Capítulo 6: Quem realmente sou

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Olá unicórnios azuis, como vocês estão?

Vamos começar este sexto capítulo e penúltimo e eu espero que vocês gostem. Não esqueçam de votar e comentar e adicionar na biblioteca.

Eu sei que demoro a publicar capítulos, mas gente, estou fazendo aos poucos e escrevo o mais rápido que posso, pois cada capítulo de cada história são cerca de 7 até 12 páginas, é muita coisa. E sim, me cobrem por capítulos. Eu gosto que vocês me cobrem mesmo. Eu espero que entendam.

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🦇 Quem realmente sou 🦇

19 ? de março ?, 1832

Querido diário,

Acordei sentindo uma leve dor latejando na região da minha cabeça, uma sensação de confusão pairava sobre mim. Meus dedos sondaram a testa e encontraram uma pequena protuberância, evidência de algum choque anterior. Minha visão encontrou o quarto, ainda iluminado pela luz do entardecer, e percebi que eu estava vestida com uma camisola, embora não conseguisse recordar como fui parar ali. A cama estava em completo desalinho, o que apenas agravava a minha perplexidade.

Instintivamente, me dirigi ao banheiro, onde a memória de preparar um banho quente na banheira surgiu de algum lugar distante da minha mente. A água morna era convidativa, e entrei na banheira, me recostando na água para relaxar. Enquanto eu me afundava, tentava reunir os fragmentos de memória que rondavam minha mente. Lembrava-me do jantar com a condessa, das imagens etéreas do baile, mas tudo parecia turvo, como se estivesse escapando por entre meus dedos.

À medida que a água começou a aliviar a tensão em meus músculos, flashes de lembranças desorganizadas se desenrolavam diante de mim. Cena após cena passava, algumas vívidas, outras difusas e incoerentes. Meus pensamentos oscilavam entre a paixão desenfreada que compartilhamos na cama e uma sensação assustadora de correr desesperada pelos corredores sombrios do castelo.

De repente, meus olhos se fixaram em imagens de túmulos com nomes familiares inscritos sobre as lápides, a visão do quadro da condessa e sua esposa voltou à mente, e eu a confrontando, negando algo que eu mal podia entender. A sequência continuava, alternando entre nossos momentos íntimos e as misteriosas ações que eu não conseguia compreender, passando novamente pelos túmulos, correndo pelo castelo, a condessa mordendo meu pescoço e, finalmente, o eco do meu próprio grito conforme meu corpo desfalecia.

A confusão que se desenrolava diante de mim deixava-me desnorteada e atordoada. Cada imagem parecia escapar à compreensão antes que eu pudesse agarrá-la. Minha cabeça doía, e um nó de preocupação começava a se formar no meu peito, pois eu não conseguia juntar os fragmentos desse quebra-cabeça sombrio de memórias e eventos perturbadores.

– Camila... - A voz de Lauren me surpreendeu, fazendo-me erguer repentinamente da banheira. Passando a mão sobre o rosto molhado, meus olhos se depararam com a condessa parada na porta, observando-me com sua expressão caracteristicamente serena.

– Condessa... – murmurei, ainda surpresa com sua súbita aparição. Não conseguia deixar de notar que havia algo estranho nela, algo que não se encaixava na imagem da mulher que eu julgava conhecer tão bem.

– Perdoe-me por adentrar sem bater, vim ver como a senhorita está? - Sua voz soou polida, embora um tanto distante.

– Estou... – hesitei, buscando as palavras certas. – Confusa.

A condessa se aproximou, seus olhos verdes penetrantes sondando os meus em busca de respostas.

– Confusa com o quê?

Atração Fatal [Completa]Onde histórias criam vida. Descubra agora