Capítulo 8

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Oiê!!
Gente eu coloquei Moonlight ali em cima porque ela vai ser importante pro capítulo de hoje, eu aconselho que escutem.

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Um barulho alto do que parecia uma barriga roncando ressoou no quarto do hospital.

- Onde caralhos o Pete foi parar??!!!

Já fazia mais de uma hora que Pete havia saído do quarto para buscar alguma coisa para ele e Chay comerem, mas até o momento não havia nem sinal do mais velho voltar

- Pete foi fazer a comida eh ... Credo! - Chay falou levantando do sofá que havia no quarto. - Vou lá buscar alguma coisa pra gente. Tem alguma coisa que o médico tenha dito que você não pode comer?

- Nops !! A não ser que tenha dito alguma coisa para Pete, mas até onde eu sei não.

- Ótimo! Já volto.

Chay saiu do quarto deixando Rain sozinho com seus pensamentos.

Ele sabia que Pete estava, provavelmente, se martirizando por aí pelo que tinha acontecido com ele, era sempre assim.

Rain sabia que o irmão se preocupava com ele e com sua saúde e se pudesse trocaria de lugar com ele sem pensar duas vezes, mas isso, muitas vezes o irritava muito.

Esse excesso de cuidado como se ele fosse frágil e pudesse quebrar a qualquer momento o deixava irritado muitas vezes, mas ao mesmo tempo que ficava puto não podia fazer culpar os demais, pois ninguém sabia exatamente o que ele tinha.

Rain sabia ... E sabia muito bem.

Tudo que tinha acontecido naquela sala de música a anos atrás mudou a sua vida de uma forma que ele jamais vai poder curar.

Naquela época Rain havia implorado para que o médico inventasse alguma coisa plausível para os pais e que não contasse a verdade sobre o que tinha acontecido, pois se fosse possível, ele não teria contato pra ninguém o que tinha acontecido.

Rain era marcado!

A marca que Rain tinha foi causada pelo destino.

A lembrança que a muito não vinha em sua mente apareceu como se ele assistisse tudo em terceira pessoa.

Naquele dia, Rain estava andando pelo prédio da escola, ele tinha apenas 12 ou 13 anos, não fazia muito tempo que tinha recebido o resultado do seu segundo gênero e, de acordo com os médicos, ele só poderia começar a tomar medicamento depois de seu primeiro cio, mas que ele precisava ficar atento e carregar sempre o supressor pois não tinha como prever quando isso aconteceria.

Depois do primeiro, os demais mostravam sinais de quanto estavam chegando, mas o primeiro era cruel, ele vinha sem aviso e assustava os ômegas para caramba.

Bem ao longe, Rain ouvia o som de um piano, provavelmente vindo da sala de música que ficava no segundo andar do prédio da escola o que fez ele andar seguindo o som abafado.

Era uma melodia triste, cortava o coração, era uma coisa profunda.

Ele nunca havia escutado música clássica antes, mas estava fascinado pelo som, o que impulsionou seus pés a continuarem a andar.

Os olhos foram enchendo de lágrimas e sua visão ficou turva. Ele sentia a dor e o desespero, mas logo as teclas foram acelerando, deixando tom triste um pouco para trás, era mais agitado, quase como um dia de sol antes de uma tempestade.

Seu coração começou a acelerar, era como uma tarde de primavera, calma mas que excitava ao mesmo tempo.

Rain apertou os passos e quando estava chegando próximo a sala o aperto das teclas foram mudando, se tornando mais agitados e quando Rain parou na frente das portas grandes de madeira com decorados vidros verticais em cada lado a tempestade chegou.

Soulmates - An omegaverse storyOnde histórias criam vida. Descubra agora