Capítulo 11

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Pedro

Segunda-feira, 06:11

Mesmo estando de folga hoje, já estava acostumado a acordar cedo. Ontem cheguei em casa depois de meia noite, tive que atender um chamado nas rocas, um bairro dos subúrbios do Rio.
Me deitei no sofá e meus pensamentos voaram até a Lara, a menina era um mistério, e não se rendeu a mim, eu teria que aborda-la de outra maneira. Só sei que ela teria que me ajudar, de uma maneira ou de outra. Eu estava muito perto de pegar o coringa. Muito perto, e nada entraria no meu caminho.
•••
Chego a casa de bianca e como eu tinha a chave eu abri o portão.
Quando abri vi que tinha gente em casa. Bianca estava na sala com sua amiga.
Pedro- tú nao era pra tá na escola não bianca?
Bianca- só teve aula até agora.
Ela disse da maneira mais simples, sabia que era mentira dela, porque eu fazia igual na sua idade.
Olhei pra lara, ela estava de costas, em nenhum momento ela virou pra ver quem tinha chegado, parecia estar em outro mundo.
Pedro- caralho bianca, tú é foda. Não foge da escola mais não.
Bianca- como se você nunca tivesse feito isso.
Ela me deu a língua e voltou sua atenção à TV.
A lara continuava fingindo que eu nem existia.
Fui até a cozinha comer alguma coisa e vi lara subindo sozinha as escadas.
Fui atrás e vi que ela tinha entrado no banheiro.
A impedi de fechar a porta e entrei jogo banheiro junto dela.
Ela me olhou irritada e cruzou os braços.
Lara- o que você quer agora?
Ela perguntou, seu rosto estava inchado e ela estava pálida, sua expressão estava cansada.
Pedro- Você sabe o que eu quero.
Eu disse me aproximando dela.
Lara- eu já disse que eu não vou te ajudar. E eu quero você longe de mim.
Ela disse e se virou lavando as mãos na pia.
Cheguei por trás dela e sussurrei em seu ouvido.
Pedro- tem certeza?
Senti todos os cabelos do seu corpo se arrepiarem e vi ela fechar os olhos sentindo meu toque.
A virei de frente e a beijei, e ela retribuiu.
A peguei no colo a colocando em cima da pia e apertei mais forte pela cintura.
Ela tirou sua blusa que cobria a maior parte do seu corpo e me deu visão do seu corpo escultural.
Me peguei olhando as marcas, deviam ser as marcas das agressões que ela sofria do desgraçado.
Ela percebeu que eu estava olhando e se cobriu com a camisa e desceu da pia, depois vestiu a roupa novamente.
Pedro- Você vai deixar ele fazer isso mesmo?
Lara- Você acha que eu quero que ele me bata? Você acha que eu gosto de ser humilhada assim? Não eu não gosto. Mas ele nunca vai me deixar em paz.
Ela disse com a voz embargada.
Pedro- desgraçado.
Disse irritado, esse cara ia sofrer nas minhas mãos, eu ia fazer de tudo pra isso acontecer.
Pedro- não vou te forçar a nada. Mas se você precisar de alguma ajuda você pode me ligar.
Eu disse e peguei seu telefone que estava no seu bolso e disquei meu telefone salvando meu contato.
Ela assentiu com uma expressão triste e saiu do banheiro.
Lara era totalmente diferente de todas que eu já tinha visto. Era ingênua, forte e nunca se deixava abalar.
Deixei o banheiro e desci as escadas indo pra casa.

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