Capítulo 11

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Pete estava tendo um déjà vu.

De novo ele acordava deitado sobre o peito musculoso que ele reconheceu antes mesmo de abrir os olhos.

Aquele cheiro já era tão conhecido. Estava tão impregnado nele que era realmente irritante.

Dessa vez Pete não surtou, mas ficou realmente curioso como Vegas havia ido parar na sua cama, e onde estava War?

A última coisa que se lembrava era de estar se contorcendo de dor sozinho na cama enquanto nadava em seu próprio suor.

Falando em suor, Pete não se sentia mais nojento, não tremia mais e a dor havia diminuído consideravelmente, ele se sentia quentinho, acolhido e confortável.

Ele não entendia esse lance de marca, mas Vegas realmente fez as coisas melhorarem.

'Saco!"

Pete se movimentou minimamente na cama sentindo um braço forte o puxar para perto novamente parando os seus movimentos.

Pete ficou ainda um tempo olhando para a parede azul sem se mover um músculo até que começou a se sentir incomodado com o corpo doendo, sendo assim, ele tirou a mão do outro da sua cintura e se arrastou para fora da cama o que deu a visão de Vegas deitado na sua cama dormindo profundamente.

Depois de encarrar por sabe-se lá quanto tempo, Pete finalmente se desprendeu da visão a sua frente e entrou no banheiro para tomar um banho.

Quando procurou por uma toalha no armário não conseguiu achar nenhuma.

"Mas que porra."

Pete costuma desfilar pelo seu quarto sem toalha, roupão ou roupa, mas com Vegas dormindo tão perto, ele ficou com medo de sair do banheiro.

Depois de uns dez minutos pensando, ele encarou a realidade e saiu em direção ao quarto e quando viu que Vegas ainda dormia respirou aliviado e foi para o closet correndo para pegar uma camiseta branca larga com gatinhos e uma cueca boxer preta.

Depois de passar seus cremes, arrumar o cabelo e passar um perfume, Pete se sentia minimamente como um humano novamente saindo assim em direção ao local onde ficava sua cama onde um Vegas dormia como se não tivesse nenhuma preocupação na vida.

Pete andou até a beirada da cama se sentando próximo da pessoa adormecida e ali ficou observando enquanto o outro dormia por sabe-se lá quanto tempo.

Vegas tinha feições bem marcantes, a linha do seu maxilar era bem definida, os lábios bem desenhados e o nariz parecia que havia sido esculpido a mão de um grande artista. Olhando bem, ele era lindo, não tinha nada nele que fosse fora do lugar.

Pete ficou ali, como se estivesse admirando a pintura exposta em um museu até que levou o dedo indicador para retirar uma pequena mecha do cabelo de Vegas que estava caída na lateral do seu rosto colocando-a delicadamente atrás de sua orelha.

O toque, por mais suave que houvesse sido, fez os olhos fechados de Vegas tremerem e a sobrancelha se juntar um pouco quando seu rosto virou na direção do homem sentado na cama abrindo uma pequena fresta dos olhos ainda nublados pelo sono permanecendo no limiar entre o sono e a consciência quando se aconchegou na mão de Pete que havia parado onde estava no momento que Vegas fez o primeiro movimento.

Pete travou, ele olhava aquele homem inclinado sobre sua mão como se fosse o melhor traveseito do mundo e não soube o que fazer. Uma onda subiu da palma de sua mão diretamente para o coração que disparava fazendo com que um cheiro doce invadisse o quarto com força deixando-o em pânico.

Pete queria sair correndo, mas ao mesmo tempo não queria se mexer e acordar o outro que dormia pacificamente, agora parecendo mais relaxado que nunca, então respirou fundo, jogou aquele sentimento para o fundo de sua mente e se obrigou a ficar ali, parado por sabe-se lá quanto tempo até os olhos de Vegas tremeram mais uma vez se abrindo lentamente mostrando as orbes castanhas com um leve brilho causado pela humidade característica de quando se acaba de acordar.

Soulmates - An omegaverse storyOnde histórias criam vida. Descubra agora