Prólogo

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— SOBREVIVA QUEM PUDER! — O grito bastante estridente de um aluno ecoou por todo o local.

Acontecia agora, neste exato momento, uma guerra de comida no refeitório da escola Chouworth Academy, na Coréia.

Voavam pelos ares todos os tipos de comida imagináveis: massa, arroz, cupcakes, pudim, leite... Oh. O que é aquilo? Ah, sim. O olho de vidro da merendeira Lingwang. E mais outros itens do cardápio do dia.

Os alunos, em sua maioria, estavam completamente sujos dos pés à cabeça. Uma completa bagunça. Alguns estavam em cima das mesas, outros se protegiam com as bandejas vermelhas do refeitório, as quais também eram usadas como armas mortíferas por qualquer um que passasse. Até os nerds e os artistas estavam envolvidos na confusão.

E como isso começou?

Bom, talvez, somente por coincidência, as supostas culpadas seriam: Chou Tzuyu, Kim Dahyun, Park Jihyo, Myoi Mina, Minatozaki Sana e Hirai Momo.

Todos na escola conheciam esses nomes. Inclusive, os professores. E a fama das garotas apenas aumentava a cada novo confronto. Era como pôr Brooklyn 99 contra The Office. Godzilla vs KingKong. O incrível Mundo de Gumball vs Clarence o Otimista.

Ambos bons, quem conseguiria escolher um?

É exatamente o que acontecia na escola. Todos divididos.

— Meu olho... Meu olho... Meu olho. Cadê? — Lingwang agachada passava uma mão pelo chão cheio de comida, enquanto a outra tampava o buraco de seu olho, agora vazio. Como raios aquilo aconteceu?

— Quer saber? Eu cansei. Vocês foram longe demais. — Mina que, geralmente nunca perdia a paciência, estava vermelha de tanta raiva. Sentia seu rosto quente, as mãos fechadas com força, se fosse possível estaria saindo chamas de suas orelhas. Ela está prestes a explodir.

— E vocês não foram? — Dahyun rebateu.

Comida e mais comida voavam por todos os lados, acertando até mesmo aquelas que não demonstravam se importar com a pequena rebelião que causaram.

Nada mais que 150 alunos jogando comida uns nos outros. Talvez mais, não dava pra ter certeza.

— Passamos as últimas semanas trabalhando na porra das jogadas, e vocês simplesmente vazam tudo pra escola adversária? Sério? — Momo gritou incrédula. Iria esganá-las.

— Quem liga pra esportes? Foda-se. — Tzuyu falava calmamente, pronunciando as sílabas da última palavra com muito prazer, o que deixou o rosto das três japonesas mais vermelho do que antes.

— Você é uma vadia, vocês são três vadias mal-amadas do caralho. — Sana tomou a palavra, indo para frente e encarando as caguetes bem de perto. Seus uniformes melados de cobertura de chocolate.

O uniforme da academia se resumia em uma blusa social branca com o símbolo da escola no peito, uma gravata azul e se preferisse, um suéter também azul por cima. Acompanhado de uma saia e calça jeans também da mesma tonalidade. O uso dessas cores é obrigatório na Chouworth, a não ser que você faça parte de algum clube da escola, então é permitido somente a mudança de cor do suéter.

Como os atletas. Eles tinham suas próprias cores e podiam dar uma "mudada" no visual por serem os queridinhos da academia.

E também havia o clube de música, que costumava ser uma grande porcaria. Mas, 'costumava' é a palavra certa, porque tudo mudou quando três garotas decidiram se inscrever. De repente, todos queriam participar da farofa. Isso fez com que o clube, antes apenas uma pequena sala velha e empoeirada, se tornasse o segundo clube mais famoso da escola. E, é claro, uma sala à altura foi providenciada.

Em Chouworth, as coisas eram assim: todos seguiam a maré.

E se uma das marés Kim Dahyun dissesse que matemática era incrível, no mesmo dia, até mesmo quem odiava a matéria diria que ela estava certa.

— Resmungo de puta, Deus não escuta, hein, Sana. — Dahyun sorriu travessa.

— Escuta aqui... — Sana enfatizou ao se aproximar, então Jihyo se posicionou na frente de Dahyun, encarando a japonesa firmemente.

— Vá se foder, Minatozaki. Em primeiro lugar, vocês nos sabotaram, lembra? — Cerrou os dentes com força, deixando seu maxilar tenso e mais visível. — Encheram a porra dos bancos dos jurados de alfinetes, nos fazendo perder uma chance de apresentação fora do país. Usa essa sua cabecinha oca, ela com certeza deve armazenar mais coisas além de como fazer oral em todo mundo do campus.

— Oral esse que você daria a vida para receber.

— Nem nos seus sonhos mais profanos, garota. — Jihyo fez uma careta, enojada.

Todas estavam tão entretidas na troca de olhares furiosos que não perceberam quando as portas do refeitório se abriram, dando espaço para a entrada de uma Chou Yenling, a diretora, super irritada. E ao seu lado o vice-diretor Hirai Daichi.

Fodeu foi tudo, a Chou mais nova pensou.

— Todas vocês na minha sala agora! — Havia raiva em sua voz, instantaneamente, o silêncio pairou no refeitório. Ninguém dava um passo.

Não foi preciso explicações, era bem óbvio que o "todas vocês" se referia a certas garotas encostadas ao fundo visivelmente alteradas.

Não que todos naquele refeitório estivessem diferentes.

Não que todos naquele refeitório estivessem diferentes

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Como estamos para um prólogo? Gostaram? Fala aí.

Até o primeiro capítulo. ~~

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