— Você é um bom garoto, meu amor? É o bom garoto da mamãe?
Ela disse, não de uma maneira caricata como se fala com um cachorro, mas numa voz baixa e séria, ainda com um sorriso no rosto, para o humano a sua frente.
João, ajoelhado com os pulsos presos nas costas, balança a cabeça freneticamente para cima e para baixo. Ele não está vestido, não precisa de roupas quando sua mamãe está tratando dele. Ela apenas sorri e acaricia suas bochechas com as duas mãos. Mamãe o beija profundamente e eles se exploram pela próxima hora.
Quando a fantasia acaba, o box do banheiro fica cheio, com os dois jogadores limpando um ao outro. Odete esfregou a bucha levemente nas costas de João, espalhando sabão entre as espinhas — ele nunca conseguiu alcançar muito bem essa parte.
— Então... Você sabia que a Eduarda e o Danilo terminaram?
João realmente não pensou que a primeira interação com sua dominante, que também é sua amiga de infância, após o chamado cuidado depois da cena, seria fofoca. Mas ele não tá reclamando, o contrário: ele adorou!
— Nem fodendo! — ele riu.
— É verdade! Ouvi dizer que ela meteu um par de chifres no bonito, também!
— Ele sempre foi um pé no saco.
— Tadinho!
— Você sabe que é verdade.
— Eu sei, eu sei — ela concordou.
Odete enxaguou a bucha na água do chuveiro, o casal já se lavou, falta apenas o cabelo. Ela ia virar para pegar o xampu, mas antes que o fizesse João a abraçou. Eles ficaram assim por alguns segundos.
— Obrigada — ele disse.
— Pelo que?
Ele não respondeu. Eles ficaram um bom tempo aproveitando a água quente do chuveiro nos braços um do outro.
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Short Storycontos, crônicas e histórias curtas sem nexo e sem necessariamente conexão. apenas um teste de escrita de um escritor novato