"Temos de cortar o mal pela raiz..."

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Jiang Cheng e Wei Ying entraram alegremente no restaurante, apesar de ser WanYin a pagar tudo. Ele ainda estava contente, seu irmão era seu companheiro em todas as horas, conseguiu se declarar para seu amado. Mas duas coisas ainda o atormentavam, sua idade e seu casamento.

Não estava tão incomodado mais em casar-se, entretanto, o real problema era Zewu-jun. Parecia que seus problemas giravam em torno do Lan e realmente giravam. Não podiam ficar juntos, pois XiChen era mais velho. Seu desespero em se casar, também era culpa dele, talvez se fosse outra pessoa não ficaria tão inseguro.

E as núpcias?! Até lá já teria atingido a maioridade. Todavia... Como iria satisfazer um homem? Como poderia entregar-se de coração e alma para Huan? Como diabos, praticava o ato com um homem?

Eram tantas perguntas que o pertubavam... WuXian poderia ajudá-lo? Sentou-se em uma mesa com o irmão, e o mesmo chamou o garçom.

– Olá senhores. O que gostariam? – O funcionário fez uma leve reverência, por serem cultivadores. E perguntou em tom calmo.

– Quatro jarras de Sorriso do Imperador e três porções de arroz apimentado. – A-Xian responde enquanto coçava o nariz. O garçom anotava o pedido do Wei, imaginando que ele falava pelos dois. No entanto, o Wei questiona. – E você, irmãozinho? – Se direciona ao Jiang, sorrindo.

– Unh? – Cheng estava imerso em seus pensamentos, mas não era lerdo e rapidamente entende o que estava ocorrendo. – Uma porção de arroz apimentado e um copo de licor.

– Certo. Esperem alguns minutos, pois o arroz é feito no mesmo instante. Já retorno com os pedidos. – O funcionário se retira e leva os pedidos para outro funcionário.

– O que te pertuba, ChengCheng? Você parece imerso. – Apesar do apelido, Ying se direcionou ao irmão de maneira séria.

– Ah... O casamento, foi tão inesperado... Nunca sequer imaginei essa possibilidade. – Batucava os dedos na mesa. WuXian lhe mirava, curioso e um tanto preocupado.

– O que têm o Zewu-jun? Eu reparei que vocês dois estavam se dando bem. – Motivo de glória, WuXian nunca foi de notar nada. Se notasse, estaria no Jingshi, com Lan Zhan aos amassos.

– Realmente, estamos nos aproximando. Mas é que... Ainda me parece errado dois homens juntos... – Wei Ying ouvia a fala com atenção, formulando uma fala. – Eu sei que não é, mas a voz da minha mãe não sai da minha mente. – Cheng descansa a cabeça em suas mãos, para ele não restava dúvidas que seu irmão era corta-manga, e ele não queria ofendê-lo de verdade.

– Ah Cheng, a madame Yu sempre foi bem rígida nessas questões... Não se preocupe, acho que Zewu-jun vai mudar seu pensamento. – Coçou o nariz novamente. – E pela sua cara... Não é só isso que te incomoda, pode desembuchando.

– É as núpcias... – WanYin sussurra, corando. Tal assunto era vergonhoso.

– Você não sabe como fazer com um homem, é isso? – Questiona, já sabendo da resposta.

– É... E também, é o XiChen... – WanYin corou ainda mais ao pensar no Lan.

Quando o WuXian estava prestes a expor seu pensamento, o garçom traz os pedidos em uma bandeija prateada.

– Façam bom proveito, senhores. – O funcionário faz a última reverência e retirou-se, indo atender os outros clientes que chegavam.

– Senhor Zewu-jun é umas das pessoas mais calmas e compreensivas, e sobre você não saber fazer. É só ler um livro corta-manga. – O Wei logo enche a boca de arroz e vinho.

– Te-- . – WanYin fora interrompido por seu Shidi.

