2

282 44 17
                                    

— MAMÃE, O QUE TEM DE COMIDA? — Foi a primeira coisa que Law ouviu assim que desceu as escadas, e logo um corpo pequeno passou correndo ao seu lado em direção a governanta da casa — Boa noite amigo do Sabo, eu sou o Luffy.

Surpreso pela pausa aproximação repentina, Law olhou para o lado, o garoto agora andava ao seu lado em direção a mesa de fora, onde conseguia ver a iluminação da mesa de jantar. Não esperava que alguém não conhecia se dirigisse a ele daquela maneira tão informal.

— Olá, me chamo Tralfagar Law, e é sim uma bela noite, Senhor Luffy — Tentou manter a educação, não conhecia bem a personalidade daquele garoto, então o ideal seria que a formalidade prosseguisse entre ambos.

— Senhor Luffy? Que engraçado shishishi, Zoro iria me irritar por semanas se ouvisse isso, por favor, nunca mais me chame assim, Luffy tá ótimo — Colocou a mão em seu próprio cabelo e parou de andar de repente — Meu chapéu...

— ESSE AQUI, MONKEY D. LUFFY? — A governanta da casa apareceu, segurando um chapéu de palha com uma feição furiosa — Você e o Ace falaram ontem que voltariam ontem a noite para o jantar em homenagem a seu irmão Sabo, E VOCÊ TEM A CARA DE PAU DE CHEGAR NO DIA SEGUINTE EM CASA? E O RORONOA AINDA PRECISOU DEVOLVER O CHAPÉU QUE VOCÊ ESQUECEU EM UMA FESTA?

— Aquele traidor, se não fosse por mim a gente nem teria saído de lá e... AI AI AI, SOCORRO, ALGUÉM ME AJUDA, TRAO SOCORRO— A mulher puxou o garoto pela orelha e saiu o arrastando pela casa.

Trao? Haviam acabado de se conhecer, por qual motivo ele estava o chamando assim?

Continuou o caminho, tinha ido e voltado de Florença com seus amigos naquele dia, estavam todos morrendo de fome e não seria ele a deixá-los esperando. Sanji ainda estava no quarto quando saiu e Sabo comentou que iria descer logo pois estava fraco de fome.

Mas o que o pegou realmente de surpresa foi a cena extremamente constrangedora, Ace e Luffy estavam ajoelhados na frente de Sabo, os dois arrastados pelas orelhas pela mulher que havia os criado e pedindo desculpas sem parar por terem se ausentado do tão orgulhoso jantar que a família fez em homenagem ao filho mais velho que em breve iria se graduar na melhor universidade do mundo.

Law conhecia famílias complicadas, mas não como aquela, eles simplesmente eram malucos.

Sanji sentou ao seu lado enquanto o jantar era servido, sussurrando algo sobre se perder naquela casa imensa e como as mulheres italianas eram encantadoras. Os dois já haviam conhecido o pai e avô de Luffy e o pai e a mãe de Ace na noite passada, mas não faziam a mínima ideia de onde estariam os pais de seu amigo.

— Precisamos de orçamento para realizar o pagamento dos funcionários — Dragon, pai de Luffy, comentou com o próprio pai, como se a situação a sua frente fosse algo extremamente comum — O gerente do banco falou que não conseguiria liberar uma alta quantia em pouco tempo.

— É porquê ele não sabe de nada, se tivesse a própria empresa com certeza faliria, temos dinheiro de sobra em casa, não vamos ser presos se pagarmos os funcionários em dinheiro — Ace apareceu ao lado do homem, roubando batatas do prato do pai, que parecia acostumado com aquele caos, então sequer reclamou.

— Isso não se enquadra como pagamento de funcionários fantasma? Seria prejudicial a... — Sabo questionou a Dragon, o único na mesa com a mesma formação que o garoto.

— Pergunte aos funcionários se eles realmente se importam em serem fantasmas ou se preferem ter sua contas pagas em dia, e depois você prende mais ainda o salário deles — Ace resmungou, virando para o irmão, que se encolheu levemente — Sei que nenhum de nós pode ter sua formação incrível, mas crescemos nessas terras, temos amor ao que a família faz, a vida é a nossa Universidade, Sabo.

Eu quero ser como você - LawluOnde histórias criam vida. Descubra agora