Cap. 2- O Inesperado

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SP×Rj |

Fazia muito calor em plena madrugada. O ar estava abafado e extremamente quente. Isso não é muito incomum para o carioca, mas é impossível negar que não foi fácil dormir sem transpirar uma gota e mudar de posição na cama enquanto tentava pegar no sono.

A noite não foi nada agradável, seu sono foi movimentado e desconfortável.
Consequentemente, fazendo o mesmo despertar no meio da noite tanto por conta do calor, quanto ppr causa de um pesadelo terrível do qual o acordou em salto. Pulando na cama e parando sentado à beira dela.

Seu coração foi à mil. Batidas rápidas e um susto recente abalando seu sistema.

Assustado, Rio leva as mãos no rosto escorrendo suor, puxando e soltando o ar devagar pela boca, vendo que aquilo tudo foi só um sonho. Agora está tudo bem.
Ele vai se acalmando aos poucos. Tranquilizando sua mente e os batimentos no ritmo de escola de samba.

"Que merda" reclamou o RJ em pensamentos.

Bufou de alívio e calma, abrindo os olhos e olhando o quarto escuro com sua visão meio embaçada por ter acabado de acordar. O breu engolindo os móveis e transformando tudo em escuridão, a não ser pela luz da lua que entrava pela janela.
A garganta dele está seca por conta do calor. A voz está presa, e ele tem certeza que quando for tentar pronunciar alguma mísera palavra, sairá tudo em um tom rouco.

RJ boceja, desvia o olhar e o percorre por todo o quarto escuro outrs vez, não vendo nada de diferente, até pousar seus olhos na cama ao lado. Sentindo falta de algo.

Seu colega de quarto não está mais dormindo ao lado dele. O menino de pele branca, cabelo escuro e uma marra que derretia o coração do carioca esperto, não descansa mais em sua cama como sempre faz.

Isso é incomum. É madrugada, ele deveria estar dormindo ali.

Ele franze a testa, confuso pela ausência do "companheiro" e tenta procurar ele pelo quarto. Ele se levanta da cama e observs o cômodo escuro até parar os olhos na porta do banheiro mais ao lado.
A porta estava fechada. Era quase impercetível, mas pelas frestas era possível ver luz. Aquela luz amarelada e fraca do banheiro minúsculo que os dois compartilham.

"Ainda bem. Ele não saiu do quarto." pensa o RJ, levando a mão no peito e suspirando de alívio ao saber que o rapaz não havia sumido.

Levando as mãos nos olhos e os esfregando, ele boceja e pensa na ideia de voltar a dormir já que o seu coração se acalmou e o pânico sumiu.

Contudo, ele ainda não podia dormir...

Do banheiro ele ouve sons baixos ecoando de dentro para fora. Eram uma espécie de grunhidos abafados, sons que o deixam curioso. Mas um tanto preocupado com a segurança do paulista.

"Que porra é essa?"

O carioca se pergunta há quanto tempo ele está ali e o que anda fazendo. Se está passando mal e precisa da sua ajuda.

Esse instinto de proteção em relação ao outro em querer acolher o colega de quarto, vem de uma paixonite escondida há meses.
Ansiava em querer ser o herói do SP, queria protege-lo, ama-lo e toca-lo por inteiro. Degustar do seu corpo e ser o único homem na vida daquele marrento que desmonta toda a pose de espertão do RJ.

Não há como ignorar que algo tão simples despertou aquele gatilho na mente do de dreads.

Sabendo que provavelmente não era nada demais, mesmo assim, ele se aproxima da porta devagar. Gradualmente aumentando o tom dos sons que vinham de dentro do dinheiro.

A mente do carioca se perde, ele não consegue entender o que é aquilo ou o motivo pelo qual o SP produz esses sons. Poderia ser o cansaço, ou o calor, mas ele simplesmente não discernia nada...

SP×RJ |CAMISA DO FLAMENGO [HOT]Onde histórias criam vida. Descubra agora