– E as cartas? Você tá lendo? – WuXian o cortou, pois as cartas eram de XiChen e ele precisava saber se o cunhado revelou-se.

– Só li duas, faltam três. – WanYin toma um gole de seu licor. – Mas parei, é errado com XiChen.

– Hahhahahhaha! – O Wei quase infartou de tanto rir, queria rolar o chão. – Não, pera! Zewu-jun não te contou? – WuXian respirou fundo, e conseguiu dar fim a sua mini crise de riso.

– O que diabos, o XiChen tem a ver com as cartas? – Desta vez, quem estava sendo lerdo era o Jiang.

– Ele quem as escreveu! – O mais velho entregou com gosto o futuro cunhado. Não aguentava enrolação, fora que Huan teria perdido tempo se WanYin não lesse.

– .... – O choque veio e não foi fraco. ShengShou estava incrédulo, nunca imaginou que a jade se daria o trabalho de escrever para ele.

– Quando terminarmos de comer. Vamos lá comprar uns livros corta-manga para você. – Sandu arregala os olhos, ao notar que o irmão já estava terminando sua última porção, enquanto ele mesmo não havia terminado a sua única.

Jiang Cheng não o responde, e começa a comer. Achava o irmão mais desavergonhado agora, além de propor comprar livros sem vergonha alguma. Ele expôs sem dô ou piedade seu noivo, mas agora se pode ter certeza, que WanYin irá ler palavra por palavra das cartas que recebeu.

– Vamos, ChengCheng! – WuXian virou a última jarra de vinho, estava prestes a deixar dinheiro na mesa, mas lembrou-se da aposta. – Lembra da aposta, maninho?

ShengShou terminou sua refeição e revirou os olhos com a fala de seu Shidi. Colocou o pagamento sob o móvel. Wei Ying passou o braço pelos seus ombros e ambos retiraram-se do estabelecimento. Partindo em busca dos livretos. Agora a dúvida era, "Como Wei WuXian sabia exatamente onde vendiam livros corta-manga, e sabia de todos os gêneros e nomes?".

Em Gusu Lan. As jades Lans foram convocadas por Qiren em seu quarto, pois o ancião não encontrou os Jiangs depois que os puniu. Os Lans mais jovens entram juntos nos aposentos do tio e o reverenciam, em sinal de respeito.

– XiChen, WangJi! Onde diabos aquelas pestes estão? – O mais velho esbraveveja, a forma como se referiu aos seus amados irritou os mais novos.

– Quem são as "pestes", tio? – Zewu-jun questiona, ele sabia bem quem eram. Mas não gostou de ouvir seu noivo e seu cunhado sendo chamados de "pestes", WangJi pensava o mesmo.

– Ora, quem mais?! WuXian e WanYin. Eles sumiram há um bom tempo. – O ancião alisava a barba.

– Não sabemos. – Lan Zhan raciocinou mais rápido e deu uma resposta curta, rápida e objetiva. Tais adjetivos, para Qiren, comprovavam que o sobrinho não estáva mentindo.

– Pois bem... Vão procurá-los. – Qiren aparenta ter se acalmado. Seus sobrinhos o reverenciam e saem.

No entanto, do lado de fora. Tian e Su She ouviam a conversa. Talvez, se os achassem antes dos Lans... Ganhariam mais credibilidade e confiança do ancião. O que ajudaria ao fornecerem informações a certas pessoas. Mas o orgulho falava mais alto, queriam além de prejudicar as jades. Machucá-las profundamente e para alcançar tal coisa, teriam de mexer com os Jiangs.

– Tian... Tenho uma ideia, vamos cortar o mal pela raiz. – Sussurra, referindo-se as jades.

– Você sabe qual a raiz das jades? – He questiona, também sussurrando.

– Wei WuXian e Jiang WanYin... – Ambos trocam sorrisos maléficos.

Não irei me render! - XiCheng [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora