Lara
Luan- claro que vai me devolver, do jeito que eu quiser.
Ele disse segundo forte meu braço.
Luan- e para você fazer isso tratei de garantir.
Ele disse e chamou alguém.
Um cara jogou meu irmão no chão, ele estava todo machucado, com os braços amarrados pra trás.
Tentei ajuda-lo mas luan me impediu.
Luan- fica quieta, tu só faz o que eu quiser agora ouviu?
Ele disse e eu fiquei calada.
Luan- ouviu?
Ele disse e apertou meu maxilar.
Assenti e ele me deu um sorriso.
Luan- gostei daqui. Bem tranquilo. Tinham uns moradores mas mandei embora.
Lara- você matou toda aquela gente?
Perguntei horrorizada.
Luan- matar é uma palavra forte, eu apenas as mandei para um lugar melhor.
Lara- você é maluco.
Luan- não me chame de maluco.
Ele disse bravo e puxou meu cabelo me jogando no chão.
Lucas- deixa ela em paz.
Lucas gritou com dificuldade e o luan foi pra cima dele, corri ate eles entrando na frente.
Lara- não luan. Por favor. Não faz nada com ele. Eu te imploro.
Luan sorriu.
Luan- eu gosto de te ver assim. Calma. Você é um colirio para meus olhos .
Ele disse passando a mão no meu rosto, senti vontade de vomitar.
Luan- mas tenho que puni-lo.
Lara- não. Não. Pode me punir no lugar dele, você quer me fazer sofrer não é. Me bata no lugar dele
Ele riu.
Lucas- lara. Você tá louca? Não faça isso
Luan me puxou para longe e me socou.
Cai no chão e tentei me proteger.
Vi Lucas tentando se soltar dos capangas que o seguravam mas era em vão.
Lucas- NÃO NÃO, PAREM
luan - agora será assim meu amor.
Luan me chutou várias vezes na barriga e nas pernas.
Protegi a região da cabeça e fechei meus olhos.
Desmaiei de dor e quando acordei já estava em um quarto.
Meu corpo todo doía, não conseguia nem andar.
A porta abriu e vi o luan vestindo um terno.
Luan- bem vinda a sua nova casa amor.
Ele disse se um jeito louco.
Lara- Onde está meu irmão?
Luan- você deve se comportar, ele está bem mas depende de você o resto.
Assenti.
Luan- tô gostando de ver. Esta tão comportada que vou te dar um presente.
Ele disse e a porta se abriu e o Fernando entrou.
Lara- o que?
Luan- esse é o meu irmão, Fernando, você já deve Conhece-lo
Lara- Fernando?
Não acreditei.
Fernando- eu mesmo.
Lara- porque você fez isso comigo?
Perguntei com a voz embargada.
Fernando- você mexeu com meu irmão, então mexeu comigo também.
Ele veio até onde eu estava e se sentou ao meu lado me entregando um celular.
Era um vídeo de nos dois transando.
Fernando- também tenho minhas cartas na manga.
Ele disse e riu e o luan riu também.
Luan- você está maravilhosa nesse vídeo, depois faremos iguais.
Eu ainda estava em êxtase, o choro estava instalado na minha garganta.
Luan- não chora minha princesa. Depois nos vemos, não fica com saudade não.
Eles saíram e finalmente pudi chorar a vontade.
Não conseguia respirar e minha cabeça doía.
Meu pai estava morto por minha causa, eu não me perdoaria se Lucas também morres e, eu tinha que tirar ele daqui.
•••••Pedro
Entramos no morro e já era tarde demais, muita gente tinha morrido, passei pela praça e vi uma cena que não acreditei.
O koringa, a cabeça dele.
Ele estava morto, o assassino da minha mãe estava morto.
Pedro- Gustavo.
Chamei Gustavo e mostrei a cena, sua boca se formou em sinal de choque.
Gustavo- cadê o filho? Será que tá morto também?
Olhei ao redor e vi algo no chão que me chamou atenção, um colar de pingente, logo me lembrei. Era da lara.
Pedro- merda.
Disse enquanto pegava o cordão no chão.
Gustavo- o que foi?
Pedro- isso é da lara. Ela estava aqui.
Me desesperei.
Pedro- QUERO TODO MUNDO RODANDO ESSE MORRO ATRÁS DE PESSOAS QUE ESTÃO VIVAS.
Gustavo- tem certeza?
Pedro- tenho. Eu que dei esse colar a ela.
Disse sério e o Gustavo assentiu e foi atrás de algo.
Isso não tinha sido coisa de gangues rivais, nem de donos de outros morros.
Isso foi vingança, acerto de contas.
Mas porque matar o olavo e levar a lara?
A não ser que o acerto de contas fosse com a lara.
Mas era a lara, ela não tem inimigos.
