar. — Muito prazer, Robertona, mas pode me chamar de papa donzela. - Ai Credo.

— Eu não vou dizer meu nome a você e não estou interessada de saber o seu. -fiz minha cara de séria a encarando com meus olhos fixos nos seus.

— Me chamou, Wednesday? -Enid abriu sua boca amaldiçoada. Olhei de relance para ela que sorriu de canto. Ela falou meu nome só para a sapatona atrevida saber, inferno de mulher!

— Wednesday então,  né? Nome muito bonito igual a dona. -a mulher simplesmente ignorou minhas falas e sorriu.

— Com licença. -Levantei meu braço chamando a aeromoça, ela veio até a nossa fileira.

— Bom dia, como posso ajudá-la?

— Por acaso há assentos liberados na primeira classe? -a moça assentiu.  — Eu gostaria de... hum... -olhei bem para Enid, ela merecia ir comigo para a primeira classe? Não.  — Quero comprar agora dois assentos vagos. Eu e minha companheira estamos incomodadas aqui.

— Ah sim. Claro. -ela sorriu. — Podem vir comigo. -ela fez sinal e tirei meu sinto já me levantando.

— Eita bebê,  primeira classe? -a estranha do meu lado pareceu comemorar. 

— Eu não falei com você, animal quadrúpede. -falei rude. — Vamos Enid. -a chamei que se levantou segurando o riso. — Por que você ficou rindo, idiota? -perguntei para emid quando já estávamos sentandas nos novos assentos.

— Aquilo foi engraçado. -Riu fraco e revirei meu olhos. — Wednesday, agora eu me lembrei de algo... Nós não somos noivas.

— O que? Como assim? Vai dar para trás agora, Sinclair? -perguntei um pouco arisca me virando para ela.

— Estou dizendo que não me pediu em casamento. -sorriu debochada e estalou a língua no céu da boca. — Acho que merece um pedido.

— Não, não merece não. -falei rindo. De nervoso? Talvez.

— Se você não me pedir em casamento eu desço desse avião, vou pra casa da minha família e você que se vire. -cruzou os braços parecendo emburrada.

— Eu não vou te pedir em casamento nem se quer tenho um anel aqui, tá legal? -cochichei baixo.

— Pois não seja por isso. -a mesma abriu sua bolsa azul bebê e tirou uma caixinha de veludo vermelha de lá. — Agora você tem.

— Eu não vou te pedir em casamento. -Bati o pé tendo certeza da minha decisão. 

— Addams, Addams... -ela negou com a cabeça.

Como eu faria para aquela mulher parar de encher o meu saco? Uh, virando o feitiço contra o feiticeiro.

— Me peça você. -sugeri dando de ombros. Olhei para ela que estava com os olhos arregalados e a boca aberta.

— Por que eu tenho que pedir você em casamento?

— Você já era desse vale mágico, eu nunca fiquei com mulheres. -ela me olhou indignada. — Faça as honras e me peça em casamento.

— Ah... mas, o que iss---

— Shiu.  -coloquei meu dedo indicador em seus lábios. — Você tem cara de ser a ativa,  querida e eu não sei nada dessas coisas. Agora, por uma única vez comande isso e me peça em casamento.  -sorri largo e a mesma bufou.

— Coloca essa porcaria de anel logo, Wednesday. -ela jogou a caixinha em meu colo.

— Não,  não.  Eu quero que você levante a bunda dessa poltrona macia, me pegue pela mão pedindo para levantar.  Então você se ajoelhará nesse corredor largo e me pedirá em casamento alto e claro. -adverti enquanto olhava em seus olhos. — Ah e isso tem que ser romântico!

— Manipuladora mesquinha. -bufou se levantando. 

Enid me pegou pela mão e eu me levantei sorrindo. Ela me guiou até o meio do corredor da primeira classe e se ajoelhou sujando seu terno tom de creme.

— Essa posição é uma droga estando de salto. -resmungou baixo.

— Eu sei, docinho. -fingi um sorriso.

— Wednesday Addams,  minha doce Wewed... -falou alto chamando a atenção de alguns passageiros.  — Com mil coraçõezinhos sombrios você aceita se casar comigo, me fazer a mulher mais feliz do mundo e passar o resto de nossas vidas juntinhas criando gatinhos? -ela dizia aquilo tudo com um enorme sorriso. Uau, ela conseguiu fingir até um brilho nos olhos. — Hein... amor da minha vida, meu neném? -abriu a caixinha de veludo revelando um par de anéis de noivados. Eles eram de ouro com uma pedrinha de diamante bem discreta.

— Own... -coloquei a mão vazia no peito e respirei fundo tirando lágrimas do fundo do baú.

— Aceita! Aceita! -a aeromoça parecia comovida.

— Isso, aceita ela! -uma passageira falou alto.

— É claro que eu aceito, docinho. -assenti com a cabeça e ela colocou o anel do meu dedo anelar.

— Agora me dá um beijo. -Enid cochichou ao se levantar do chão. Fingi que não ouvi e fiz uma careta. — Me dá um beijinho. Vai, anda. -pisquei os olhos tentando assimilar, eu teria que beijar ela? Aqui na frente de todo mundo? — Esquece. -ela agarrou a minha cintura me trazendo para mais perto e como se fosse automático minhas mãos foram para sua nuca. — Sabe beijar? Ou não tem tempo pra isso?  -riu boba encostando seus lábios nos meus.

Sem eu querer aquilo pareceu impossível o beijo calmo como de um casal envergonhado na frente de uma multidão.

— Ebaaaa! Felicidades ao casal! -algumas pessoas gritaram batendo palmas.

~ Bateu uma vontade agr... de eliminar a parte da família partena da minha bb 😍😅 eles nem gostam dela mesmo
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A Proposta Perfeita - Wednesday & EnidOnde histórias criam vida. Descubra agora