Horrorizada

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Louis pov.

-Você está pronto para ir Louis? - Anne perguntou

-Estou - Respondi terminando de amarrar o tênis e levantei da cama pra andar um pouco

-Está sentindo alguma coisa? Alguma dor?

-Não muito

Eu me sentia um pouco melhor hoje, mas precisei ficar com o cateter no braço pra facilitar o acesso venoso e não terem que me furar de novo na clínica

-O cateter está te incomodando?

-Não precisa fingir que se importa senhora Styles

-Ah pare com isso, eu sou sua madrasta Louis, é claro que me importo! na ausência do seu pai eu sou responsável... além do mais você é... amigo do meu filho

-Amigo? - fiz uma careta

-Ou mais do que isso, você entendeu! - se corrigiu baixinho

-É muito difícil pra senhora dizer isso né?

-Não me julgue eu estou tentando aceitar

-Eu sei...

-Eu não sou um monstro Louis, eu me sinto mal de ver você assim... É só uma criança, não deveria ter que passar por isso...

-é, a vida não é justa - Dei de ombros

-Sabe o que mais me impressiona?

-O que?

-Eu nunca vi você reclamando

Isso me fez rir, desviei o olhar pro chão pra disfarçar e balancei a cabeça

-E de quê adiantaria? Reclamar não vai mudar nada

A senhora styles ficou quieta por um minuto me encarando

-Harry esta vindo

-Ele esta?

-Sim, ele insistiu em levar você, se estiver se sentindo bem e quiser pode ir no carro dele

-Eu quero! Eu quero, por favor - Falei rápido antes que ela mude de ideia

-Louis, sobre você e o meu filho... Vamos devagar com isso, está bem? Eu estou tentando aceitar, mas o seu pai jamais vai apoiar esse relacionamento

-Eu não ligo, só preciso sobreviver até ter 18 anos, depois ele nunca mais vai me ver

-Nossa, não fale assim! - Me repreendeu- Estamos falando do seu pai, é sua família

-Não! - Retruquei- A minha família são aquelas pessoas que estiveram aqui ontem

-Você não ficou nem um pouco feliz por reencontrar seu pai?

-honestamente foi a pior coisa que já me aconteceu

-Bom dia Louis - falando no diabo, Troy entrou no quarto

-Está tudo certo para irmos meu bem? - Ela perguntou pra ele

- Sim querida, agora pode por favor me deixar sozinho com o meu filho por um minuto?

-Por que?

-Só quero conversar com ele as sós

O jeito que ele me olhava com ódio me fazia querer vomitar, meu coração disparou e eu comecei a procurar discretamente aquela campainha de emergência que sempre tem nos quartos de hospital

-Eu posso saber o assunto dessa conversa?

-É coisa de pai e filho - Respondeu simplesmente e apontou com a cabeça pra porta

Whatever Tears You Apart - Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora