Perdidos na floresta e com os sentimentos.

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– Tem certeza que os Lans vão acreditar nesta bobagem? – O de roxo revirou os olhos e seu irmão cruzou os braços atrás da nuca.

– Claro que sim, sou um excelente mentiroso, ChengCheng. – Gabou-se, enquanto pulava um galho.

– WuXian, nem sabemos onde estamos... Como vamos voltar? – WanYin olhou ao redor da floresta em que estavam.

– Bem... Em algum lugar vamos chegar! – Respondeu, pensando positivamente.

– Malditos... Usam caminhos secretos para chegar até o inferno, e depois temos te lidar com tais demônios. – Seu Shidi começou a gargalhar de sua fala, havia pensado alto.

– Cheng... – WuXian observou a terrível fera peluda vindo em sua direção.

– O que é agora? – Questionou de saco cheio.

– CACHORRO!!! – Gritou como se o animal fosse Satanás. Wei Ying escalou a árvore com sua vida, enquanto o fofo canino de pelos claros lhe observava.

– Argh... – Rolou os olhos diante da atitude de seu Shidi e se aproximou do cão. – Venha cá, bom menino. – Segurou o cachorro com todo carinho e se referiu ao irmão com o oposto. – Desce da porra da árvore, idiota. Ele já está no meu colo.

– Obrigado, ChengCheng! – Pulou da árvore agilmente. Colocando as mãos na cintura. – Até que ele é bonitinho... Se você não reparar esses dentes e essas garras afiadas. – O Jiang ficou incrédulo.

As garras do cão realmente precisam ser feitas, mas não eram lá tão aterrorizantes, seus dentes não pareciam perigosos. Talvez, sua mordida não matasse nem um ratinho. Os orgulhos de Yumenneng repararam que estava escurecendo, logo os demônios da noite, conhecidos como soldados de Shang Zai apareceriam.

Wei WuXian sugeriu que se abrigaram em uma caverna que haviam localizado, não poderiam se defender. Suas espadas não estavam consigo, e o cultivador demoníaco era proibido de tocar seu instrumento, pois poderia perder o controle. Seu irmão mais novo concordou e levou o cão consigo em seus braços, segundo Jiang Cheng, eles não poderiam abandonar o pobre animal na floresta.

– Jiang Cheng... – Chamou o mais novo, ao sentar-se no chão da caverna. – Deve ter uma vila próxima daqui, esse cachorro não apareceria do além. Deve ser a cidade de Yilling.

– Concordo, e se for mesmo, teremos mais felicidade para nós localizarmos e chegar em Gusu. – Sentou-se um pouco distante de seu Shidi, WuXian olhou melhor para o animal e ele não parecia mais tão assustador quanto antes.

– Já deu um nome para ele, ChengCheng? – Questionou o mais novo.

– Não, mas ele me lembra o XiChen... Parece estar sorrindo. – O Jiang estava começando a sentir falta do noivo e de seu sorriso.

– Cheng... Você não repudiava corta-mangas? – WuXian não era cego, percebia a melhora da relação dos noivos.

– Repúdio, e o que diabos isso tem a ver com o XiChen? – Entedeu o que seu Shidi havia dito. Com certeza, é estava achando que tinham uma relação romântica.

– É hipocrisia, você é um e os repudia. – Não havia como negar, WuXian estava correto.

– Bem... Talvez eu seja, mas isto não condiz com meus ensinamentos... – Afagou a cabeça do cão.

– Então por que caralhos disse ao senhor Zewu-Jun que o amava igualmente? – Wei Ying sabia que tais palavras ditas por Cheng poderiam machucar ambos.

– Como você sabe?! – Levantou-se surpreso e seu Shidi abriu um sorriso.

– Zewu-Jun e meu parceiro! Eu quem o disse para escrever as cartas! – WuXian assumiu na cara de pau.

– Argh... Quando foi isso? – Estava tentando lembrar-se de alguma vez que os viu conversando sozinhos.

– Trocamos bilhetinhos, e somos tão discretos que ninguém sabe ou percebe. Fazemos isso desde que nos conhecemos. – Cheng voltar a sentar, desta vez de seu lado.

– Não acredito nisso... Enfim. Eu o disse que amava por que realmente gosto dele, mas acha mesmo minha mãe vai aceitar este casamento? – WuXian lembrou-se que mademe Yu certamente não sabia. Pois se soubesse, o matrimônio seria cancelado na mesma hora.

– Tive uma ideia, ChengCheng! Já que temos uma noção de localização, podemos ir para Yumenneng ao invés de Gusu. – WanYin pensou um pouco e respondeu.

– Tem razão, melhor já falarmos logo para minha mãe. – Bateram as mão em sinal de cumplicidade.

– Sim, mas você vai casar com Zewu-Jun! – WanYin fechou um pouco o sorriso que havia em seu rosto.

– A ideia de ser corta-manga me parece um pouco nojenta. – Rolou os olhos.

– Relaxa... Beijar um homem nem é tão ruim assim, e como você o ama vai perder o "nojo" que a madame Yu te deu rápido. – Passou o braço ao redor dos ombros do mais novo.

– Como você sabe que beijar um homem não é tão ruim? Andou beijando um certo Lan? – Provocou o irmão com gosto.

– Suposição. E Lan Zhan nunca me beijaria, ele pode até abrir umas exceções para mim... Mas ele nunca decepcionaria o velhote dessa forma. – O cultivador demoníaco não deu espaço para o irmão falar.

Já que deitou-se no chão e apagou, WanYin suspirou fundo. Por que amar era tão proibido? Sentia dó de seu Shidi, não queria que ele sofresse, já bastava ele mesmo... Agora seu irmão? Odiava profundamente a criação que receberá, seu irmão e ele sempre foram tratados diferente. Uma hora, WuXian era colocado em um altar e na outra estava sendo chicoteado. Sua mãe lhe ensinou a repudiar corta-mangas e seu próprio Shidi, seu pai não tinha muito pulso firme com o Wei, mas nunca os defendia.

O de vestes rochas deitou-se no chão, abraçando o animalzinho. Queria sonhar novamente com Huan, sonhar que ele e seus irmãos eram felizes, que não havia nenhuma complicação. Nenhum um Wen, nenhum Su She e nenhum Tian He.

Deu uma leve risada ao lembrar-se de quando seu Shidi lhe disse que Tian e She se mereciam, e que pareciam um casal de dois filhos da puta. Finalmente, em meio a bons pensamentos... Adormeceu.

Não irei me render! - XiCheng [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora