Capítulo 7: Névoa, amor e sombras

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Olá unicórnios azuis, como vocês estão?

Vamos começar este sétimo capítulo e último e eu espero que vocês gostem. Não esqueçam de votar e comentar e adicionar na biblioteca.

Para quem acompanha, iremos retornar com Os Pilares do Tempo normalmente e terminar, juntamente com a Herdeira do Trovão.

Terminando os Pilares do Tempo, conto de Natal e uma história nova, para quem gosta de piratas. Irá gostar.

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🦇 Névoa, Amor e Sombras 🦇

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Querido Diário,

Mesmo que Lauren quisesse que eu permanecesse na cama, não conseguiria ficar inerte enquanto um confronto sangrento acontecia no castelo que agora chamava de lar. Não queria presenciar um banho de sangue, um desenrolar de violência que culminaria em um final trágico. Conhecia bem esse cenário, sabia o desfecho que se aproximava.

Desisti da ideia de permanecer na cama e, com passos cambaleantes, dirigi-me ao corredor. Os gritos lá fora eram ensurdecedores, ecoando em meus ouvidos. Os portões do castelo haviam sido derrubados, e as pessoas tentavam penetrar pela porta principal, que encontrava-se trancada. Porém, a determinação da multidão os levou a buscar outras maneiras de entrada, e as janelas, desprovidas de vidros, eram sua alternativa.

No corredor, as sombras se moviam à medida que os intrusos se aproximavam, iluminadas pelas tochas que empunhavam. Meu pai gritava lá embaixo, em meio à confusão, mas optei por permanecer escondida no corredor. Sentia-me tonta e passei as mãos pelo rosto para recuperar a clareza de pensamento. Foi nesse momento que duas mãos ásperas e fortes agarraram meus braços com firmeza, tirando-me do meu esconderijo. Abri os olhos e deparei com meu pai diante de mim, sua expressão de espanto e alívio era visível. Não contive a emoção e o abracei, fechando os olhos por breves segundos enquanto sentia o calor reconfortante de seu abraço, como se finalmente tivesse encontrado um porto seguro.

– Camila? Filha? – Sua voz soou familiar e carinhosa. Era ele, meu pai, a pessoa que ansiava reencontrar. Rapidamente nos separamos, mas sua preocupação não cessou.

– Filha? Como você está? Ela te fez alguma coisa? Está doente? – Seus olhos examinaram meu semblante pálido, e suas mãos gentis acariciaram meu rosto em busca de respostas.

– Pai, a condessa não fez nada comigo. Só estou um pouco doente – tentei explicar inventando uma mentira, embora a situação fosse complexa. – Não entendo por que o senhor está assim, o senhor não já esteve aqui? Até comentou sobre os pais da condessa algumas vezes. Até me mandou uma carta.

Seu rosto se contorceu em estranheza, revelando que algo estava errado.

– Filha? Como assim? Que carta? Nunca escrevi nada mandando-a vir até aqui e nunca comentei sobre os pais da condessa – ele disse, parecendo confuso. – Eu nunca estive aqui.

Aquilo me fez despertar e mergulhar em uma jornada pelo labirinto da minha memória. De repente, me vi novamente com a carta em mãos, a letra elegantemente escrita e o papel imaculado, uma obra de arte que não se assemelhava ao estilo do meu pai. Nesse instante, uma clareza atingiu minha mente como um raio. A imagem da Condessa escrevendo a carta surgiu vívida em minha mente, e, ao compará-la com a que eu recebera, as semelhanças eram inegáveis. O traço elegante e impecável, os toques de classe nas palavras escritas, tudo apontava para a autoria de Lauren. Era como se o véu que encobria minhas lembranças tivesse sido retirado, revelando a verdade por trás daquela correspondência enigmática.

Atração Fatal [Completa]Onde histórias criam vida. Descubra agora