Cap. 1- O Sonho

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SP×RJ | Cachinho5_

Há semanas que São Paulo não consegue dormir. Seus sonhos sempre são interrompidos por uma visão realista de um certo carioca o beijando, tocando, e entorpecendo o mesmo com sensações irreais de puro prazer e desejo. Um desejo que era para ele sentir… Um desejo que é errado, quente demais e deliciosamente perigoso. Até porque, quem é o doido que tem sonhos eróticos e lúcidos com o seu colega de quarto? Sonhos constantes. Repetitivos.

 E a situação acaba sendo sempre a mesma. SP acorda suado, ofegante e com a pele formigando em chamas. Uma espécie de excitação que vai além dos níveis humanos naturais.

 Pura luxúria.

 O rapaz se condena mentalmente e olha com vergonha para o RJ que dorme logo ao lado da sua cama. Calmo e despreocupado.

 Seu corpo o trai, deixa explícito suas ambições e sentimentos, explana todo o tesão que o pobre São Paulo sente ao lembrar do maldito sonho.

 Os olhos de São Paulo vão até o rosto do RJ em um breve momento. Ele dorme todo torto na cama, é engraçado, mas ainda consegue deixar bem visível o que esconde por baixo das cobertas. Um tanquinho marcado, bem definido e uma ponta da única peça de roupa que ele usa. Cueca boxe… Branca. Tecido criado para ter transparência e marcar o que não devia.

 SP desvia seu olhar, o rosto aquece e sua nuca se arrepia. Parece que todo o universo está conspirando contra ele! Isso o revolta, mas ele não pode se concentrar nisso agora, o garoto tem um grande problema para resolver.

 “Como vou chegar no banheiro sem fazer barulho algum?” SP se questiona mentalmente, tirando as cobertas de cima do colo e evitando olhar para o que é visível demais por baixo do próprio short.

 Encarar a elevação na roupa só vai o lembrar cada vez mais e mais sobre o erro que é ter ficado assim por causa dele. Daquele garoto.

 Em silêncio, o menor se levanta, a cama range um pouco fazendo o coração dele disparar. O ar trancando nos pulmões ao notar uma leve movimentação na cama do RJ.

 Ele tenta outra vez, anda na ponta dos pés e reza para que a madeira velha do chão não comece a estalar justo agora. O sono do carioca é profundo, mas todo cuidado é pouco quando se está nessa situação vergonhosa.

 Sampa caminha lentamente até a porta entreaberta do banheiro. A luz está desligada, seus olhos tem dificuldade de enxergar no escuro. Só precisava do suficiente para conseguir achar o interruptor e ligar a luz do cômodo, finalmente iluminando o banheiro meio pequeno e bagunçado. É um dormitório simples da faculdade de azulejo branco e azul ciano. Cheio de roupas jogadas em todos os cantos. Camisas, cuecas, shorts e meias.

 Tudo isso parecia normal para ele, o costume de ver a bagunça que o carioca deixava em todo e qualquer lugar que pisava.

 SP estava prestes a se sentar na tampa do vaso e resolver seu assunto logo, mas foi aí que ele viu uma coisa diferente nesse banheiro.

 Bem, não era tão diferente… Apenas a camisa do Flamengo vermelho e preta do RJ, pendurada ao lado do box. Aparentemente seca e com o cheiro do garoto, um perfume forte e que ele reconheceria de longe. Uma fragrância que o atormentava.

 Olhar para essa peça de roupa, lembrando da última vez que a viu no corpo do carioca, fez algo dentro do seu short reagir e responder. Reforçando mil vezes mais o motivo dele estar neste exato momento no banheiro.

 O corpo dele começou a transpirar levemente, ele tocou a elevação no seu short e suspirou pesado, notando que estava duro igual uma pedra por causa de um maldito sonho molhado.

SP×RJ |CAMISA DO FLAMENGO [HOT]Onde histórias criam vida. Descubra agora