Tão bobo

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Harry

Eu não queria que o Louis me visse com um olho roxo, mas passou um dia e eu já não aguentava mais ficar longe dele então pedi pro meu pai me levar na clínica. Eu não fui pro colégio por causa do que aconteceu então pude dormir até tarde e saí de casa depois do almoço.

-Harry, você pode terminar o ano estudando em casa - meu pai sugeriu

-Eu não quero, eu gosto de ir pro colégio apesar de tudo

-Mas estou muito preocupado com a sua segurança agora... Yaser também está preocupado com o filho dele, nós achamos que seria mais seguro vocês ficarem em casa por um tempo

-E ficar em casa vai me deixar seguro?

-O que quer dizer com isso?

Me arrependi de falar demais

-Nada... podemos falar disso outra hora? Eu só quero ver o Lou e dar um abraço nele

-Como quiser filho

Quando chegamos na porta do quarto encontramos o Peter saindo

-Senhor Desmond Styles - Ele cumprimentou com um aperto de mãos

-Olá Peter, como o Louis esta?

-Ótimo, ele colocou o cateter ontem e dormiu a noite toda

-Que bom, gracas a Deus

-Pois é, ele está indo tão bem que poderia até ficar em casa, mas ele não quer

-Por que será que ele não quer ir pra casa né? - Provoquei

-Eu não sei Harry - Peter foi cínico- Ele tem tudo o que precisa lá

-Eu vou entrar pra ver ele - avisei pra evitar responder e ser mal educado

-Pode ir filho, Peter e eu ficaremos aqui conversando

-Obrigado pai

Deixei eles no corredor e entrei no quarto 28

-Oi amor - falei sozinho porque ele não estava no quarto, a porta do banheiro estava fechada então supus que ele estivesse lá dentro

Enquanto esperava resolvi colocar uma música na jukebox, do Elvis é claro, o som não era muito alto pra não incomodar os outros pacientes da clínica, mas era mais do que o suficiente para preencher todo o quarto.

-Oi Hazzy - Ouvi a voz doce do meu amor e virei pra ele

-Oi meu bem

-Meu Deus o que houve com o seu rosto?

Fui até ele devagar sem me importar em dar explicações nesse momento e estendi a mão, todas as vezes que eu vejo ele eu sinto a mesma coisa, é como na primeira vez, sinto um friozinho na barriga, tudo fica em câmera lenta e azul é tudo o que eu vejo.

-O que foi? - Ele continuou perguntando

-Eu te explico depois, primeiro dança comigo?

-O que?

Eu sei que era um pedido estranho, mas eu estava mal antes de entrar nesse quarto e só de olhar pra ele já me sinto em paz, eu percebi que ele ficou tenso de preocupação e eu queria desfazer essa tensão com música porque sempre funciona com a gente

-Vem lindo- Insisti ainda com a mão estendida e o meu melhor sorriso - Vamos dançar a NOSSA música

Nos encaramos por mais alguns segundos até ele finalmente soltar um riso e balançar a cabeça em negativa desacreditando

-Tá bom, mas tem que ser devagar

Ele pegou a minha mão e elas se encaixaram perfeitamente

Puxei ele pra perto, minha mão deslizou delicadamente pelas costas dele até a sua cintura em câmera lenta

Whatever Tears You Apart - Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora