Chuuya acorda, uma nova cicatriz no peito. Dessa vez a morfina faz ele não sentir nada. Sem dor. Isso é um alívio.
Dazai não está no quarto. Chuuya está sozinho, ele não sabe se isso é bom ou não.
— Chuuya-san! — A enfermeira da máfia vem até ele entusiasmada. — Você acordou mais cedo do que previsto! Como está se sentindo?
— Uh... Nada, não sinto nada. — Eu digo com a voz rouca.
— A-Ah, claro a morfina.. — A enfermeira sorri. — A cirurgia foi um sucesso.
— Pode me explicar o que aconteceu exatamente? Desde o começo. — Eu exijo, a falta de informação é torturante.
— Bem Chuuya-san... Você chegou a quase um mês..
— Quase um mês!? — Repito incrédulo.
— Sim, não sei os detalhes da sua missão mas foi sobre as organizações gregas que chegaram...
Como Chuuya se esqueceu? Essa era a missão principal, as organizações da Grécia se juntaram para tentar derrubar a máfia. Adquirir novos territórios, pegar tudo que a máfia conquistou. Mori, é claro, não iria deixar barato. Convocou o Soukoku imediatamente, junto com vários apoios.
Eles lutaram uma semana inteira. Chuuya não se lembra quantos grupos matou, no final, ele teve que usar Arahabaki, mas eram muitas organizações. Muitas pessoas.
Para piorar seu parceiro estava do outro lado do campo, com uma decisão tomada Chuuya escolheu usar do mesmo jeito. Por muito mais tempo.
Eu nunca tinha feito isso. Foi a primeira vez por esse tempo. Foi a primeira vez que ele sentiu tanta dor assim.
Uma dor vinda de dentro. Fazendo cada célula de Chuuya sentir.
— E aquela coisa? No meu peito? O que diabos foi aquilo!? — Pergunto me lembrando da dor.
— Bem... Não sabemos ao certo Chuuya-san. — A enfermeira diz hesitante. — Mori-san contou aos médicos sua... Condição especial, parece que seu coração... Se encheu de pressão, foi quase um ataque cardíaco mas diferente... Nem os médicos sabem ao certo. Eles tiveram que... Abrir você... Você tem um Deus do seu lado Chuuya-san, foi muita sorte.
Que ironia. Um Deus que o mata e o salva ao mesmo tempo.
Que merda, eles me abriram!?
É desconcertante, para dizer o mínimo.
— Entendo. — Sussurro. — E o meu parceiro? Dazai...
— Oh Dazai-san... Ele esteve aqui... Várias vezes. Na verdade... Não conseguimos fazer ele sair. — A mulher estremece como se tivesse lembrado.
— Ele sabe que estou bem? — Pergunto ansioso.
— Eu não dizer... Ele se foi ontem a noite. — Ela diz.
— Como assim se foi!?
— Ele... Congelou quando te levamos... Soube que o quarto foi destruído depois... — A enfermeira estremece de novo. — Depois ele foi embora.
— Me dê meu telefone! — Exijo.
— Não temos seu telefone Chuuya-san...
— Então me de qualquer um!
— C-Claro... — A enfermeira pega rapidamente o próprio telefone.
Chuuya disca o número de Dazai com seus dedos fracos, e espera. Ninguém atende.
Ele tenta de novo, várias vezes.
Nada. Chuuya suspira, e decide ligar para o amigo de Dazai. Oda Sakunosuke.
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To Care
FanfictionChuuya usa a corrupção mais do que deveria. Depois de quase morrer por causa disso, Dazai começa agir de forma diferente Chuuya não entende, desde quando o maníaco suicida se importa com ele?