Capítulo 4: Desconfiando da verdade

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Olá unicórnios azuis, como vocês estão?

Vamos começar este quarto capítulo e eu espero que vocês gostem. Não esqueçam de votar e comentar e adicionar na biblioteca.

Eu sei que demoro a publicar capítulos, mas gente, estou fazendo aos poucos e escrevo o mais rápido que posso, pois cada capítulo de cada história são cerca de 7 até 12 páginas, é muita coisa. E sim, me cobrem por capítulos. Eu gosto que vocês me cobrem mesmo. Eu espero que entendam.

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🦇 Desconfiando da verdade 🦇

18 de março, 1832

Querido diário,

Acordei antes do amanhecer, uma antecipação inquietante em meu peito. Com cuidado, deixei minha cama e me dirigi ao guarda-roupa, escolhendo uma das peças de roupa que havia trazido em minha mala. Enquanto me vestia, percebi o quão silencioso o castelo estava. O ambiente estava mergulhado em uma calma assustadora, com apenas o eco dos meus movimentos preenchendo o ar.

Sentei-me na beirada da cama, ansiosa pela chegada de Dinah. Sabia que ela provavelmente bateria à minha porta para que pudéssemos partir sem que a Condessa percebesse. Enquanto aguardava, observei o lado de fora pela janela. Ainda estava escuro, mas os primeiros raios do sol começavam a surgir no horizonte, pintando o céu com tons alaranjados e dourados.

Nesse momento, uma pergunta que havia esquecido de fazer à Condessa me veio à mente. Quem teria estado em meu quarto na noite anterior? Eu havia adormecido rapidamente e não percebera a presença de ninguém. Essa questão me incomodava, mas antes que pudesse buscar respostas em minha mente, uma batida se fez do lado de fora na porta, Dinah qua chegou, pronta para partir. Era hora de sair do castelo e ir até a cidade, mesmo que isso significasse desafiar as regras estabelecidas.

Com cautela, girei a maçaneta da porta do meu quarto e, ao abri-la, deparei-me com Dinah. Ela estava visivelmente nervosa, seus olhos se moviam inquietos, examinando o corredor com apreensão a cada segundo. Era evidente que a presença da Condessa no castelo pairava sobre nós, como uma sombra silenciosa pronta para se manifestar a qualquer momento. O medo de sermos flagradas a consumia, e não havia nada que Dinah temesse mais do que desapontar sua senhora.

Imaginava que, se por acaso fôssemos surpreendidas, a Condessa ficaria furiosa com a atitude de sua empregada. Seu olhar de desaprovação, combinado com sua possível decepção comigo, poderia resultar em uma carta direta para o meu pai, comunicando minha expulsão do castelo e meu retorno à Inglaterra, tudo devido à minha falta de educação. Um destino que eu preferia evitar a todo custo. Dinah e eu trocamos um olhar de compreensão mútua, conscientes dos riscos que estávamos correndo.

– Bom dia senhorita Mendes, vamos rápido. – Falou Dinah, agarrando meu braço com uma mão gelada, semelhante à da Condessa. Seu toque me transmitiu uma sensação de calafrio, que era acentuada pela manhã fresca.

Caminhamos rapidamente, tentando manter nossos passos silenciosos enquanto atravessávamos o corredor sombrio do castelo. Ao descer a escadaria principal, o som de nossos sapatos ecoava nas paredes de pedra, lembrando-me de que estava em um lugar grandioso e misterioso. Saímos do castelo pela mesma porta pela qual eu havia entrado no dia anterior, e lá estava a carruagem, pronta para nos levar em nossa jornada.

Subi na carruagem logo após Dinah e observei enquanto ela tomava as rédeas e começava a dirigir. Os cavalos responderam prontamente, fazendo a carruagem se mover suavemente. Logo, deixamos os portões do castelo para trás, enquanto o cenário ao nosso redor se desdobrava. A paisagem era deslumbrante, com colinas verdes e campos amplos se estendendo até onde a vista alcançava. A carruagem seguia em um ritmo constante, balançando suavemente conforme os cavalos a puxavam pelo caminho de cascalho. O som dos cascos dos cavalos ecoava na estrada deserta, e o ar estava fresco e perfumado, carregando o aroma das árvores e da natureza circundante.

Atração Fatal [Completa]Onde histórias criam vida. Descubra agora