Reencontros

Capítulo 22

Lara
Segunda-feira, 17:55

Meus pensamentos foram interrompidos pelo toque do meu telefone, me assustei com o barulho e sai do chuveiro indo ver quem era.
O bryce estava me ligando, suspirei fundo antes de atender.
Lara- Oi
Bryce- vou passar aí as 21:00, vamos sair.
Lara- não estou me sentindo muito bem, será que tinha que ser Hoje mesmo?
Bryce- eu não ligo, só quero que você esteja pronta as 21:00.
Ele disse e desligou.
Passei a mão pelos meus Cabelos molhados e sai do banheiro indo trocar de roupa.
Até quando isso iria continuar? Será que eu nunca teria felicidade? Só queria me ver livre dele. Só.
•••
Lara- pra onde a gente vai?
bryce- uma festinha de um amigo.
Lara- de quem?
Bryce- tá querendo saber demais já.
Ele disse irritado como sempre é eu revirei os olhos.
Chegamos em uma casa, era lá prós lados sul da cidade, tinha muita gente.
Bryce me puxou pelo braço e me levou até uma mesa Onde estavam seus amigos.
Nos cumprimentaram e bryce pegou um copo de whisky e na outra mão segurava um cigarro de maconha.
Suspirei fundo torcendo para que hoje ele não surtasse.
•••
Fiz amizade com uma das namoradas dos amigos de bryce, seu nome era Mariana, ela bem divertida, ela e o Tomás pareciam ser o casal perfeito.
Pensei se talvez um dia eu encontraria alguém assim, que me tratasse bem. Que me amasse.
Saí do transe quando Mariana me chama pra pista pra dançar.
Quando pequena tinha feito aula de dança, realmente era minha paixão, pretendia talvez me especializar, mas o bryce não me deixou mais ir para as aulas, assim que ele se demonstrou abusivo ele me obrigou a não querer mais aquilo. Eu estaria mentindo se dissesse que eu não sinto falta, pois eu sinto. Muita.
Ela dançava muito bem, eu rebolava ao ritmo da música e ela também, pela primeira vez na vida eu estava me divertindo estando em uma festa com o bryce.
De repente sou puxada bruscamente para longe da Mariana, olho quem me puxou e com certeza, foi o bryce.
Ele me levou até o carro e me jogou lá dentro.
Bryce- Vamos para casa.
Ele disse
Lara- porque?
Bryce- porque eu quero porra.
Ele se alterou e eu encolhi no banco do carro.
Ele acelerou o carro, estava cortando os sinais de trânsito todos, o carro estava em alta velocidade, estava assustada.
Lara- bryce para esse carro.
Disse com a voz trêmula.
Bryce- CALA BOCA SUA PUTA.
Me assustei com seu surto de repente.
Lara- se acalma bryce, pensa na bebê.
Ele não me escutou.
Bryce- eu quero que você e essa criança morram.
Ele disse calmo e eu engoli seco.
Lara- Então eu quero ir embora, me deixe ir, não me procure mais.
Eu disse e ele parou o carro bruscamente e veio até o lado que eu estava e me tirou do carro me jogando na calçada.
Bryce- eu te dou tudo e você ainda quer ir embora? Você só queria me dinheiro todo esse tempo na é sua VADIA?
Ele disse apontando o dedo na minha cara enquanto eu ainda estava no chão.
Me levantei e fiquei a sua frente.
Lara- Tudo que eu quero é ficar longe de você, só isso.
Disse o olhando nos olhos e o vi ficar vermelho de raiva.
Ele me deu um soco e eu cai no chão.
bryce- então vai ser assim? Que se foda.
Ele me deu vários chutes nas costelas principalmente na barriga, parece que ele queria matar mesmo minha filha.
Protegi minha barriga com minha mãos e fechei meus olhos.
Depois vi tudo escuro ao meu redor.
Devo ter acordado depois de alguns minutos, vi o bryce entrando no carro e saindo, ele me deixou aqui pra morrer, talvez pensasse que eu já estivesse até morta.
Tentei me levantar mas senti dor em todo meu corpo.
Me olhei e vi sangue em baixo das minhas pernas.
O desespero tomou conta de mim estantaneamente.
Lara- Não. Não... Minha filha
Disse chorando.
Lara- calma lara, você precisa Pedir ajuda.
Olhei ao redor mas era uma estrada deserta, não tinha nada nem ninguém.
Peguei meu telefone e vi que estava com sinal.
Olhei minha agenda e a primeira pessoa que veio na minha cabeça pra ligar foi o Pedro, eu confiava nele.
Liguei e não demorou nem 10 segundos para ele atender.
Pedro- Oi
Lara- Você pode me ajudar?
Falei tentando parecer que eu estava calma,  mas estava em verdadeiro pânico.