Capítulo 1

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Alma gêmea, parceiros destinados, pessoas compatíveis, não importa o termo, no geral é quando duas pessoas nascem uma para a outra. Atualmente, tal coisa é vista apenas como uma visão romântica do mundo e pouco acreditada, tendo em vista que apenas uma pequena parcela da população alega encontrar esse tal "parceiro destinado".

Dizem que a atração é imediata, que você consegue reconhecer o cheiro da pessoa em meio a uma multidão e é quase impossível resistir um ao outro, como se fossem um, chegando a doer e em casos em que a conexão é mais profunda os parceiros conseguem sentir as emoções um do outro mesmo a quilômetros de distância se tornando de certa forma angustiante, principalmente para os Alfas que tem o instinto protetor com "seus" ômegas.

Vegas Theerapanyakul é o primogênito da família de três irmãos e tem orgulho de ser o típico alfa dominante bem sucedido, o puro estereótipo da raça, arrogante, cheio de si e acredita que betas e ômegas são uma raça inferior e que alfas não dominantes são apenas um pouco melhores que os demais.

Pra ele, ômegas só servem para  procriar, passar o rut, se divertir nas boates e devem ser totalmente submissos.

Por outro lado, Pete Saengtham detestava esse conceito da hegemonia alfa sendo totalmente contra a ideia de submissão ômega e inferiorização beta. Para ele todos deveriam ser igualmente tratados de acordo com suas capacidades e não pelo seu gênero.

Pete vinha de uma família rara dominada por ômegas, seus pais foram um caso raro de um casamento de sucesso entre dois omegas, sendo assim, Pete e seu irmão Rain, eram obviamente ômegas.  Por isso, sempre se esforçou para merecer seu lugar na sociedade e, depois de muito suor e lágrimas, se tornou uma pessoa extremamente bem sucedida, o que lhe possibilitou criar sua ONG de amparo as consideradas “classes inferiores”. Alem de particular  ativamente nos protestos contra o que chamava de " sociedade alfa primitiva incapaz de evoluir".

Os irmãos tiveram pais maravilhosos e uma infância saudável, apesar das dificuldades financeiras que passavam, seus pais sempre deram duro e os apoiaram a ir atrás dos seus sonhos e hoje Pete tem orgulho de quem se tornou e da possibilidade de proporcionar uma vida confortável aos pais e ainda investir na educação superior do irmão caçula.

Pete amava a liberdade que tinha, mesmo que dividisse o apartamento com o irmão não se sentia restringido nem nada, ambos tinham um entendimento tácito do que era ou não admitido e eles cumpriam esse acordo.

Pete acordou com o som do despertador tocando ao que pareciam décadas sem coragem de abrir os olhos.

Com um esforço acima do normal ele se senta na cama coçando os olhos enquanto os mesmos se ajustam a claridade.

Depois de mais ou menos acordado, Pete levanta da cama apenas indo ao banheiro para lavar o rosto e escovar os dentes indo direto até a cozinha onde sentia cheiro de café da manhã.

- Ei Pete! Bom dia! - diz Rain sentado na mesa enquanto toma seu suco de laranja e come seu delicioso prato de ovos com gema mole, pão e bacon. Prato necessário no café da manhã.

- Dia! Rain, cadê meu café?? – Pete pergunta olhando incrédulo para o irmão - Cara você podia ter feito neh!? - diz Pete indo em direção a máquina de café e pegando a capsula de baunilha.

- Ninguém mandou ficar até tarde na balada e chegar em casa tarde. E por falar nisso, você chegou fedendo a alfa. Não dá pra nem dizer que estava cheirando - Rain não conseguia entender os motivos do irmão de ir em baladas

As vezes, Pete ia para balada durante a semana somente para se distrair e dançar com os amigos, não necessariamente para se atracar com alguém, apesar de as vezes acontecer.

Soulmates - An omegaverse storyOnde histórias criam vida. Descubra agora