Gustavo- achamos alguns escondidos, mas nada da lara.
Pedro- quantos?
Gustavo- 12
Pedro- foi um verdadeiro massacre.
Gustavo- quem tu acha que foi?
Pedro- um cara completamente surtado, ele não tem limites.
Disse e suspirei fundo.
Pedro- o filho dele não está entre os mortos não é?
Gustavo assentiu.
Pedro- então levaram ele e a lara.
Parei e olhei ao redor.
lara tinha contato com poucas pessoas, eu, bianca, seus amigos do posto de saúde.
Eu sabia que lara era reservada, não tinha amizade com muita gente.
Então pensei.
O advogadozinho estava bem próximo a ela.
Pedro- eu vou no escritório. Tenho trabalho a fazer.
Gustavo- cuidado, essa gente é perigosa.
Assenti e entrei no carro indo pro batalhão.
•••
Me sentei em frente ao computador e busquei o nome: "Fernando dias".
Sim, eu sabia o sobrenome do desgraçado.
Não tinha passagem pela polícia.
Mas é claro que ele não usaria o nome verdadeiro.
Bandido é inteligente mas nem tanto.
Usaria o mesmo nome, mas com sobrenome diferente.
Buscei só o primeiro nome e apareceu a foto do desgraçado.
Aquele palhaço não era advogado nada, tinha quatro passagens pela polícia, em uma delas foi preso junto com o irmão.
Luan Borges.
Pedro- caralho. Claro, é o luan, ele quer vingança. Fernando se aproximou de lara na intenção de conseguir isso.
Nos dados de luan estavam que ele era do Rio.
Colocou o endereço e seus dados.
Peguei as chaves do carro e sai indo até sua casa.
É claro que ele não estaria lá, mas esse endereço é de alguém que existe e pode saber onde ele está.
••••
Bati na porta da casa que era simples.
Alguns minutos depois alguém atendeu, uma senhora de mais ou menos 70 anos.
Pedro- bom dia. Posso conversar com a senhora? sou da polícia.
Disse e mostrei meu distintivo
???- se for sobre o luan ele não mora mais aqui.
Então ele realmente já morou aqui nessa casa.
Pedro- na verdade é exatamente sobre ele. Ele Fez uma coisa ruim. Estou juntando pistas de onde ele possa estar, imagino que a senhora possa me ajudar.
???- desculpe eu não posso.
Disse quase fechando a porta mas a impedi.
Pedro- por favor senhora. Ele está com alguém que eu me importo muito. E já deve estar fazendo mal a ela, e só de imaginar que eu não posso ajudar me deixa desesperado.
Ela suspirou e continuou.
???- entre.
Adentrei sua casa e ela me disse para sentar no sofá, me sentei e continuei.
Pedro- a senhora tem alguma idéia de onde ele possa estar?
???- pode me chamar de sueli, sou a avó do luan, não sei dele a muito tempo.
Pedro- a senhora é a avó do Fernando também?
Sueli- não. O Fernando é filho do seu pai com outra mulher, luan que é filho da minha finada filha.
Pedro- sinto muito.
Sueli- Obrigada. Ela faleceu a alguns anos, depois disso o luan enlouqueceu.
Ela suspirou antes de continuar.
Sueli- o luan estava devendo dinheiro a traficantes, por isso mataram a mãe dele.
Ela disse com a voz embargada.
Sueli- tentei ajuda-lo mas ele não queria minha ajuda, então um dia simplesmente ele resolveu sair de casa com o irmão, que nunca foi boa companhia.
Pedro- eles que a sequestraram.
Sueli- não me surpreende em nada, aqueles dois são capazes de tudo.
Pedro- a senhora tem alguma idéia de onde possam estar?
Sueli- tem um lugar, mas acho impossível.
Pedro- qualquer lugar pode ajudar.
Ela assentiu e pegou um papel anotando o endereço.
Pedro- Onde é?
Sueli- antiga casa da mãe dele, esta abandonada desde sua morte.
Pensei bem. Claro, ele não pensa como bandido, se ele quer vingança a esse ponto ele pensa igual um psicopata, e voltou ao local que sua mãe morreu.
Isso estava ficando cada vez mais sério.
Pedro- agradeço pela ajuda senhora, isso pode salvar uma vida.
Me levantei rapidamente e ela foi até a porta me dando passagem para sair.
Sueli- essa garota deve ser importante para você não é meu filho?
Pedro- ela é tudo que eu tenho.
Disse e sai indo pro meu carro dando Partida até o local.
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Reencontros
AçãoEle? policial do BOPE, que tem desejo de vingança. Ela? uma menina que desde cedo aprendeu que a vida não é um conto de fadas. Como seria se esses dois se encontrassem? a vida te tira pessoas e as te dão novamente. No caso de Lara e Pedro a vida o...